sábado, 14 de março de 2015

Amazonas puxa novo boom do petróleo na Amazônia


Entreposto do petróleo da região de Urucu
Com reservas totais de 187, milhões de barris de petróleo e 89,7 milhões de metros cúbicos de gás natural distribuídos nas bacias sedimentares dos rios Solimões e Amazonas, o Amazonas puxa uma nova corrida pelo petróleo e pelo gás natural na Amazônia brasileira.
O novo boom do petróleo começa 25 anos depois da descoberta da província petrolífera de Urucu, na Bacia do Solimões, no município de Coari, a 363 quilômetros de Manaus. Conforme assinala reportagem do jornal A Crítica, de Manaus (AM,  empresas privadas brasileiras e estrangeiras voltam seus investimentos para a região.
Por isso, de acordo com a reportagem, somente no Amazonas, este mercado deverá receber investimentos bilionários nos próximos três anos, com a expectativa de geração de mais oito mil novos empregos no estado.  A reportagem assinala que, ao contrário do que ocorreu no passado, quando a Petrobras desbravava sozinha esse mercado, agora a empresa tem concorrentes.
Está em jogo um mercado considerado estratégico pelo governo brasileiro. Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), apesar da altíssima qualidade do petróleo encontrado em Urucu, são as reservas de gás que fazem da região um mercado muito importante, pois o Brasil ainda importa boa parte do gás natural consumido no país da Bolívia. Hoje, o Amazonas já responde por 18% de toda a produção nacional de gás natural.
Atualmente, a Petrobras produz 56,5 mil barris de petróleo por dia e 9,7 milhões de metros cúbicos de gás natural diários dos poços que mantém no município de Coari. Desde 2005, retomou perfurações em regiões próximas às reservas de Urucu e, no ano passado, descobriu poços de petróleo altamente rentáveis.

Entrada de empresas privadas

Segundo a reportagem de A Crítica, pelo menos duas empresas privadas estão entrando agressivamente nesse mercado e a principal delas tem capital estrangeiro, mas é brasileira por nascimento: HRT Oil & Gas. A companhia é operadora de 21 blocos localizados na bacia sedimentar do Solimões. Hoje, a petrolífera vem prospectando em áreas nos municípios de Carauari, Tefé e Coari. No ano passado, a empresa vendeu 45% de suas operações na Amazônia para a anglo-russa TNK-BP, resultado de uma joint-venture entre a TNK (Rússia) e a British Petroleum (Reino Unido), que prometeu injetar US$ 1 bilhão na empreitada.
Além da HRT, a Petrogal Brasil também vem atuando no Amazonas. Ela é uma subsidiária da companhia de energia portuguesa Galp. A Petrogal tem a concessão de dois blocos em parceria com a Petrobras e vem fazendo pesquisas na Bacia Sedimentar do Amazonas, entre os municípios de Rio Preto da Eva, Itapiranga e Silves.
Segundo o especialista Walter De Vitto, da Tendências Consultoria, o mercado de gás e petróleo no Amazonas vai continuar aquecido nos próximos anos. “O preço do barril de petróleo está em alta no mercado internacional e isso tende a encorajar as empresas a se lançar nessa empreitada. Observamos que como o foco da Petrobras, que é o principal ator desse mercado, vai estar voltado para os investimentos na camada do pré-sal, empresas menores, como a HRT, poderão encontrar boas oportunidades de negócio na região”, afirma De Vitto. 
Para o economista e secretário de Estado da Fazenda, Isper Abrahim, o aquecimento do mercado deverá continuar pelos próximos anos e ele já vislumbra a criação de um novo pólo econômico que poderá ser tão importante para o Amazonas quando é hoje o Pólo Industrial de Manaus (PIM): o gás-químico. “No curto prazo, nós teremos todos os insumos para implantarmos um polo gás-químico importante no Estado. Teremos o gás natural, energia elétrica vinda do linhão de Tucuruí e a silvinita. Poderemos entrar fortes no mercado de fertilizantes, onde o Brasil ainda é um dos maiores importadores desse tipo de produto”, afirma Abrahim.

Petrobras anuncia descoberta de petróleo e gás no Amazonas

Petrobras anuncia descoberta de petróleo e gás no Amazonas

Reserva tem capacidade de produzir 1.400 barris de óleo por dia.
Descoberta pode criar novo polo produtor na Bacia do Solimões, diz estatal.


A Petrobras anunciou nesta sexta-feira a descoberta de uma nova acumulação de óleo e gás na Bacia do Solimões, no Amazonas.
Em comunicado ao mercado, a companhia informou que a reserva, localizada no município de Coari, a 25 km da província petrolífera de Urucu (AM), indicou capacidade de produção diária de 1.400 barris de óleo de boa qualidade (41º API) e 45 mil metros cúbicos de gás, na Formação Juruá.
O poço foi perfurado a uma profundidade final de 3.295 metros.
"Este é o segundo sucesso exploratório no Bloco SOL-T-171, onde já está em andamento, desde 2010, o Plano de Avaliação da Descoberta do poço 1-BRSA-769-AM, informalmente conhecido como Igarapé Chibata", afirmou a Petrobras.
Segundo a companhia, confirmada a viabilidade econômica das descobertas, elas viabilizarão a criação de um novo polo produtor de petróleo e gás natural na Bacia do Solimões.
A empresa detém 100% dos direitos de exploração e produção na concessão. A companhia produz diariamente no Amazonas 53 mil barris de óleo e 11 milhões de metros cúbicos de gás natural, além de 1,3 mil toneladas de GLP.

A descoberta do Distrito Estanífero da Pedra Branca/GO - Brasil

A descoberta do Distrito Estanífero da Pedra Branca/GO - Brasil

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Este documento visa resgatar a história da descoberta deste distrito que já produziu centenas de milhões de dólares equivalentes em estanho. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,

A descoberta, por garimpeiros, do estanho da Serra Branca, às margens do Rio Maranhão,mudou o cenário deste metal no Centro-Oeste. Esta região foi imediatamente inundada por empresas e garimpeiros impulsionados pelo sonho da riqueza fácil... ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Após ter perdido a oportunidade de descobrir este depósito (os granitos Serra da Mesa e Serra Branca foram considerados pelo consultor como "intrusões diapíricas do embasamento" e o follow-up proposto pelos geólogos de campo não foi efetuado...) o Chefe do Distrito da Docegeo Centro-Oeste, Axel de Ferran, constitui uma equipe de exploração objetivando a descoberta de outros jazimentos no Centro-Oeste. Esta "equipe", na sua fase inicial, é constituida por mim, um geólogo júnior com pouco mais de 1 ano de experiência, um auxiliar (Wilmar Siqueira) e um bateador experiente (Nilton Botelho). ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Apesar da gritante falta de experiência da gerência de exploração, este programa acabou sendo um verdadeiro exemplo de prospecção mineral bem-sucedida. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
O fase inicial constituiu-se de foto-interpretação, feita no escritório de Goiânia, em busca de alvos potenciais. Como toda a região da Serra Branca estava coberta de pedidos busquei a descoberta de algo inédito em qualquer lugar da nossa área de atuação, o Centro-Oeste. Em duas semanas estavam delineados os primeiros alvos que situavam-se a nordeste de Cavalcante/GO. Estes alvos tinham dimensões variáveis, de poucas centenas de metros até dezenas de milhares de metros como a estrutura da Pedra Branca.
A princípio eles foram recebidos com certo ceticismo e tiveram a sua prioridade reduzida, por não estarem localizados no alinhamento tectônico da Serra Branca e por ficarem a uma enorme distância deste distrito estanífero..
Apesar destes pontos negativos Axel nos dá a luz verde e em 22 de Novembro de 1973 iniciamos os trabalhos de prospecção regional. Nesta data rumamos para a vila de Terezina onde uma pequena pensão repleta de "barbeiros" nos esperava. Graças a informações passadas por geólogos da CPRM, que atuavam na vizinha Cavalcante, pudemos evitar o contágio. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Nos primeiros dias procurei concentrar o foco nos alvos próximos do trecho Terezina-Monte Alegre, a única estrada da região. De uma forma quase subliminar a descoberta do distrito é pressentida no primeiro dia de trabalho, sábado 24 de novembro de 1973, durante a amostragem de concentrados de bateia. Para minha surpresa encontramos cassiterita na quarta amostra coletada! Quando a esmola é demais... A partir deste momento, a cada afloramento estudado, ficam evidentes as manifestações hidrotermais associadas a rochas graníticas, portadoras de concentrações anômalas de cassiterita. A área prometia e a motivação do geólogo de exploração fazia a adrenalina subir. No terceiro dia de trabalho foi descoberta a cassiterita do Morro Sucuri, pequeno stock granítico com bela estrutura circular associada. Este alvo estava localizado às margens da GO-112, por onde milhares trafegavam, e só foi "descoberto", segundo o DNPM uma década depois... ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
No Sucuri foi observado um albita-granito intrusivo, equigranular, cortado por vênulas de quartzo-pirita-fluorita. Nesta fase não foram encontradas mineralizações significativas e toda a cassiterita era submilimétrica. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Dado os resultados positivos obtidos foi priorizada a grande estrutura elíptica da Pedra Branca. Esta serra estava situada a dois dias de cavalo da GO-112, na margem esquerda do Rio Paranã. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Na terça-feira, 4 de Dezembro de 1993 o nosso pequeno grupo de exploradores, agora aumentado para 5 com a adição dos locais Simplício e seu filho Nicanor se aproxima da descoberta do maior depósito de estanho do Centro-Oeste. Durante várias horas de cavalgada, ainda distante do alvo, era observada uma estranha depressão nas cabeceiras de uma drenagem.
Esta anomalia nos atraiu como um farol. No final da tarde montamos acampamento na beira do Córrego Pedra Branca que descia desta bacia de cor anomalamente clara. A curiosidade era enorme e, enquanto Simplício e Nicanor montavam o primeiro acampamento, Nilton, Wilmar e eu fomos amostrar o Pedra Branca.
Estava descoberta uma das principais jazidas aluviais da região.
A noite demorou a passar... No dia seguinte, cedo, começamos a escalada da serra, pelo vale do Pedra Branca. A cada parada era coletada uma amostra de concentrado, que, invariavelmente, dava positiva. Os grãos de cassiterita estavam mais grosseiros indicando a proximidade da fonte.
Durante a subida confirmou-se a nossa hipótese de um corpo granítico intrusivo. O augen gnaisse do embasamento apresentava um belo contato por falha (cataclasitos) com o granito a biotita.
Este granito grosseiro a biotita, passa gradualmente para uma rocha granítica intensamente alterada, sericitizada e caulinizada, cortada por várias gerações de muscovita, clorita e biotita greisens mineralizados. Nesta área os máficos foram totalmente destruidos. A cor branca, da bacia, observada durante a chegada era devido a um colúvio de quartzo leitoso que a cobre quase que totalmente.. Estava explicada a depressão e começava a descoberta dos maiores jazimentos primários de estanho do Centro-Oeste.
Os próximos dias e semanas foram dedicados a prospecção na região. Com o tempo foi possível perceber a importância e as dimensões do distrito.
Em 24 de janeiro de 1974 chegou o PT-HEZ, helicóptero de Belém que iria agilizar e intensificar o ritmo das descobertas. O helicóptero, pilotado pelo Cmdte Sayão e transportando o geólogo Octávio Ferreira da Silva, pousou em emergência com pouco menos de 3 minutos de combustível. Na época não existiam os GPS... Como o tempo estava coberto Sayão não conseguia localizar a nossa clareira, em um vale apertado as margens do Rio Paranã. O desespero era grande e o rádio de Belém gritava fazendo a ponte.
Solicitamos, via rádio que o HEZ começasse a fechar, gradualmente um grande movimento em espiral até que pudéssemos localizá-lo de alguma forma. Com alguns peões nas árvores em menos de 15 minutos pudemos orientá-lo para cima da clareira e ele, seguramente, furou o teto e pousou.
Este foi o meu primeiro contato com o Octavio, grande amigo, que estava tão branco de susto que não foi possível perceber a sua cor original...
Somente no dia 2 de março de 1974, depois da descoberta dos principais depósitos da região (Pedra Branca, Mocambo, Sucuri, Ingazeira, Mangabeiras e Mendes) que descobrimos os greisens com até 80% de cassiterita. Neste momento concentramos os esforços na descoberta destes "buchos", verdadeiras bonanzas que foram, aos poucos, descobertos às dúzias. Eram corpos mineralizados com até 2m de espessura, extremamente ricos.
Por mais que não quiséssemos as notícias espalharam-se com incrível velocidade. Afinal um pequeno bloco deste minério com 1 m3 de volume valia mais de US$30.000,00 no mercado.
Nesta época foi rasgada a primeiras estrada e construida as pontes, que mais tarde, ironicamente iriam facilitar a vida de milhares de invasores. Enquanto isso a nossa equipe se multiplicava com a chegada de Carlos "Carlão" Alberto B. Cunha, Roberto Gomes, Pedro "Caruá" Clementino, Anchieta e Orlando Placha.
A partir deste momento o trabalho entra em fase de avaliação preliminar de reservas e mapeamento de detalhe.
A descoberta me alavancou para a chefia do projeto Rio Grande do Sul e deixei a Serra.
Mas a história continua e a situação rósea, torna-se dramática e difícil.
O inevitável ocorreu. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Hordas de garimpeiros atraidos pelo vazamento de informações acamparam no flanco Sul da Serra. As noites se iluminavam com as verdadeiras "romarias" de garimpeiros com suas lanternas e candieiros a procura dos riquíssimos blocos de cassiterita quase pura. Aos poucos, pela falta de ação da Docegeo, presa em emaranhados político-legais, os garimpeiros perderam o medo e invadiram definitivamente a Serra, forçando os poucos geólogos a se retirarem. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Um triste fim para um trabalho que começou tão bem. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Em poucos meses mais de 5.000 homens povoaram o sertão da Pedra Branca extraindo milhares de toneladas de estanho. Este minério era imediatamente comprado por representantes de "sérias" empresas de mineração, que ao fazer este ato nitidamente ilegal, incentivavam a invasão e o roubo descarado do minério. O garimpo progrediu até 1976, quando mais de 15.000 pessoas trabalhavam os depósitos primários e aluviais. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
A Docegeo nunca recuperou a enorme perda, mesmo com uma reserva remanescente de mais de 15.000t de estanho ( Padilha em 1981). ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Aqui fica o meu reconhecimento aos amigos de uma equipe vencedora cujo trabalho, bem ou mal, alimentou e empregou dezenas de milhares de pessoas por quase uma década. Fica também o meu respeito àqueles empregados que optaram pela pobreza não usufruindo dos seus conhecimentos para benefício próprio.

Como se encontra petróleo?

Como se encontra petróleo?

Ele só pode ser achado nas chamadas bacias sedimentares, terrenos formados por camadas de minério e material orgânico acumulado ao longo de milênios. (Esse material orgânico, feito dos restos mortais de milhões de microorganismos, é que constitui o petróleo.) Existem três métodos diferentes utilizados para encontrar as tais bacias. O primeiro é examinar fotos tiradas por satélites, que mostram as configurações gerais do terreno e os limites de uma bacia. O segundo é a chamada gravimetria. Como as rochas sedimentares têm menos densidade que as maciças, nas áreas com grandes concentrações de sedimentos a força de gravidade da Terra é ligeiramente menor. A diferença pode ser detectada até de um avião, por meio de molas e pesos extremamente sensíveis. Mas há um detalhe fundamental: a presença de uma bacia sedimentar por si só não basta. Para que o petróleo se acumule é preciso haver rochas porosas capazes de absorvê-lo - e essas, por sua vez, devem estar cercadas de rochas impermeáveis para que ele não escape.
Por isso, o método de investigação mais importante é o sísmico: os geólogos provocam pequenos terremotos e captam os ecos vindos das profundezas por meio de microfones ultra-sensíveis enterrados no solo. Como cada tipo de rocha reflete a vibração de uma maneira, os sinais podem ser analisados por computadores que produzem uma imagem da composição do subsolo a quilômetros de profundidade. Para isso, antes se empregavam explosões de dinamite. O método mais recente é usar enormes tratores que fazem vibrar o solo em uma freqüência predeterminada. Além de causar menos danos ao ambiente, esse método tem a vantagem de produzir ecos mais facilmente identificáveis pelos sensores. No mar, em vez de explosões, um navio atira bolhas de ar para o fundo, com um poderoso canhão de ar comprimido - e essas vibrações são captadas em centenas de microfones arrastados na água em cabos que chegam a ter 8 quilômetros de comprimento.
Mesmo com todos esses processos, só dá para ter certeza de que há petróleo naquele terreno depois de perfurá-lo, fazendo os chamados poços exploratórios. "Essa sondagem é caríssima, especialmente se o poço for no fundo do mar", diz o engenheiro Giuseppe Bacoccoli, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Um poço marítimo de 3 quilômetros de profundidade custa em torno de 10 milhões de dólares. E é raro acertar no primeiro disparo. "É comum ter de furar de quatro a dez poços antes de descobrir uma nova jazida, mesmo numa bacia conhecida", afirma Giuseppe.

O que é Petróleo?

O que é Petróleo?

PETRÓLEO - do latim Petra(pedra) e Oleum(óleo).
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O petróleo é uma substância oleosa, inflamável, com cheiro característico e, em geral, menos densa que a água e com cor variando entre o negro e o castanho escuro.
Embora objeto de muitas discussões no passado, hoje tem-se como certa a sua origem orgânica, sendo uma combinação de moléculas de carbono e hidrogênio.
Admite-se que esta origem esteja ligada à decomposição dos seres que compõem o plâncton - organismos em suspensão nas águas doces ou salgadas, tais como protozoários, celenterados e outros - causada pela pouca oxigenação e pela ação de bactérias.
Estes seres decompostos foram, ao longo de milhões de anos, se acumulando no fundo dos mares e dos lagos, sendo pressionados pelos movimentos da crosta terrestre e transformaram-se na substância oleosa que é o petróleo.
Ao contrário do que se pensa, o petróleo não permanece na rocha que foi gerado - a rocha matriz - mas desloca-se até encontrar um terreno apropriado para se concentrar.
Estes terrenos são denominados bacias sedimentares, formadas por camadas ou lençóis porosos de areia, arenitos ou calcários. O petróleo aloja-se ali, ocupando os poros rochosos como forma "lagos". Ele acumula-se, formando jazidas. Ali são encontrados o gás natural, na parte mais alta, e petróleo e água nas mais baixas.
PROGRAMA DESCUBRA O PETRÓLEO
1. Formação
A idade do nosso planeta, a Terra, é calculada em bilhões de anos. As jazidas de petróleo, não tão idosas, também têm idades fabulosas, que variam de um a quatrocentos milhões de anos.
Durante esse período, aconteceram grandes e inúmeros fenômenos, como erupções vulcânicas, deslocamento dos pólos, separação dos continentes, movimentação dos oceanos e ação dos rios, acomodando a crosta terrestre.
Com isso, grandes quantidades de restos vegetais e animais se depositaram no fundo dos mares e lagos, sendo soterrados pelos movimentos da crosta terrestre sob a pressão das camadas de rochas e pela ação do calor. Esses restos orgânicos foram se decompondo até se transformarem em petróleo.
2. Geologia
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Aos detritos de rochas, resultantes da erosão da crosta terrestre pela ação da natureza, dá-se o nome de sedimentos.
Por longo tempo, os sedimentos foram se acumulando em camadas, dando origem às rochas sedimentares. As diversas camadas dessas rochas formam as bacias sedimentares.
O petróleo só poderá ser encontrado em áreas onde houve acumulação de restos orgânicos e rochas sedimentares.
Todavia, depois de formado, o petróleo não se acumula na rocha em que foi gerado. Ele passa através dos poros das rochas, até encontrar uma outra rocha que o aprisione, formando a jazida.
A jazida é, então, uma rocha cujos poros são ocupados pelo petróleo. No entanto, isso não significa que toda rocha sedimentar contenha uma jazida. Sua busca é tarefa árdua, difícil e exige muita paciência.
3. Atividade
3.1. Exploração
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O ponto de partida na busca do petróleo é a Exploração, que realiza os estudos preliminares para a localização de uma jazida.
Nesta fase é necessário analisar muito bem o solo e o subsolo, mediante aplicações de conhecimentos de Geologia e de Geofísica, entre outros.
A geologia realiza estudos na superfície que permitem um exame detalhado das camadas de rochas onde possa haver acumulação de petróleo. Quando se esgotam as fontes de estudos e pesquisas de Geologia, iniciam-se, então, as explorações Geofísicas no subsolo. A Geofísica, mediante o emprego de certos princípios da física, faz uma verdadeira radiografia do subsolo.
Um dos métodos mais utilizados é o da Sísmica. Compreende verdadeiros terremotos artificiais, provocados, quase sempre, por meio de explosivos, produzindo ondas que se chocam contra a crosta terrestre e voltam à superfície, sendo captadas por instrumentos que registram determinadas informações de interesse do Geofísico.
3.2. Perfuração
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A perfuração é a segunda fase na busca do petróleo. Ela ocorre em locais previamente determinados pelas pesquisas Geológicas e Geofísicas.
Para tanto, perfura-se um poço - o Poço Pioneiro - mediante o uso de uma sonda (ou Torre de Perfuração) que é o equipamento utilizado para perfurar poços. Esse trabalho é feito através de uma Torre que sustenta a coluna de perfuração, formada por vários tubos. Na ponta do primeiro tubo encontra-se a broca, que, triturando a rocha, abre o caminho das camadas subterrâneas. Comprovada a existência de petróleo, outros poços são perfurados para se avaliar a extensão da jazida. Essa avaliação é que vai determinar se é comercialmente viável, ou não, produzir o petróleo descoberto. Caso positivo, o número de poços perfurados forma um Campo de Petróleo.
3.3. Produção
Revelando-se comercial, começa a fase da Produção naquele Campo. Nesta fase, o óleo pode vir à superfície espontaneamente, impelido pela pressão interna dos gases. Nesses casos temos os chamados Poços Surgentes.
Para controlar esse óleo usa-se, então, um conjunto de válvulas denominado Árvore de Natal.
Quando, entretanto, a pressão fica reduzida, são empregados processos mecânicos, como o Cavalo de Pau, equipamento usado para bombear o petróleo para a superfície, além de outros.
Os trabalhos em mar seguem os mesmos critérios aplicados em terra, mas utilizam equipamentos especiais de perfuração e produção: as Plataformas e os Navios-Sonda.
Junto à descoberta do petróleo pode ocorrer, também, a do Gás Natural. Isso acontece, principalmente, nas bacias sedimentares brasileiras, onde o gás natural, muitas vezes, encontra-se dissolvido no petróleo, sendo separado durante as operações de produção. Tecnicamente chama-se a isto de Gás Associado ao Petróleo.
O petróleo e o gás descobertos não são totalmente produzidos. Boa parte deles fica em disponibilidade para futuras produções, em determinado momento. São chamadas Reservas de Petróleo e de Gás.
Dos campos de produção, seja em terra ou mar, o petróleo e o gás seguem para o parque de armazenamento, onde ficam estocados. Este parque é uma grande área na qual se encontram instalados diversos tanques que se interligam por meio de tubulações.
3.4. Refino
Uma Refinaria é como uma grande fábrica, cheia de equipamentos complexos e diversificados, pelos quais o petróleo vai sendo submetido a diversos processos para a obtenção de muitos derivados. Refinar petróleo é, portanto, separar suas frações, processá-lo, transformando-o em produtos de grande utilidade: os derivados de petróleo.
A instalação de uma Refinaria obedece a diversos fatores técnicos, dos quais destacam-se a sua localização nas proximidades de uma região onde haja grande consumo de derivados e/ou nas proximidades das áreas produtoras de petróleo.
A Petrobrás possui 11 refinarias, estrategicamente localizadas do norte ao sul do País. Responsáveis pelo processamento de milhões de barris diários de petróleo, essas refinarias suprem nosso mercado com todos os derivados que podem ser obtidos a partir do petróleo nacional ou importado: gasolina, óleos combustíveis, além de outros.
3.5. Transporte
O transporte na indústria petrolífera se realiza por Oleodutos, Gasodutos, Navios Petroleiros e Terminais Marítimos.
Oleodutos e Gasodutos são sistemas que transportam, respectivamente, o óleo e o gás, por meio de dutos (tubos) subterrâneos. Navios Petroleiros transportam gases, petróleo e seus derivados e produtos químicos.
Terminais Marítimos são instalações portuárias para a transferência da carga dos navios para a terra e vice-versa.
Instalados estrategicamente em diversos pontos do País, a Petrobrás dispõe de 8 Terminais, uma rede de dutos e uma ampla frota de Navios Petroleiros.
PETRÓLEO NO MUNDO
Não se sabe quando despertaram a atenção do homem, mas o fato é que o petróleo, assim como o asfalto e o betume, eram conhecidos desde os primórdios da civilização.
Nabucodonosor usou o betume como material de liga nas construções dos célebres Jardins Suspensos da Babilônia. Foi também utilizado para impermeabilizar a Arca de Noé. Os egípcios o usaram para embalsamar os mortos e na construção de pirâmides, enquanto gregos e romanos dele lançaram mão para fins bélicos.
Só no século 18, porém, é que o petróleo começou a ser usado comercialmente, na indústria farmacêutica e na iluminação. Como medicamento, serviu de tônico cardíaco e remédio para cálculos renais, enquanto seu uso externo combatia dores, cãimbra e outras moléstias.
Até a metade do século passado, não havia ainda a idéia, ousada para a época, da perfuração de poços petrolíferos. As primeiras tentativas aconteceram nos Estados Unidos, com Edwin L. Drake. Lutou com diversas dificuldades técnicas, chegando mesmo a ser cognominado de "Drake, o louco". Após meses de perfuração, Drake encontra o petróleo, a 27 de agosto de 1859.
Passados cinco anos, achavam-se constituídas, nos Estados Unidos, nada menos que 543 companhias entregues ao novo e rendoso ramo de atividades. Na Europa floresceu, em paralelo á fase de Drake, uma reduzida indústria de petróleo, que sofreu a dura competição do carvão, linhita, turfa e alcatrão - matérias-primas então entendidas como nobre.
Naquela época, as zonas urbanas usavam velas de cera, lâmpadas de óleo de baleia e iluminação por gás e carvão. Enquanto isso, no campo, o povo despertava com o sol e dormia ao escurecer por falta de iluminação noturna.
Assim, as lâmpadas de querosene, por seu baixo preço, abriram novas perspectivas ao homem do campo, principalmente, permitindo que pudesse ler e escrever á noite.
A invenção dos motores á gasolina e a diesel, no século passado, fez com que outros derivados, até então desprezados, passassem a ter novas aplicações.
Assim, ao longo do tempo, o petróleo foi se impondo como fonte de energia eficaz. Hoje, além de grande utilização dos seus derivados, com o advento da petroquímica, centenas de novos produtos foram surgindo, muitos deles diariamente utilizados, como os plásticos, borrachas sintéticas, tintas, corantes, adesivos, solventes, detergentes, explosivos, produtos farmacêuticos, cosméticos, etc. Com isso, o petróleo além de produzir combustível e energia, passou a ser imprescindível a utilidade e comodidades da vida de hoje.
PETRÓLEO NO BRASIL
A história do petróleo no Brasil pode ser dividida em três fases distintas:
1º Até 1938, com as explorações sob o regime da livre iniciativa. Neste período, a primeira sondagem profunda foi realizada entre 1892 e 1896, no Município de Bofete, Estado de São Paulo, por Eugênio Ferreira Camargo.
2º Nacionalização das riquezas do nosso subsolo, pelo Governo e a criação do Conselho Nacional do Petróleo, em 1938.
3º Estabelecimento do monopólio estatal, durante o Governo do Presidente Getúlio Vargas que, a 3 de outubro de 1953, promulgou a Lei 2004, criando a Petrobrás. Foi uma fase marcante na história do nosso petróleo, pelo fato da Petrobrás ter nascido do debate democrático, atendendo aos anseios do povo brasileiro e defendida por diversos partidos políticos.
Hoje, aos 35 anos de existência, e sempre voltada para os interesses do País, a Petrobrás implantou uma grande indústria petrolífera, reconhecida e respeitada em todo o mundo.
FONTES ALTERNATIVAS DE ENERGIA
Com a crise do petróleo, em 1973, vários foram os problemas surgidos para os países consumidores, entre eles o racionamento de combustíveis e o desemprego. Com isso, foram intensificados os trabalhos de exploração de novos campos petrolíferos e, também, o desenvolvimento de programas alternativos para a geração de energia.
São as fontes alternativas de energia, ou seja, a utilização de outras matérias-primas, produtoras de energia, que não o petróleo. No Brasil, vários programas nesse sentido foram desenvolvidos de modo a se reduzir a dependência externa para o abastecimento de energia.
Hoje, o País conta, além da expansão da energia elétrica, com a exploração e produção do xisto (rocha da qual se produz óleo e gás), o aproveitamento de vegetais (dos quais a cana-de-açúcar, que produz álcool é a mais importante), a energia solar, nuclear e dos ventos.
BREVE RELATO SOBRE A DESCOBERTA DO PETRÓLEO NO BRASIL
(fonte: apostilas da Petrobras)
A história do petróleo no Brasil começou na Bahia, onde, no ano de 1858, o decreto n.º 2266 assinado pelo Marquês de Olinda, concedeu a José Barros Pimentel o direito de extrair mineral betuminoso para fabricação de querosene de iluminação, em terrenos situados nas margens do Rio Marau, na Província da Bahia. No ano seguinte, em 1859, o inglês Samuel Allport, durante a construção da Estrada de Ferro Leste Brasileiro, observou o gotejamento de óleo em Lobato, no subúrbio de Salvador.
Em 1930, setenta anos depois e após vários poços perfurados sem sucesso em alguns estados brasileiros, o Engenheiro Agrônomo Manoel Inácio Bastos, realizando uma caçada nos arredores de Lobato, tomou conhecimento que os moradores usavam uma lama preta, oleosa para iluminar suas residências. A partir de então retornou ao local várias vezes para pesquisas e coletas de amostras, com as quais procurou interessar pessoas influentes, porém sem sucesso, sendo considerado como "maníaco". Em 1932 foi até o Rio de Janeiro, onde foi recebido pelo Presidente Getúlio Vargas, a quem entregou o relatório sobre a ocorrência de Lobato. Finalmente, em 1933 o Engenheiro Bastos conseguiu empolgar o Presidente da Bolsa de Mercadorias da Bahia, Sr. Oscar Cordeiro, o qual passou a empreender campanhas visando a definição da existência de petróleo em bases comerciais na área. Diante da polêmica formada, com apaixonantes debates nos meios de comunicação, o Diretor-Geral do Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM, Avelino Inácio de Oliveira, resolveu em 1937 pela perfuração de poços na área de Lobato, sendo que os dois primeiros não obtiveram êxito.
Em 29 de julho de 1938, já sob a jurisdição do recém-criado Conselho Nacional de Petróleo - CNP, foi iniciada a perfuração do poço DNPM-163, em Lobato, que viria a ser o descobridor de petróleo no Brasil, quando no dia 21 de janeiro de 1939, o petróleo apresentou-se ocupando parte da coluna de perfuração.
O poço DNPM-163, apesar de ter sido considerado antieconômico, foi de importância fundamental para o desenvolvimento da atividade petrolífera no Estado da Bahia. A partir do resultado desse poço, houve uma grande concentração de esforços na Bacia do Recôncavo, resultando na descoberta da primeira acumulação comercial de petróleo do país, o Campo de Candeias, em 1941.
A constatação de petróleo na Bacia do Recôncavo viabilizou a exploração de outras bacias sedimentares terrestres, primeiramente pelo CNP e, posteriormente, pela PETROBRÁS. O petróleo continua sendo descoberto e explorado na plataforma continental e nos mais distantes rincões do subsolo nacional; recentemente tivemos a inauguração das instalações de escoamento de petróleo no Campo de Rio Urucu, na longínqua Bacia do Alto Amazonas.