quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Como diferenciar uma opala genuína de uma sintética

Como diferenciar uma opala genuína de uma sintética


Como diferenciar uma opala genuína de uma sintética
Algumas opalas capturam todas as cores do arco-íris
Precious Mexican Supreme Opal image by Mexgems from Fotolia.com
Saber diferenciar uma opala real de uma pedra sintética pode ser desafiador, porque as opalas vêm em um arco-íris de cores e aparecem nas joias de várias formas. As opalas estão disponíveis como pedras preciosas facetadas, cabochão (pedras lisas com topos arredondados), e dupletos e tercinas parcialmente artificiais. Um dupleto é uma fatia de opala genuína com um apoio artificial. Uma tercina tem uma terceira camada, uma cúpula transparente por cima. Dupletos e tercinas são bem fáceis de identificar. Os sintéticos podem ser mais difíceis, mas existem testes para determinar se sua opala é uma pedra preciosa ou uma imitação barata.

Métodos para criar opalas em laboratório

Métodos para criar opalas em laboratório


Métodos para criar opalas em laboratório
O brilho em opalas preciosas, como esta "Mexican fire", é causado pela luz refletida pelas estruturas de sílica cristalina
Precious Mexican Supreme Opal image by Mexgems from Fotolia.com
A opala é feita de sílica hidratada, ou dióxido de silício. Seu teor de água varia. Há duas variedades de opala natural. As comuns são de uma única cor, e podem ser transparentes, brancas, vermelhas ou pretas. A outra variedade, aquelas que são gemas, é chamada de opala nobre. Essas são conhecidas por seu jogo de cores como um arco-íris, que brilha à medida em que é virada na luz. Os pesquisadores que trabalham na criação dessas pedras em laboratório tentam capturar essa qualidade indescritível e recriar a beleza das opalas nobres naturais. Três categorias de opalas podem ser criadas em laboratório: as falsas, as sintéticas e as artificialmente desenvolvidas.

Opalas falsas

O único requisito para que um material seja uma boa imitação de opala é que ele tenha a aparência de uma pedra natural. John Slocum inventou uma imitação da opala conhecida como "Slocum Stone", ou essência de opala, em 1974. A pedra é feita de vidro com pedaços de papel alumínio, que criam o cintilar característico da opala. A opalite é outra imitação feita de plástico. É mais macia do que a natural e tem uma iridescência como a da pele de um lagarto, um aspecto escamoso que, embora se pareça com o da opala natural, ainda é visivelmente diferente.

Opalas sintéticas

O processo básico de síntese da opala consiste em três fases. Primeiro, os cientistas criam pequenas esferas de sílica. Em seguida, organizam-nas em um padrão de grade, para imitar a estrutura da opala nobre. Finalmente, eles enchem os poros da estrutura de gel de sílica, para endurecer. O processo pode demorar mais de um ano. O resultado é um produto de sílica hidratada que apresenta iridescência e tem uma aparência semelhante à da opala natural. A parte mais difícil dessa síntese é recriar o arco-íris cintilante presente nas nobres naturais. Pierre Gilson criou a primeira sintética em 1974, sendo que as primeiras tentativas tinham faixas de iridescência em vez de brilhos. Os pesquisadores ajustaram o processo e conseguiram desenvolver um tipo de iridescência como aquele da pele de lagarto.

O método de desenvolvimento de opalas de Len Cram

Na década de 1980, o fotógrafo de opalas e historiador Len Cram começou a experimentar novas maneiras de desenvolver essas peças. Depois de ouvir histórias de esqueletos e mourões opalizados em torno das minas da pedra, Cram duvidou da explicação tradicional dada sobre o método de formação dela. A hipótese era de que a sílica preenchia bolsões no chão e endurecia ao longo de centenas de anos, formando a opala. Cram acreditava que o processo era mais rápido, elas se formavam a partir de reações químicas envolvendo compostos na terra. Ele criou seu próprio processo de síntese com base nesta teoria, misturou terra de opala com eletrólitos líquidos, e em poucos meses foram criadas opalas visualmente indistinguíveis daquelas naturais.

Qual é a diferença fundamental entre as esmeraldas brasileiras e as colombianas?

Qual é a diferença fundamental entre as esmeraldas brasileiras e as colombianas?


Como se sabe no mercado, as esmeraldas provenientes da Colômbia têm prestígio superior às originadas do Brasil, da Zâmbia, do Zimbábue, de Madagascar, da Índia, do Afeganistão, do Paquistão ou da Rússia. Tanto que, quando se comparam gemas de qualidade equivalente, as gemas colombianas alcançam valor pelo menos 20% superior a todas as outras, simplesmente pelo fato de serem originadas da Colômbia.

Provenientes do país com maior tradição e história ligada à mineração de esmeraldas, as gemas colombianas destacam-se das demais por possuírem uma cor verde considerada mais “pura” e essa belíssima cor é devida à presença de traços do elemento cromo. Essa é a diferença fundamental entre as esmeraldas colombianas e todas as outras. Até o início dos anos 60, considerava-se que apenas berilo de intenso verde e corado por cromo poderia ser chamado de esmeralda. Com a descoberta de vários depósitos de berilo verde de excelente coloração no Brasil, porém corados pelo elemento vanádio, houve grande frustração de produtores brasileiros, pois a indústria internacional de gemas e jóias se recusava a aceitar o material como esmeralda pela falta de cromo em sua estrutura. Em 1963, o GIA Gem Trade Laboratory (o Laboratório de Gemas do Gemological Institute of América) resolveu o impasse, emitindo o primeiro laudo favorável às esmeraldas do Brasil, onde admitia que berilo de intenso verde corado por vanádio era, sim, esmeralda. Isso abriu as portas para várias outras fontes mundiais, principalmente as africanas, que produziam belíssimos exemplares minerais e que também continham vanádio como agente cromóforo (responsável pela cor). O GIA hoje ensina em seus cursos de Gemologia que a diferenciação entre berilo verde e esmeralda está relacionada à cor do espécime avaliado (quando muito claro é berilo verde, quando de um verde mais rico, então é esmeralda) e não a sua composição química. No entanto, até os dias de hoje a questão é motivo de debate, pois outros Laboratórios Gemológicos tradicionais e de muito prestígio e respeito na indústria, como o Gem-A (Gemmological Association and Gem Testing Laboratory of Great Britain) não admitem a concessão do GIA e consideram que o produto brasileiro e africano é apenas berilo verde.

Levando em conta as características das gemas, as colombianas geralmente têm tonalidade média e inclusões mais claras, enquanto as brasileiras têm tonalidade muito variada, desde muito clara até muito escura, e inclusões mais escuras. As esmeraldas colombianas podem apresentar as típicas inclusões trifásicas (de líquido, gás e cristal de sal), que se estão presentes na gema garantem que se trata exclusivamente de material colombiano. Tanto as colombianas quanto as brasileiras, dependendo da área de mineração, podem apresentar sobretons amarelados ou azuis à tonalidade verde fundamental.

Enquanto as esmeraldas colombianas tendem a receber tratamento de óleo para amenizar a percepção de suas inclusões, as esmeraldas brasileiras são em praticamente 100% dos casos tratadas com Opticon, uma resina epóxi.

Como exemplares excepcionais, apenas na Colômbia podem ser encontradas as chamadas esmeraldas trapiche, onde em meio ao cristal verde se forma uma estrela negra fixa de seis raios que se entrecruzam em um ponto central, criando o efeito de “roda de carroça”. Quanto ao Brasil, é o produtor das raras esmeraldas olho-de-gato e das raríssimas esmeraldas astéricas, com estrelas de seis pontas.

Turmalina paraíba

Turmalina paraíba

Uma das descobertas mais impressionantes do mundo das gemas ocorreu recentemente no estado da Paraíba, aqui no Brasil. Sob a supervisão do Sr. Heitor Barbosa, a exploração persistente ao longo de sete anos da Mina da Batalha, localizada na proximidade da pequena cidade de São José da Batalha, finalmente resultou em 1988 no achado dos primeiros cristais de uma turmalina de coloração excepcional, cunhada como “Turmalina Paraíba”. ORIGEM DA COR As turmalinas são gemas que podem ser encontradas em quase todas as cores do arco-íris (do branco ao negro, inclusive existindo gemas incolores), mas os cristais de turmalina paraíba possuem tonalidades inigualáveis de azul e verde entre as turmalinas, assemelhando-se a cores vistas apenas nas asas de algumas borboletas, em conchas marinhas e nas penas de pavão (algumas apatitas podem ter coloração parecida). É freqüente que se usem termos como “azul pavão”, “azul turquesa” ou “azul e verde neon” para descrever essas cores tão chamativas. A turmalina paraíba também pode ser encontrada em lindas cores púrpuras e vermelhas, além de em azul profundo (como o de safiras de boa qualidade) e verde mais escuro (como o de esmeraldas de boa qualidade). Diferindo de outras turmalinas, detecta-se elevado teor de ouro em sua composição (aproximadamente 1200 vezes o encontrado na crosta terrestre) e, enquanto a coloração das turmalinas tradicionais resulta da presença de átomos de ferro, cromo, vanádio e manganês em sua estrutura, a turmalina paraíba deve sua coloração verde e azul principalmente à presença de pequena quantidade de átomos de cobre (podendo receber a denominação mineralógica de “elbaíta cúprica”) e as cores vermelho e púrpura a átomos de manganês. EXTRAÇÃO MINERAL Sempre houve enorme dificuldade na exploração da turmalina paraíba. Para encontrá-la, inicialmente foram escavados vários túneis de até sessenta metros de profundidade no Morro Alto (o sítio de escavação) e múltiplas galerias que os interligavam. Uma vez encontrados os primeiros cristais, as escavações se intensificaram, mas a produção sempre foi muito limitada, pois a dificuldade residia na raridade do material, que era encontrado em bolsões ou veios muito finos (às vezes de não mais que um centímetro de espessura). Durante o período de maior produção (até aproximadamente 1993), a maioria dos cristais azuis descobertos pesavam até 1,5 gramas e os verdes não mais que 4 gramas, sendo que quase todas as peças eram encontradas fragmentadas. Raros cristais de qualidade excepcional, variando entre 5 e 25 gramas, alguns inclusive não fragmentados, foram também recuperados. Desde 1993 a mina original está esgotada e a produção caiu dramaticamente. Existem agora três sítios de exploração: a) os túneis originais, que foram ampliados e vastamente trabalhados, ainda sem sucesso; b) a exploração aluvial no leito de pequeno riacho que passa junto ao Morro Alto e que “lava” depósitos do Morro Alto; c) rede adicional de túneis em outro ponto do Morro Alto. Dos três sítios citados acima, o que tem maior produção no momento (ainda que em sua maioria de cristais de baixa qualidade) é o aluvial. Para que se possa melhor entender a raridade do material, lembremos que a produção de grande parte dos garimpos no Brasil se expressa em quilos ou toneladas de minerais por mês. Na exploração aluvial de turmalina Paraíba, de cada 4000 toneladas de terra que é recolhida se obtêm aproximadamente 30 a 40 gramas de turmalina e, desses, geralmente apenas 25% tem qualidade razoável. Apesar dos reduzidos resultados obtidos, a demanda pelo material é tão intensa e seu valor tão elevado que a exploração persiste, sempre na esperança de se encontrar um novo filão e reativar o comércio. Mais recentemente, em 2001, começaram a aparecer no mercado turmalinas de coloração muito semelhante à da turmalina paraíba, porém procedentes da Nigéria, na África. Esse material é levemente mais claro que as turmalinas de origem brasileira, mas também tem em sua composição átomos de cobre e manganês, o que justifica sua similaridade. VALOR COMERCIAL Desde quando as primeiras gemas lapidadas de turmalina paraíba chegaram ao mercado, o material ganhou popularidade e, por sua beleza e raridade, atingiu valores nunca antes pensados para as turmalinas. Gemas acima de 1 ct nas cores azul e verde neon, principalmente, atingiram rapidamente preços de até US$5000.00 por quilate e gemas maiores chegaram a alcançar até mesmo patamares de US$20000.00 por quilate. Pode parecer muito, mas a raridade e as incertezas quanto a sua produção futura são marcantes e essas gemas são consideradas verdadeiros tesouros. Como curiosidade, a maior turmalina paraíba lapidada existente no mundo pesa 45,11 ct. Veronica Gandulfo Fontes: www.jewelry-industry-guide.com The Mineralogical Record, volume 33, March–April, 2002; P 133

Opala nobre - Um Arco-íris ao seu alcance

Opala nobre - Um Arco-íris ao seu alcance


A opala nobre ou opala preciosa é uma gema de aspecto sem igual. Diferindo de outras gemas, as opalas nobres podem exibir todas as cores do arco-íris, que aparecem como reflexos de vários tamanhos e formas, com distribuição única na superfície de cada opala e que são realçados pelo contraste com a coloração de fundo da gema. Ao movimentar uma opala nobre, inclinando-a em várias direções, os reflexos visíveis vão se modificando gradativamente (em tipo de cor e distribuição), parecendo “caminhar” pela gema. Esta característica, que ocorre unicamente na opala, é denominada jogo de cores ou opalização.
DESCRIÇÃO DAS OPALAS NOBRES E ORIGEM DE SEU JOGO DE CORES
As opalas são compostas por dióxido de silício (sílica) hidratado, com fórmula química SiO2.nH2O. Nessa fórmula, “n” traduz um número variável de moléculas de água, que geralmente oscila entre 6 e 10% do peso do material, mas pode chegar excepcionalmente até 30%. As opalas são gemas mais frágeis que o quartzo, apresentando dureza de 5,5 a 6,5 na escala de Mohs (a dureza de uma gema reflete sua resistência a ser riscada), e fraca tenacidade (característica que reflete a resistência à torção, pressão ou a ser dobrado).
Diferindo da maior parte das gemas inorgânicas, a opala classifica-se como mineralóide e não, mineral, uma vez que tem estrutura interna amorfa e não-cristalina de seus átomos. Por outro lado, a opala nobre apresenta, sim, um tipo de organização tridimensional interna, na forma de múltiplas pequenas esferas de sílica de diâmetro uniforme, estreitamente empilhadas em camadas paralelas sobrepostas. Essa estrutura foi descoberta em 1964 com o auxílio do microscópio eletrônico e nela reside a origem do jogo de cores observado nas opalas. A inter-relação entre as esferas de sílica e os espaços entre as esferas provoca os fenômenos de difração, dispersão, interferência e reflexão da luz, resultando na visualização na superfície da gema das diversas cores do arco-íris (cores espectrais puras, cada uma composta de comprimentos de onda com variação mínima – vermelho, laranja, amarelo, verde, azul e roxo). Eventualmente, ocorre a observação de cores intermediárias entre as cores fundamentais. A regularidade da distribuição espacial das esferas influencia o brilho das cores da gema.
Figura 01 Fotomicrografia de esferas de sílica em opalas:
       Opala comum                   Opala nobre



Nas opalas nobres, as esferas com diâmetro entre 150 e 400 nm (nanômetros, onde 1 nanômetro equivale a 0,000000001 metro) são as que têm jogo de cores. O tamanho das esferas e, conseqüentemente, dos espaços entre elas, tem relação direta com as cores que podem ser vistas em cada opala. As opalas com esferas menores (de aproximadamente 150 nm) geralmente produzem reflexos de cor azul e roxo. Esferas pouco maiores refletem roxo, azul e verde. A seguir, temos esferas que refletem roxo, azul, verde e amarelo. Com diâmetro pouco maior observam-se roxo, azul, verde, amarelo e laranja. Finalmente, com as esferas de maior diâmetro (350 a 400 nm) torna-se possível observar todas as cores do arco-íris – roxo, azul, verde, amarelo, laranja e vermelho. Em opalas com esferas grandes, mesmo quando não estão todas as cores aparentes ao observar a gema numa posição fixa, basta inclinar ou girar a gema gradativamente que a mudança no ângulo de incidência da luz permitirá a observação de todas as cores espectrais numa determinada região, passando sucessivamente de uma para outra (e respeitando a ordem, do vermelho para o azul ou o inverso). Na natureza, as opalas com reflexos vermelhos são as mais raras.
Adicionalmente, a coloração de fundo da gema influencia a qualidade das cores refletidas. Sempre que uma opala recebe iluminação, uma parte da luz (que denominaremos aqui de “A”) que nela penetra passa por todos os fenômenos ópticos descritos anteriormente e, em última instância, é refletida na superfície da gema como cores espectrais puras, produzindo o jogo de cores próprio. O restante da luz (que denominaremos de parte “B) é transmitida, chegando mais profundamente na gema. Idealmente, as melhores opalas manifestam suas cores expressando apenas a parte A e essa situação se verifica nas opalas de fundo negro, que absorvem toda a luz B – isto resulta em cores espectrais mais nítidas. Já as opalas de fundo claro, por outro lado, refletem a luz B de volta para a gema (totalmente nas brancas e parcialmente nas de outras cores), onde pode se espalhar e ser refletida para a superfície da gema em conjunto com as cores originadas de A, diluindo-as.
O jogo de cores observado em cada gema apresenta uma combinação única e exclusiva (não existem duas opalas que sejam idênticas). As cores distribuem-se em faixas, pontos, linhas ou figuras geométricas, sejam isolados ou combinados na superfície da opala, às vezes distribuídos aleatoriamente e outras vezes harmonizando-se em padrões belíssimos (vide seção de Avaliação de opalas nobres, abaixo).
TIPOS DE OPALAS NOBRES
As opalas nobres são classificadas de acordo com a coloração de seu fundo (ou “corpo” da gema) e de sua estrutura (apenas opala ou opala combinada a rocha matriz) em vários tipos:
A) Opala negra: entram neste patamar as opalas opacas que apresentam coloração negra, cinza escura, azul escura, verde escura ou marrom escura. Como visto anteriormente, as opalas negras realçam os reflexos coloridos em sua superfície, dando-lhes mais definição. Comparando-se opalas com outras características semelhantes, as de fundo negro são mais valiosas que as demais. Na atualidade, o único país com produção comercial de opalas negras é a Austrália.
 Cabochão de opala negra (figura 04, 05, 06, 07, 08)
         figura 04                      figura 05                    figura 06                     figura 07                  figura 08                                



B) Opala semi-negra: é a gema opaca de coloração cinza, com tonalidade média. Essas gemas são produzidas principalmente na Austrália, com achados eventuais em outros países, inclusive o Brasil.
C) Opala branca: corresponde à opala opaca de coloração branca ou com outras cores em tonalidades claras (como amarelo, laranja ou cinza). É a mais encontrada no mercado mundialmente, originando-se da Austrália, do Brasil e dos Estados Unidos, principalmente. Por serem menos raras e apresentarem em geral coloração menos chamativa que as opalas negras ou cinzas, costumam ter menor valor e serem mais acessíveis, mas existem exemplares excepcionais que atingem elevado valor.
Opala branca bruta (figura 11) Cabochão de opala branca (figura 12 e 13)
figura 11                                                           figura 12                        figura 13




D) Opala cristal: é a opala transparente a translúcida, com coloração clara de fundo. Por sua transparência podem ser vistas várias camadas de reflexos coloridos no interior da gema. Ocorrem nos mesmos depósitos descritos anteriormente para as opalas brancas.
E) Opala cristal negra: é a opala transparente a translúcida, com coloração escura de fundo. Ocorrem nos mesmos depósitos descritos anteriormente para as opalas negras.
Opala cristal bruta (figura 14) Cabochão de opala cristal (figura 15)
        figura 14                  figura 15


F) Opala matacão: é a opala que ocorre em cavidades e fissuras muito estreitas de rocha matriz porosa (um conglomerado ferruginoso laranja escuro a marrom). Pelo intercrescimento entre a opala e a rocha matriz, constituindo belos desenhos e padrões, ou pela reduzida proporção de opala em relação à quantidade de rocha matriz, esse material na atualidade é lapidado preservando-se a rocha matriz em conjunto com a opala. A rocha matriz que se mistura com e cobre a opala no fundo da gema praticamente se comporta como o fundo escuro das opalas negras e realça intensamente os reflexos de cores. Além disso, a matriz acrescenta resistência à peça. Estas opalas são encontradas apenas na Austrália. Existem vários subtipos de opala matacão e, para permitir melhor padronização em sua descrição, a Associação Gemológica Australiana sugere a seguinte distinção:
F.1. opala matacão negra: estas gemas são as preparadas a partir de peças brutas em que a opala se manifesta como fina camada intimamente aderida a sua matriz. Na lapidação das gemas, toma-se o cuidado de polir adequadamente a opala e manter a matriz como fundo, que constitui praticamente toda a espessura do corpo da gema. Assim, a gema final tem duas camadas: uma superior, de opala opaca negra, e outra inferior (fundo) de matriz;
F.2. opala matacão cristal: preparadas a partir de material como o descrito em F.1., as gemas resultantes têm duas camadas – uma superior de opala translúcida a transparente clara e outra inferior de rocha matriz. As gemas têm aspecto escuro devido à coloração da rocha matriz, que se torna visível através da opala;
F.3. opala matacão clara: preparadas a partir de material como o descrito em F.1., as gemas resultantes têm duas camadas – uma superior de opala opaca clara (cinza ou esbranquiçada) e outra inferior de rocha matriz;
F.4. “noz de Yowah” (Yowah nut): é o subtipo de opala matacão que se forma como pequenos nódulos arredondados ou ovóides de rocha matriz, geralmente com diâmetro máximo de 5 cm, contendo pequena cavidade central parcial, preenchida por opala nobre. Esses nódulos são clivados, expondo a opala entrelaçada à rocha matriz e então são polidos, formando belos e incomuns exemplares.
F.5. opala matacão na matriz ou opala na matriz: trata-se de opala que se formou preenchendo pequenas cavidades ou como uma rede de finos veios envoltos por rocha matriz porosa, ou ainda entre os grãos da rocha matriz. Uma vez lapidada, diferencia-se dos demais tipos por apresentar menor proporção de opala em relação à quantidade de rocha matriz. As gemas prontas demonstram rocha matriz evidente tanto no fundo quanto na face anterior, salpicada por pontos, linhas ou bandas de opala nobre.
Opala matacão bruta (figura 16) Noz de Yowah bruta (figura 17) Cabochão de opala matacão (figura 18) Cabochão de opala na matriz (figura 19) Cabochão de noz de Yowah (figura 20)
                   figura 16                              figura 17                           figura 18                     




            figura 19                                  figura 20



A ORIGEM DAS OPALAS NOBRES
As opalas nobres requerem condições muito especiais para sua formação e, curiosamente, apesar de seu elevado teor de água, a opala encontra essas condições geralmente em regiões áridas e semi-áridas, com chuvas sazonais.
Há milhões de anos, soluções de água e dióxido de silício (SiO2) se infiltraram para o interior de fendas e rachaduras de rochas vulcânicas ou espaços e cavidades desenvolvidos em rochas sedimentares, tornando-se ali aprisionadas pela baixa permeabilidade de seu envoltório. Com o passar do tempo, parte da água da suspensão sofreu evaporação e isso resultou no aumento gradativo da concentração de sílica. Quando essa concentração atingiu um nível crítico, as moléculas de sílica começaram a se agrupar, formando esferas sólidas. Com o surgimento de grande quantidade de esferas, a solução passou a se transformar em um gel e então ocorreu a deposição gravitacional das esferas em camadas (estima-se que cada 1 cm de espessura depositada levou um período de aproximadamente 5 milhões de anos para se processar). O tamanho das esferas é diretamente proporcional ao período de tempo que decorre entre sua formação e a deposição final (ou seja, quanto mais tempo levar sua deposição, maiores são as esferas). Se a evaporação de água ocorre em velocidade constante, formam-se esferas de diâmetro uniforme e que por sua vez se depositam em camadas sucessivas organizadas. A evaporação adicional de água levou à solidificação do material, constituindo então a opala nobre (após a deposição das esferas, estima-se um período adicional de 1 a 2 milhões de anos para a completa solidificação dos depósitos). Opala também se deposita entre grãos de argila e areia em arenitos, cimentando-os e constituindo rocha matriz.
Dentre os depósitos de opala nobre conhecidos mundialmente, praticamente todos os de origem sedimentar ocorrem apenas na Austrália. Sítios de extração das demais localidades e algumas poucas exceções localizadas também na Austrália são de origem vulcânica (inclusive os sítios brasileiros, que ocorrem em meio a formações de basalto).
EXTRAÇÃO E PRODUÇÃO MUNDIAL DE OPALAS NOBRES
Comprovando a raridade da opala nobre, do total de opalas extraídas mundialmente na atualidade, 95% consiste em opala comum, sem opalização e geralmente de cor única e monótona (negra, cinza, branca, azulada, esverdeada, amarelada ou alaranjada, conforme o sítio de origem), com aspecto leitoso a opaco. Dentre os 5% restantes que apresentam jogo de cores, aproximadamente 80% (ou 4% da produção mundial) são gemas de qualidade intermediária, acessíveis e as mais comuns no mercado. Finalmente, os outros 20% de opalas nobres (ou 1% da produção mundial) são os exemplares de qualidade excepcional, que muitas vezes alcançam valor por quilate superior ao de belos diamantes.
O país que mais se destaca na produção de opalas nobres no momento é a Austrália, responsável por 90 a 95% da produção mundial (único produtor comercial de opala negra e também produtor de opala branca, opala na matriz e opala matacão). Outros países também apresentam sítios de extração de opalas nobres, destacando-se o Brasil (produtor de opalas brancas, com achados eventuais de opalas negras ou cinzas), os Estados Unidos, Honduras, Japão, Etiópia e México.
LAPIDANDO A OPALA NOBRE
As opalas nobres usualmente são lapidadas em cabochão para realçar seu jogo de cores (vide comentários sobre Lapidação em Cabochão na seção “Dúvidas” do site). O formato mais popular e o mais utilizado é o oval, seguindo-se o redondo, mas os demais formatos tradicionais de cabochões também podem ser aplicados ao material. Pela raridade e valor das opalas, lapidários experientes avaliam com cuidado o formato das pedras brutas e a distribuição da barra de cor (a camada de onde se originam os desejados reflexos de cores) para melhor aproveitá-los na confecção da gema. Um cuidado especial é deixar o cabochão com espessura adequada para torná-lo mais resistente. Opalas de boa qualidade também podem ser lapidadas em formas livres (cabochões fantasia ou mesmo mini-esculturas).
TRATAMENTO DE OPALAS NOBRES
Algumas opalas podem ser tratadas para melhorar sua aparência:
- opalas com fissuras: resinas sintéticas, muito utilizadas em gemas transparentes com inclusões (como as esmeraldas), têm aplicação para opalas com fissuras, podendo diminuir sua visibilidade e oferecendo um tratamento duradouro. Óleos e ceras podem ser utilizados com o mesmo propósito, mas são tratamentos de pequena durabilidade;
- opalas na matriz: um processo muito utilizado e que tira proveito da característica porosa da matriz argilosa de opalas de algumas regiões consiste em mergulhar essas opalas primeiro em solução açucarada e depois em ácido sulfúrico. Com a reação química entre o açúcar e o ácido, partículas de carbono se depositam na superfície da matriz, escurecendo-a e realçando o jogo de cores das lâminas de opala.
DOUBLETS E TRIPLETS
Opalas nobres também são encontradas em gemas compostas, onde geralmente duas ou mais camadas de diferentes materiais são unidos para a composição da gema final:
- doublets (gemas duplas): nestas gemas, uma fina camada de opala nobre (branca ou negra) é cimentada sobre uma opala comum de coloração escura, com uso de cola transparente, ou sobre uma opala comum de cor clara, uma calcedônia ou vidro, porém com uso de cola escura.
- triplets (gemas triplas): são gemas formadas por uma camada de opala entre um fundo escuro (geralmente opala comum escura ou ônix negro, com cola transparente ou opala comum clara, calcedônia ou vidro, com cola escura) e uma camada frontal transparente (de cristal de rocha ou vidro). Os propósitos da camada frontal nestas gemas são dar maior proteção à camada de opala e obter um acabamento convexo, assemelhando-se à abóbada de um cabochão.
A principal vantagem das gemas compostas é seu preço em relação ao valor das gemas naturais (e doublets são geralmente mais valiosos que triplets porque suas camadas de opala são mais espessas). Por outro lado, sua desvantagem é que devem ser protegidas de exposição prolongada à água, pois pode ocorrer infiltração líquida entre as diversas camadas e prejudicar sua aparência.
OPALAS SINTÉTICAS
Existem no mercado opalas sintetizadas em laboratório. As primeiras opalas fabricadas pelo homem datam de 1964, através de método desenvolvido por John Slocum. Outros métodos foram desenvolvidos com o passar dos anos e os avanços tecnológicos têm permitido aprimorar o aspecto das gemas. Nesse material se produzem esferas de óxido de silício hidratado que são circundadas por substância (geralmente não presente nas opalas naturais e com origem que pode ser orgânica ou não) que dê estabilidade ao conjunto e permita que seja trabalhado nos formatos requeridos para peças de joalheria. No momento, existem vários tipos de opalas sintéticas, que estão sendo produzidas no Japão, na Austrália, na Rússia e na China.
Cabochão de opala sintetica (figura 21)
              figura 21



DESCREVENDO E AVALIANDO UMA OPALA NOBRE
Apesar de não existir sistema padronizado que permita qualificar as opalas nobres de modo objetivo, os seguintes parâmetros servem de referência em sua avaliação:
a) Origem: as opalas são classificadas em naturais (esta categoria inclui as opalas matacão), compostas e sintéticas. Em ordem decrescente, as naturais são as mais valiosas, seguindo-se as compostas e depois as sintéticas.
b) Coloração, composição e opacidade do corpo da gema: determina-se se a gema é formada apenas por opala ou por opala e rocha matriz; se é opaca, translúcida ou transparente; e qual é a coloração de fundo da opala (branco, negro ou semi-negro). Respeitadas as outras características, como regra geral, as opalas negras são as mais valiosas. Seguem-se as opalas matacão (negra, cristal e clara) e as cristais. Finalmente, tem-se as semi-negras, as brancas, as nozes Yowah e as opalas na matriz.
c) Opalização – quantidade de cores: observam-se quais são as cores refletidas pela opala. Para efeito de descrição, citam-se as cores em ordem decrescente de proeminência na gema (da que é mais evidente em toda a superfície da opala até a que menos aparece). Recordando, a depender do tamanho das esferas na composição de uma opala, as possíveis combinações de cores que podem ser refletidas são: vermelho – laranja – amarelo – verde – azul – roxo (todas as cores, em opalas com as maiores esferas), ou laranja – amarelo – verde – azul – roxo, ou amarelo – verde – azul – roxo, ou verde – azul – roxo, ou azul – roxo (poucas cores e geralmente com predomínio do azul, em opalas com as menores esferas). As opalas mais desejáveis são as que têm a reflexão de todas as cores espectrais, pois apresentam esferas maiores, mais raras. Dentre estas, ainda, as opalas que refletem predominantemente a cor vermelha (como cor praticamente única ou predominando sobre as outras cores que também aparecem) são mais raras e, portanto, mais valiosas. A ordem decrescente de valor para a cor que predomina é vermelho, laranja, amarelo, verde, azul/roxo.
d) Opalização – uniformidade das cores: idealmente, as cores refletidas devem ser visíveis por toda a superfície da gema e também quando a gema é observada por vários ângulos.
e) Opalização – brilho das cores: preferem-se gemas com intenso brilho das cores, que mantenham cores evidentes mesmo quando vistas à distância. Gemas com cores mais apagadas, pouco brilhantes, têm menor valor.
f) Opalização – padrão das cores: descreve o arranjo da cor pela gema, que pode ser indistinto ou organizado, constituindo desenhos e/ou formas geométricas. Os principais padrões reconhecidos são: arlequim (extremamente raro, é constituído por várias figuras geométricas de dimensões e formatos semelhantes, como losangos, quadrados, retângulos ou triângulos, agrupados e parecendo formar um mosaico); escrita chinesa (onde finas linhas retas e curvas se entrecruzam, assemelhando-se aos símbolos de idiomas orientais); palha (com várias linhas finas próximas entre si); em ladrilhos ou blocos (definem-se vários segmentos grandes de cores observados simultaneamente na superfície da gema); em lampejos (observam-se áreas evidentes e de tamanhos variáveis de cores que cintilam subitamente à medida que a gema é inclinada ou girada); floral (é um dos mais comuns, onde vários reflexos de tamanhos e cores diversos estão presentes na gema); pontilhado (onde vários pontinhos de cor se distribuem por toda a superfície da gema). O tipo, a precisão e as cores do padrão determinam sua qualidade e, conseqüentemente, influenciam o valor da gema.
Escrita chinesa                             Floral                         Em ladrilhos                   



 Lampejo                                  Pontilhado                       Arlequim



g) Dimensões: gemas maiores são mais raras, e portanto, mais valiosas. Idealmente, não devem ser nem muito finas e nem muito espessas.
h) Lapidação e formato: avalia-se a regularidade do acabamento da lapidação e o tipo de formato.
i) Inclusões: observação da presença, quantidade e distribuição de inclusões (geralmente de opala comum, rocha matriz ou gipso) em meio à superfície da opala. Esses achados podem tornar menos chamativos os reflexos coloridos ou interferir em determinado padrão das cores. Opalas sem inclusões são menos valiosas.
j) Imperfeições: nesta categoria entram as fraturas e fissuras, sejam acidentais ou por desidratação do material.
l) Tratamento: também deve ser considerado qualquer tratamento realizado na opala. Gemas sem tratamento são mais valiosas.
As opalas são gemas de avaliação muito difícil, particularmente porque cada gema é única. Os comentários apresentados acima não têm a pretensão de definirem regras absolutas de avaliação destas gemas, mas apenas de servir como orientações gerais de detalhes que devem ser levados em consideração. Ao escolher uma opala, busque sempre uma gema que seja cativante para você. Não necessariamente as opalas mais caras são as de seu agrado. Muitas pessoas preferem opalas com reflexos azuis e roxos às gemas com reflexos avermelhados.
Ainda, não se esqueça que, pelo complexo jogo de suas cores, as opalas são muito difíceis de fotografar. A gema real é sempre muito mais bela do que o aspecto revelado em suas fotos. Nosso olhos conseguem captar nuances impressionantes que os atuais equipamentos de fotografia ainda não expressam.
CUIDADOS COM A OPALA
As opalas são gemas delicadas. Conhecendo suas características e usando o bom senso é fácil cuidá-las, preservando sua beleza. Algumas medidas que são aconselháveis no cuidado das opalas incluem:
- limpeza com pano suave seco ou discretamente molhado. Não são necessários produtos químicos para sua limpeza.
- manter as opalas e jóias com opalas que estão em desuso sempre limpas e guardadas em invólucros individuais (como saquinhos plásticos ou de tecido). Opalas expostas ao ambiente recebem a deposição de pó em sua superfície e, como partículas de quartzo (de maior dureza que a opala) são o componente principal do pó comum, essas gemas podem ser riscadas quando são submetidas a atrito nessas condições. Com o tempo, o polimento da gema perde qualidade, diminuindo o brilho da gema e a nitidez de seu jogo de cores. Procure um especialista, pois um simples re-polimento pode deixar sua gema como nova mais uma vez.
- evitar exposição a calor excessivo, pois esta condição pode desidratá-las e resultar em fissuras espontâneas em sua estrutura, diminuindo sua opalização dramaticamente;
- evitar armazenamento sem proteção em ambientes secos (como os refrigerados com ar condicionado ou no interior de cofres bancários, onde o nível de umidade é controlado a níveis reduzidos), condição em que também podem sofrer desidratação e fissuras. Aconselha-se para armazenamentos prolongados guardar a opala em saquinho plástico lacrado com pequena quantidade de água para manter certa umidade ambiente;
- no dia-a-dia, evitar situações que exponham as gemas a impactos (como exercícios, ou atividades que exijam movimentos bruscos);
- no design e preparo de jóias com opalas deve-se sempre buscar a montagem com metais de modo a proteger a gema. Também é importante evitar transmitir-lhe calor durante a cravação.
MITOS
Alguns mitos falsos a respeito das opalas nobres que merecem discussão são os seguintes:
- essas gemas não são porosas, portanto não absorvem água (é desnecessário mantê-las em imersão para “reidratação”) ou óleos;
- as fissuras que ocorrem em uma opala são irreversíveis. O aspecto das gemas melhora quando são molhadas ou cobertas por óleos, mas esses tratamentos são apenas paliativos, pois as fissuras ficam mascaradas a olho nu, mas permanecem inalteradas em número e tamanho. Assim que a água secar ou que o óleo for removido, elas voltarão a estar bem aparentes. A tendência de uma opala em desenvolver fissuras depende principalmente de seu sítio de origem. Várias opalas originadas no México e em algumas localidades dos Estados Unidos são particulamente suscetíveis a estes problemas. As opalas brasileiras, por outro lado, são bem resistentes. Para evitar o desenvolvimento posterior de fissuras em gemas já prontas para comercialização, muitos lapidários tomam o cuidado de guardar o material bruto seco por extenso prazo de tempo (3 a 6 meses), às vezes até em condições adversas (como ao ar livre, no sol), para permitir que a exposição ao ambiente teste sua estabilidade. Após esse período de tempo, as gemas podem ser lapidadas com segurança, uma vez que a possibilidade de surgimento de fissuras em pedras assim testadas passa a ser muito reduzida.