sábado, 14 de março de 2015

A descoberta do Distrito Estanífero da Pedra Branca/GO - Brasil

A descoberta do Distrito Estanífero da Pedra Branca/GO - Brasil

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Este documento visa resgatar a história da descoberta deste distrito que já produziu centenas de milhões de dólares equivalentes em estanho. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,

A descoberta, por garimpeiros, do estanho da Serra Branca, às margens do Rio Maranhão,mudou o cenário deste metal no Centro-Oeste. Esta região foi imediatamente inundada por empresas e garimpeiros impulsionados pelo sonho da riqueza fácil... ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Após ter perdido a oportunidade de descobrir este depósito (os granitos Serra da Mesa e Serra Branca foram considerados pelo consultor como "intrusões diapíricas do embasamento" e o follow-up proposto pelos geólogos de campo não foi efetuado...) o Chefe do Distrito da Docegeo Centro-Oeste, Axel de Ferran, constitui uma equipe de exploração objetivando a descoberta de outros jazimentos no Centro-Oeste. Esta "equipe", na sua fase inicial, é constituida por mim, um geólogo júnior com pouco mais de 1 ano de experiência, um auxiliar (Wilmar Siqueira) e um bateador experiente (Nilton Botelho). ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Apesar da gritante falta de experiência da gerência de exploração, este programa acabou sendo um verdadeiro exemplo de prospecção mineral bem-sucedida. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
O fase inicial constituiu-se de foto-interpretação, feita no escritório de Goiânia, em busca de alvos potenciais. Como toda a região da Serra Branca estava coberta de pedidos busquei a descoberta de algo inédito em qualquer lugar da nossa área de atuação, o Centro-Oeste. Em duas semanas estavam delineados os primeiros alvos que situavam-se a nordeste de Cavalcante/GO. Estes alvos tinham dimensões variáveis, de poucas centenas de metros até dezenas de milhares de metros como a estrutura da Pedra Branca.
A princípio eles foram recebidos com certo ceticismo e tiveram a sua prioridade reduzida, por não estarem localizados no alinhamento tectônico da Serra Branca e por ficarem a uma enorme distância deste distrito estanífero..
Apesar destes pontos negativos Axel nos dá a luz verde e em 22 de Novembro de 1973 iniciamos os trabalhos de prospecção regional. Nesta data rumamos para a vila de Terezina onde uma pequena pensão repleta de "barbeiros" nos esperava. Graças a informações passadas por geólogos da CPRM, que atuavam na vizinha Cavalcante, pudemos evitar o contágio. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Nos primeiros dias procurei concentrar o foco nos alvos próximos do trecho Terezina-Monte Alegre, a única estrada da região. De uma forma quase subliminar a descoberta do distrito é pressentida no primeiro dia de trabalho, sábado 24 de novembro de 1973, durante a amostragem de concentrados de bateia. Para minha surpresa encontramos cassiterita na quarta amostra coletada! Quando a esmola é demais... A partir deste momento, a cada afloramento estudado, ficam evidentes as manifestações hidrotermais associadas a rochas graníticas, portadoras de concentrações anômalas de cassiterita. A área prometia e a motivação do geólogo de exploração fazia a adrenalina subir. No terceiro dia de trabalho foi descoberta a cassiterita do Morro Sucuri, pequeno stock granítico com bela estrutura circular associada. Este alvo estava localizado às margens da GO-112, por onde milhares trafegavam, e só foi "descoberto", segundo o DNPM uma década depois... ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
No Sucuri foi observado um albita-granito intrusivo, equigranular, cortado por vênulas de quartzo-pirita-fluorita. Nesta fase não foram encontradas mineralizações significativas e toda a cassiterita era submilimétrica. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Dado os resultados positivos obtidos foi priorizada a grande estrutura elíptica da Pedra Branca. Esta serra estava situada a dois dias de cavalo da GO-112, na margem esquerda do Rio Paranã. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Na terça-feira, 4 de Dezembro de 1993 o nosso pequeno grupo de exploradores, agora aumentado para 5 com a adição dos locais Simplício e seu filho Nicanor se aproxima da descoberta do maior depósito de estanho do Centro-Oeste. Durante várias horas de cavalgada, ainda distante do alvo, era observada uma estranha depressão nas cabeceiras de uma drenagem.
Esta anomalia nos atraiu como um farol. No final da tarde montamos acampamento na beira do Córrego Pedra Branca que descia desta bacia de cor anomalamente clara. A curiosidade era enorme e, enquanto Simplício e Nicanor montavam o primeiro acampamento, Nilton, Wilmar e eu fomos amostrar o Pedra Branca.
Estava descoberta uma das principais jazidas aluviais da região.
A noite demorou a passar... No dia seguinte, cedo, começamos a escalada da serra, pelo vale do Pedra Branca. A cada parada era coletada uma amostra de concentrado, que, invariavelmente, dava positiva. Os grãos de cassiterita estavam mais grosseiros indicando a proximidade da fonte.
Durante a subida confirmou-se a nossa hipótese de um corpo granítico intrusivo. O augen gnaisse do embasamento apresentava um belo contato por falha (cataclasitos) com o granito a biotita.
Este granito grosseiro a biotita, passa gradualmente para uma rocha granítica intensamente alterada, sericitizada e caulinizada, cortada por várias gerações de muscovita, clorita e biotita greisens mineralizados. Nesta área os máficos foram totalmente destruidos. A cor branca, da bacia, observada durante a chegada era devido a um colúvio de quartzo leitoso que a cobre quase que totalmente.. Estava explicada a depressão e começava a descoberta dos maiores jazimentos primários de estanho do Centro-Oeste.
Os próximos dias e semanas foram dedicados a prospecção na região. Com o tempo foi possível perceber a importância e as dimensões do distrito.
Em 24 de janeiro de 1974 chegou o PT-HEZ, helicóptero de Belém que iria agilizar e intensificar o ritmo das descobertas. O helicóptero, pilotado pelo Cmdte Sayão e transportando o geólogo Octávio Ferreira da Silva, pousou em emergência com pouco menos de 3 minutos de combustível. Na época não existiam os GPS... Como o tempo estava coberto Sayão não conseguia localizar a nossa clareira, em um vale apertado as margens do Rio Paranã. O desespero era grande e o rádio de Belém gritava fazendo a ponte.
Solicitamos, via rádio que o HEZ começasse a fechar, gradualmente um grande movimento em espiral até que pudéssemos localizá-lo de alguma forma. Com alguns peões nas árvores em menos de 15 minutos pudemos orientá-lo para cima da clareira e ele, seguramente, furou o teto e pousou.
Este foi o meu primeiro contato com o Octavio, grande amigo, que estava tão branco de susto que não foi possível perceber a sua cor original...
Somente no dia 2 de março de 1974, depois da descoberta dos principais depósitos da região (Pedra Branca, Mocambo, Sucuri, Ingazeira, Mangabeiras e Mendes) que descobrimos os greisens com até 80% de cassiterita. Neste momento concentramos os esforços na descoberta destes "buchos", verdadeiras bonanzas que foram, aos poucos, descobertos às dúzias. Eram corpos mineralizados com até 2m de espessura, extremamente ricos.
Por mais que não quiséssemos as notícias espalharam-se com incrível velocidade. Afinal um pequeno bloco deste minério com 1 m3 de volume valia mais de US$30.000,00 no mercado.
Nesta época foi rasgada a primeiras estrada e construida as pontes, que mais tarde, ironicamente iriam facilitar a vida de milhares de invasores. Enquanto isso a nossa equipe se multiplicava com a chegada de Carlos "Carlão" Alberto B. Cunha, Roberto Gomes, Pedro "Caruá" Clementino, Anchieta e Orlando Placha.
A partir deste momento o trabalho entra em fase de avaliação preliminar de reservas e mapeamento de detalhe.
A descoberta me alavancou para a chefia do projeto Rio Grande do Sul e deixei a Serra.
Mas a história continua e a situação rósea, torna-se dramática e difícil.
O inevitável ocorreu. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Hordas de garimpeiros atraidos pelo vazamento de informações acamparam no flanco Sul da Serra. As noites se iluminavam com as verdadeiras "romarias" de garimpeiros com suas lanternas e candieiros a procura dos riquíssimos blocos de cassiterita quase pura. Aos poucos, pela falta de ação da Docegeo, presa em emaranhados político-legais, os garimpeiros perderam o medo e invadiram definitivamente a Serra, forçando os poucos geólogos a se retirarem. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Um triste fim para um trabalho que começou tão bem. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Em poucos meses mais de 5.000 homens povoaram o sertão da Pedra Branca extraindo milhares de toneladas de estanho. Este minério era imediatamente comprado por representantes de "sérias" empresas de mineração, que ao fazer este ato nitidamente ilegal, incentivavam a invasão e o roubo descarado do minério. O garimpo progrediu até 1976, quando mais de 15.000 pessoas trabalhavam os depósitos primários e aluviais. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
A Docegeo nunca recuperou a enorme perda, mesmo com uma reserva remanescente de mais de 15.000t de estanho ( Padilha em 1981). ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Aqui fica o meu reconhecimento aos amigos de uma equipe vencedora cujo trabalho, bem ou mal, alimentou e empregou dezenas de milhares de pessoas por quase uma década. Fica também o meu respeito àqueles empregados que optaram pela pobreza não usufruindo dos seus conhecimentos para benefício próprio.

Como se encontra petróleo?

Como se encontra petróleo?

Ele só pode ser achado nas chamadas bacias sedimentares, terrenos formados por camadas de minério e material orgânico acumulado ao longo de milênios. (Esse material orgânico, feito dos restos mortais de milhões de microorganismos, é que constitui o petróleo.) Existem três métodos diferentes utilizados para encontrar as tais bacias. O primeiro é examinar fotos tiradas por satélites, que mostram as configurações gerais do terreno e os limites de uma bacia. O segundo é a chamada gravimetria. Como as rochas sedimentares têm menos densidade que as maciças, nas áreas com grandes concentrações de sedimentos a força de gravidade da Terra é ligeiramente menor. A diferença pode ser detectada até de um avião, por meio de molas e pesos extremamente sensíveis. Mas há um detalhe fundamental: a presença de uma bacia sedimentar por si só não basta. Para que o petróleo se acumule é preciso haver rochas porosas capazes de absorvê-lo - e essas, por sua vez, devem estar cercadas de rochas impermeáveis para que ele não escape.
Por isso, o método de investigação mais importante é o sísmico: os geólogos provocam pequenos terremotos e captam os ecos vindos das profundezas por meio de microfones ultra-sensíveis enterrados no solo. Como cada tipo de rocha reflete a vibração de uma maneira, os sinais podem ser analisados por computadores que produzem uma imagem da composição do subsolo a quilômetros de profundidade. Para isso, antes se empregavam explosões de dinamite. O método mais recente é usar enormes tratores que fazem vibrar o solo em uma freqüência predeterminada. Além de causar menos danos ao ambiente, esse método tem a vantagem de produzir ecos mais facilmente identificáveis pelos sensores. No mar, em vez de explosões, um navio atira bolhas de ar para o fundo, com um poderoso canhão de ar comprimido - e essas vibrações são captadas em centenas de microfones arrastados na água em cabos que chegam a ter 8 quilômetros de comprimento.
Mesmo com todos esses processos, só dá para ter certeza de que há petróleo naquele terreno depois de perfurá-lo, fazendo os chamados poços exploratórios. "Essa sondagem é caríssima, especialmente se o poço for no fundo do mar", diz o engenheiro Giuseppe Bacoccoli, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Um poço marítimo de 3 quilômetros de profundidade custa em torno de 10 milhões de dólares. E é raro acertar no primeiro disparo. "É comum ter de furar de quatro a dez poços antes de descobrir uma nova jazida, mesmo numa bacia conhecida", afirma Giuseppe.

O que é Petróleo?

O que é Petróleo?

PETRÓLEO - do latim Petra(pedra) e Oleum(óleo).
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O petróleo é uma substância oleosa, inflamável, com cheiro característico e, em geral, menos densa que a água e com cor variando entre o negro e o castanho escuro.
Embora objeto de muitas discussões no passado, hoje tem-se como certa a sua origem orgânica, sendo uma combinação de moléculas de carbono e hidrogênio.
Admite-se que esta origem esteja ligada à decomposição dos seres que compõem o plâncton - organismos em suspensão nas águas doces ou salgadas, tais como protozoários, celenterados e outros - causada pela pouca oxigenação e pela ação de bactérias.
Estes seres decompostos foram, ao longo de milhões de anos, se acumulando no fundo dos mares e dos lagos, sendo pressionados pelos movimentos da crosta terrestre e transformaram-se na substância oleosa que é o petróleo.
Ao contrário do que se pensa, o petróleo não permanece na rocha que foi gerado - a rocha matriz - mas desloca-se até encontrar um terreno apropriado para se concentrar.
Estes terrenos são denominados bacias sedimentares, formadas por camadas ou lençóis porosos de areia, arenitos ou calcários. O petróleo aloja-se ali, ocupando os poros rochosos como forma "lagos". Ele acumula-se, formando jazidas. Ali são encontrados o gás natural, na parte mais alta, e petróleo e água nas mais baixas.
PROGRAMA DESCUBRA O PETRÓLEO
1. Formação
A idade do nosso planeta, a Terra, é calculada em bilhões de anos. As jazidas de petróleo, não tão idosas, também têm idades fabulosas, que variam de um a quatrocentos milhões de anos.
Durante esse período, aconteceram grandes e inúmeros fenômenos, como erupções vulcânicas, deslocamento dos pólos, separação dos continentes, movimentação dos oceanos e ação dos rios, acomodando a crosta terrestre.
Com isso, grandes quantidades de restos vegetais e animais se depositaram no fundo dos mares e lagos, sendo soterrados pelos movimentos da crosta terrestre sob a pressão das camadas de rochas e pela ação do calor. Esses restos orgânicos foram se decompondo até se transformarem em petróleo.
2. Geologia
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Aos detritos de rochas, resultantes da erosão da crosta terrestre pela ação da natureza, dá-se o nome de sedimentos.
Por longo tempo, os sedimentos foram se acumulando em camadas, dando origem às rochas sedimentares. As diversas camadas dessas rochas formam as bacias sedimentares.
O petróleo só poderá ser encontrado em áreas onde houve acumulação de restos orgânicos e rochas sedimentares.
Todavia, depois de formado, o petróleo não se acumula na rocha em que foi gerado. Ele passa através dos poros das rochas, até encontrar uma outra rocha que o aprisione, formando a jazida.
A jazida é, então, uma rocha cujos poros são ocupados pelo petróleo. No entanto, isso não significa que toda rocha sedimentar contenha uma jazida. Sua busca é tarefa árdua, difícil e exige muita paciência.
3. Atividade
3.1. Exploração
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O ponto de partida na busca do petróleo é a Exploração, que realiza os estudos preliminares para a localização de uma jazida.
Nesta fase é necessário analisar muito bem o solo e o subsolo, mediante aplicações de conhecimentos de Geologia e de Geofísica, entre outros.
A geologia realiza estudos na superfície que permitem um exame detalhado das camadas de rochas onde possa haver acumulação de petróleo. Quando se esgotam as fontes de estudos e pesquisas de Geologia, iniciam-se, então, as explorações Geofísicas no subsolo. A Geofísica, mediante o emprego de certos princípios da física, faz uma verdadeira radiografia do subsolo.
Um dos métodos mais utilizados é o da Sísmica. Compreende verdadeiros terremotos artificiais, provocados, quase sempre, por meio de explosivos, produzindo ondas que se chocam contra a crosta terrestre e voltam à superfície, sendo captadas por instrumentos que registram determinadas informações de interesse do Geofísico.
3.2. Perfuração
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A perfuração é a segunda fase na busca do petróleo. Ela ocorre em locais previamente determinados pelas pesquisas Geológicas e Geofísicas.
Para tanto, perfura-se um poço - o Poço Pioneiro - mediante o uso de uma sonda (ou Torre de Perfuração) que é o equipamento utilizado para perfurar poços. Esse trabalho é feito através de uma Torre que sustenta a coluna de perfuração, formada por vários tubos. Na ponta do primeiro tubo encontra-se a broca, que, triturando a rocha, abre o caminho das camadas subterrâneas. Comprovada a existência de petróleo, outros poços são perfurados para se avaliar a extensão da jazida. Essa avaliação é que vai determinar se é comercialmente viável, ou não, produzir o petróleo descoberto. Caso positivo, o número de poços perfurados forma um Campo de Petróleo.
3.3. Produção
Revelando-se comercial, começa a fase da Produção naquele Campo. Nesta fase, o óleo pode vir à superfície espontaneamente, impelido pela pressão interna dos gases. Nesses casos temos os chamados Poços Surgentes.
Para controlar esse óleo usa-se, então, um conjunto de válvulas denominado Árvore de Natal.
Quando, entretanto, a pressão fica reduzida, são empregados processos mecânicos, como o Cavalo de Pau, equipamento usado para bombear o petróleo para a superfície, além de outros.
Os trabalhos em mar seguem os mesmos critérios aplicados em terra, mas utilizam equipamentos especiais de perfuração e produção: as Plataformas e os Navios-Sonda.
Junto à descoberta do petróleo pode ocorrer, também, a do Gás Natural. Isso acontece, principalmente, nas bacias sedimentares brasileiras, onde o gás natural, muitas vezes, encontra-se dissolvido no petróleo, sendo separado durante as operações de produção. Tecnicamente chama-se a isto de Gás Associado ao Petróleo.
O petróleo e o gás descobertos não são totalmente produzidos. Boa parte deles fica em disponibilidade para futuras produções, em determinado momento. São chamadas Reservas de Petróleo e de Gás.
Dos campos de produção, seja em terra ou mar, o petróleo e o gás seguem para o parque de armazenamento, onde ficam estocados. Este parque é uma grande área na qual se encontram instalados diversos tanques que se interligam por meio de tubulações.
3.4. Refino
Uma Refinaria é como uma grande fábrica, cheia de equipamentos complexos e diversificados, pelos quais o petróleo vai sendo submetido a diversos processos para a obtenção de muitos derivados. Refinar petróleo é, portanto, separar suas frações, processá-lo, transformando-o em produtos de grande utilidade: os derivados de petróleo.
A instalação de uma Refinaria obedece a diversos fatores técnicos, dos quais destacam-se a sua localização nas proximidades de uma região onde haja grande consumo de derivados e/ou nas proximidades das áreas produtoras de petróleo.
A Petrobrás possui 11 refinarias, estrategicamente localizadas do norte ao sul do País. Responsáveis pelo processamento de milhões de barris diários de petróleo, essas refinarias suprem nosso mercado com todos os derivados que podem ser obtidos a partir do petróleo nacional ou importado: gasolina, óleos combustíveis, além de outros.
3.5. Transporte
O transporte na indústria petrolífera se realiza por Oleodutos, Gasodutos, Navios Petroleiros e Terminais Marítimos.
Oleodutos e Gasodutos são sistemas que transportam, respectivamente, o óleo e o gás, por meio de dutos (tubos) subterrâneos. Navios Petroleiros transportam gases, petróleo e seus derivados e produtos químicos.
Terminais Marítimos são instalações portuárias para a transferência da carga dos navios para a terra e vice-versa.
Instalados estrategicamente em diversos pontos do País, a Petrobrás dispõe de 8 Terminais, uma rede de dutos e uma ampla frota de Navios Petroleiros.
PETRÓLEO NO MUNDO
Não se sabe quando despertaram a atenção do homem, mas o fato é que o petróleo, assim como o asfalto e o betume, eram conhecidos desde os primórdios da civilização.
Nabucodonosor usou o betume como material de liga nas construções dos célebres Jardins Suspensos da Babilônia. Foi também utilizado para impermeabilizar a Arca de Noé. Os egípcios o usaram para embalsamar os mortos e na construção de pirâmides, enquanto gregos e romanos dele lançaram mão para fins bélicos.
Só no século 18, porém, é que o petróleo começou a ser usado comercialmente, na indústria farmacêutica e na iluminação. Como medicamento, serviu de tônico cardíaco e remédio para cálculos renais, enquanto seu uso externo combatia dores, cãimbra e outras moléstias.
Até a metade do século passado, não havia ainda a idéia, ousada para a época, da perfuração de poços petrolíferos. As primeiras tentativas aconteceram nos Estados Unidos, com Edwin L. Drake. Lutou com diversas dificuldades técnicas, chegando mesmo a ser cognominado de "Drake, o louco". Após meses de perfuração, Drake encontra o petróleo, a 27 de agosto de 1859.
Passados cinco anos, achavam-se constituídas, nos Estados Unidos, nada menos que 543 companhias entregues ao novo e rendoso ramo de atividades. Na Europa floresceu, em paralelo á fase de Drake, uma reduzida indústria de petróleo, que sofreu a dura competição do carvão, linhita, turfa e alcatrão - matérias-primas então entendidas como nobre.
Naquela época, as zonas urbanas usavam velas de cera, lâmpadas de óleo de baleia e iluminação por gás e carvão. Enquanto isso, no campo, o povo despertava com o sol e dormia ao escurecer por falta de iluminação noturna.
Assim, as lâmpadas de querosene, por seu baixo preço, abriram novas perspectivas ao homem do campo, principalmente, permitindo que pudesse ler e escrever á noite.
A invenção dos motores á gasolina e a diesel, no século passado, fez com que outros derivados, até então desprezados, passassem a ter novas aplicações.
Assim, ao longo do tempo, o petróleo foi se impondo como fonte de energia eficaz. Hoje, além de grande utilização dos seus derivados, com o advento da petroquímica, centenas de novos produtos foram surgindo, muitos deles diariamente utilizados, como os plásticos, borrachas sintéticas, tintas, corantes, adesivos, solventes, detergentes, explosivos, produtos farmacêuticos, cosméticos, etc. Com isso, o petróleo além de produzir combustível e energia, passou a ser imprescindível a utilidade e comodidades da vida de hoje.
PETRÓLEO NO BRASIL
A história do petróleo no Brasil pode ser dividida em três fases distintas:
1º Até 1938, com as explorações sob o regime da livre iniciativa. Neste período, a primeira sondagem profunda foi realizada entre 1892 e 1896, no Município de Bofete, Estado de São Paulo, por Eugênio Ferreira Camargo.
2º Nacionalização das riquezas do nosso subsolo, pelo Governo e a criação do Conselho Nacional do Petróleo, em 1938.
3º Estabelecimento do monopólio estatal, durante o Governo do Presidente Getúlio Vargas que, a 3 de outubro de 1953, promulgou a Lei 2004, criando a Petrobrás. Foi uma fase marcante na história do nosso petróleo, pelo fato da Petrobrás ter nascido do debate democrático, atendendo aos anseios do povo brasileiro e defendida por diversos partidos políticos.
Hoje, aos 35 anos de existência, e sempre voltada para os interesses do País, a Petrobrás implantou uma grande indústria petrolífera, reconhecida e respeitada em todo o mundo.
FONTES ALTERNATIVAS DE ENERGIA
Com a crise do petróleo, em 1973, vários foram os problemas surgidos para os países consumidores, entre eles o racionamento de combustíveis e o desemprego. Com isso, foram intensificados os trabalhos de exploração de novos campos petrolíferos e, também, o desenvolvimento de programas alternativos para a geração de energia.
São as fontes alternativas de energia, ou seja, a utilização de outras matérias-primas, produtoras de energia, que não o petróleo. No Brasil, vários programas nesse sentido foram desenvolvidos de modo a se reduzir a dependência externa para o abastecimento de energia.
Hoje, o País conta, além da expansão da energia elétrica, com a exploração e produção do xisto (rocha da qual se produz óleo e gás), o aproveitamento de vegetais (dos quais a cana-de-açúcar, que produz álcool é a mais importante), a energia solar, nuclear e dos ventos.
BREVE RELATO SOBRE A DESCOBERTA DO PETRÓLEO NO BRASIL
(fonte: apostilas da Petrobras)
A história do petróleo no Brasil começou na Bahia, onde, no ano de 1858, o decreto n.º 2266 assinado pelo Marquês de Olinda, concedeu a José Barros Pimentel o direito de extrair mineral betuminoso para fabricação de querosene de iluminação, em terrenos situados nas margens do Rio Marau, na Província da Bahia. No ano seguinte, em 1859, o inglês Samuel Allport, durante a construção da Estrada de Ferro Leste Brasileiro, observou o gotejamento de óleo em Lobato, no subúrbio de Salvador.
Em 1930, setenta anos depois e após vários poços perfurados sem sucesso em alguns estados brasileiros, o Engenheiro Agrônomo Manoel Inácio Bastos, realizando uma caçada nos arredores de Lobato, tomou conhecimento que os moradores usavam uma lama preta, oleosa para iluminar suas residências. A partir de então retornou ao local várias vezes para pesquisas e coletas de amostras, com as quais procurou interessar pessoas influentes, porém sem sucesso, sendo considerado como "maníaco". Em 1932 foi até o Rio de Janeiro, onde foi recebido pelo Presidente Getúlio Vargas, a quem entregou o relatório sobre a ocorrência de Lobato. Finalmente, em 1933 o Engenheiro Bastos conseguiu empolgar o Presidente da Bolsa de Mercadorias da Bahia, Sr. Oscar Cordeiro, o qual passou a empreender campanhas visando a definição da existência de petróleo em bases comerciais na área. Diante da polêmica formada, com apaixonantes debates nos meios de comunicação, o Diretor-Geral do Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM, Avelino Inácio de Oliveira, resolveu em 1937 pela perfuração de poços na área de Lobato, sendo que os dois primeiros não obtiveram êxito.
Em 29 de julho de 1938, já sob a jurisdição do recém-criado Conselho Nacional de Petróleo - CNP, foi iniciada a perfuração do poço DNPM-163, em Lobato, que viria a ser o descobridor de petróleo no Brasil, quando no dia 21 de janeiro de 1939, o petróleo apresentou-se ocupando parte da coluna de perfuração.
O poço DNPM-163, apesar de ter sido considerado antieconômico, foi de importância fundamental para o desenvolvimento da atividade petrolífera no Estado da Bahia. A partir do resultado desse poço, houve uma grande concentração de esforços na Bacia do Recôncavo, resultando na descoberta da primeira acumulação comercial de petróleo do país, o Campo de Candeias, em 1941.
A constatação de petróleo na Bacia do Recôncavo viabilizou a exploração de outras bacias sedimentares terrestres, primeiramente pelo CNP e, posteriormente, pela PETROBRÁS. O petróleo continua sendo descoberto e explorado na plataforma continental e nos mais distantes rincões do subsolo nacional; recentemente tivemos a inauguração das instalações de escoamento de petróleo no Campo de Rio Urucu, na longínqua Bacia do Alto Amazonas.

Fatos incríveis sobre as pérolas

Fatos incríveis sobre as pérolas

Então aqui estou eu novamente em busca de algum assunto curioso o suficiente para trazer um pouco de bizarrice para o seu dia. Eu pensei em escrever sobre inúmeras coisas, mas enquanto pensava acabei olhando para uma imagem da Lisa Simpson aqui no meu Hd e notei o seu indefectível colazinho de pérolas.
Pérolas. Tá aí um assunto deveras interessante. Você sabia que uma pérola é na verdade um tipo de corpo estranho que invade uma ostra e que é recoberto com uma camada de carbonato de cálcio pelo molusco  para tentar isolar o “invasor”?

Pois é. A ostra recobre a pedra ou grão de areia com esta camada que dá o aspecto brilhante ao material. Assim, ele passa a ter valor de uma gema e é altamente apreciado como uma jóia.
Nem todas as ostras podem criar pérolas. As ostras perlíferas vêm de uma família diferente, as Pteriidae. As pérolas cultivadas e pérolas naturais são obtidas dessas ostras, apesar de alguns outros moluscos, por exemplo mexilhão, também produzirem pérolas de valor comercial.
Segundo a Wikipedia, as pérolas de melhor qualidade no mundo encontram-se no Golfo Pérsico (pérola do oriente). Existe também extração na Índia e Sri Lanka, na Austrália e na América Central. As pérolas cultivadas são produzidas em larga escala no Japão.
O aspecto interessante da pérola é que ela não requer lapidação nem polimento. Em 3500 anos antes de Cristo, no Oriente Médio, a pérola já era valorizada como um elemento e símbolo da pureza e charme feminino.  A pérola está presente também na tradição Japonesa, onde eram usadas para confortar o coração e acreditava-se que a pérola tinha poderes sobrenaturais e medicinais, como ser capaz de interromper os efeitos de um envenenamento.   Mas muito antes disso, ela já era amplamente utilizada no sul da Índia, porque as tribos antigas que viviam da pesca  utilizam as pérolas e se alimentavam das ostras.

Talvez por isso as pérolas apareçam no livro sagrado da Índia, que faz referência a elas em lendas como a do deus hindu Krishna, que teria sido o primeiro a descobrir as pérolas, que usou para presentear sua filha Pandaia no dia do seu casamento. Talvez nenhum povo tenha valorizado mais as pérolas do que os Egípcios e os romanos, que valorizavam pérolas mais que quaisquer outras gemas. Exemplo disso é que quando Cleópatra precisou convencer Roma de que o Egito era próspero acima de qualquer outra nação do período, Cleópatra apostou com Marco Antônio que poderia dar o jantar mais caro da história.
Quando chegou o momento do jantar, apareceu apenas um prato, vazio. Na mesa estava um jarro de vinho. Cleópatra pegou uma enorme pérola, esmagou-a e dissolveu no líquido. Finalmente, tomou a bebida.
Marco Antônio admitiu na mesma hora que Cleópatra havia ganho.
Tamanha era a cobiça pelas pérolas que os registros históricos mostram que no apogeu do império Romano, o general Vitellius financiou UM EXÉRCITO INTEIRO vendendo apenas UM dos brincos de pérola de sua mãe.
Nada mal para uma coisinha que começa com um minúsculo grão de areia. Como eu disse acima, o grão de areia vai parar -seja por vias naturais ou artificiais – dentro da ostra e isso começa a irritá-la. A ostra usa como defesa recobrir o grão de areia com uma substância chamada nácar que se deposita ao redor do grão. As camadas de nácar vão sendo depositadas sobre o grão, deixando-o liso e compacto. Após anos e anos deste processo, já não há mais uma pedra dentro da concha, e sim uma pérola.
A maior pérola do mundo não é nada bonita. Mas é inegável que uma pérola com um tamanho tão grande venha a valer muito. É por isso que esta pérola, chamada Pérola de Allah foi comprada pela quantia de 60 milhões de dólares para ser presenteada a ninguém menos que Saddam Hissein como uma demonstração de simpatia da Al-Quaeda e o governo do Iraque. Olha o tamanho do bagulho:
Esta pérola detém o recorde de maior gema natural do mundo e foi encontrada no interior de uma ostra gigante na costa de Palawan nas Filipinas em 7 de maio de 1934. De acordo com o Guiness que a registra como a maior gema natural do planeta, tendo o Instituto de gemas de São Francisco avaliado esta pérola em 40 milhões de dólares.
Ela pesa 6,4kg e mede 23,8cm
A pérola foi usada como garantia numa negociação milionária com um banco árabe e desde então ficou em posse do banco. Quando o banco abriu um seleto canal de comunicações com eventuais interessados em adquirir a gema, ninguém menos que Osama Bin Laden deu um lance por ela! A oferta foi feita em 1999 através do representante iraniano Latif Faed, que disse ter conexões diretas com Bin Laden que se dispunham a pagar 12 milhões de dolares como adiantamento dos 60 milhões pela posse da pérola.
Peguntado sobre o presente de Osama Bion Laden, Saddam Hussein se disse aberto a receber o presente em prol da união das culturas árabes.
fonte
As pérolas nem sempre são brancas. Existem pérolas coloridas, sendo que as mais famosas são as chamadas pérolas negras do Taiti.
Essas pérolas tem um tom cinza que varia do claro ao quase preto. A água morna e o tamanho grande da ostra do Taiti produzem perolas muito bonitas e com bastante nácar, gerando obras primas da natureza que valem muito dinheiro.
Embora pérolas naturais formadas ao acaso ainda sejam comuns, o mercado de jóias se modernizou e profissionalizou a tal ponto que mais de 90% das pérolas encontradas no mercado hoje são cultivadas artificialmente.

O inventor da técnica foi Kokichi Mikimoto, no início do século XX. Muitas pessoas tem a idéia errônea de que pérolas cultivadas são falsas. Na verdade as pérolas cultivadas são pérolas normais que recebem a ajuda do homem para se formar. Neste processo, um grão de areia é introduzido manualmente na ostra e fica lá por alguns anos até que a ostra seja aberta para retirar a pérola.
Além disso, existem dois tipos distintos de pérolas. As pérolas de água salgada e as pérolas de água doce.
As pérolas de água salgada são produzidas pelo molusco japonês Akoya e podem medir de 2mm a 10mm de tamanho. Elas são encontradas numa enorme variedade de formas e cores, sendo as mais comuns o branco, o rosado, o dourado e o cinza-azulado.
Já as pérolas de água doce são achadas em moluscos lacustres com tecido de manto suave, o que explica suas formas irregulares. As pérolas mabé  são essencialmente pérolas “bolhas” que crescem agarradas ao interior das conchas dos moluscos. Elas são produzidas no Japão, China e Estados Unidos. Entre esses tipos de pérolas, as de cores brancas são as mais comuns, seguidas de rosas, azuladas, salmão e até esverdeadas.
Embora ostras grandes produzam pérolas maiores e com grande valor, as micro pérolas também são altamente empregadas na joalheria e em coleções.
As menores pérolas do mundo são produzidas pelas Pinctada fucata martensi, também chamadas Akoya. Moluscos naturais das costas do Japão e da China, as ostras akoya são conhecidas por gerarem ostras entre 2 e 8 milímetros. Mais ou menos isso aqui:
(em tamanho natural dependendo da sua resolução)
As pérolas akoya tendem a ter mais brilho e consistência que as ostras normais. Além disso, elas costumam ser perfeitamente esféricas. Ocorre que a esfericidade e simetria é um dos fatores mais importantes para a determinação de valor de uma pérola.
Um tipo de pérola incomum e bastante cara é a pérola Abalone. Elas são consideradas por especialistas como as mais bonitas do mundo e também as mais raras. As pérolas Abalone provém de um molusco gastrópode chamado Haliotis.
Essas pérolas resultam em mix de cores oscilando entre o verde, o azul, o rosa, laranja e prata.  As pérolas abalone são raras mas eventualmente simétricas. Sua forma mais comum é a de um chifre.Isso acontece devido a anatomia do molusco. Pra se ter idéia da raridade deste treco, uma pérola abalone simétrica é 1 em  cada 100.000 ocorrências.
Essas pérolas valem tanto pelo simples motivo de que são dificílimas de produzir artificialmente. O molusco que produz a pérola é hemofílico. Isso significa que praticamente toda tentativa de fazer uma pérola abalone artificial resulta num molusco que vai sangrar até a morte. Este fator produziu um processo de cultivo de perolas bem mais cauteloso e metódico. Qualquer erro mata o animal.  Isso se reflete no alto valor das gemas.
Outra pérola que tem uma aparência bastante distinta é a pérola de Cortez. Elas são oriundas do Golfo da Califórnia e seu nome deriva do explorador de 1533 Hernán Cortez, que foi o primeiro a explorar a área em busca do “mar de pérolas”.
As pérolas de Cortez se originam de dois moluscos da costa do Pacífico:  “Panamic Black-Lipped Oyster ” ou “Madreperla”, (Pinctada mazatlanica) e o “Rainbow-Lipped Oyster ” ou “Concha Nácar”, (Pteria sterna) ambos são capazes de produzir perolas de rara beleza. Veja os dois tipos de pérolas de Cortez:
Como se avalia uma pérola?
As pérolas são selecionadas seguindo uma classificação oficial aplicada em todo o mundo, que leva em consideração sua forma, seu tamanho e também o número e a disposição das imperfeições de superfície. Aplicam-se igualmente critérios mais sutis como o brilho e a luminosidade.
As pérolas são compostas de nácar, que por sua vez contém principalmente carbonato de cálcio (na forma de aragonita) e uma substância orgânica córnea (a conchiolina), que atua como cimentadora dos microcristais que se depositam concentricamente. A conchiolina é uma substância orgânica, estando sujeita a modificações, sobretudo no caso de dissecação. Isto pode conduzir a um “envelhecimento” e limitar assim sua vida, vão se tornando opacas, aparecem rachaduras e vão perdendo a casca. Não é possível garantir a vida de uma pérola por um tempo determinado, mas especialistas estimam que uma pérola dura em média de 100 a 150 anos. Ela leva de 8 a 12 anos dentro da concha até estar completa. Algumas pérolas levam até 20 anos para se formar numa ostra.  Graças a investimentos em tecnologia, a produção em cativeiro de certas espécies produzem pérolas em menos tempo, cerca de 5 anos.
Como conservar e cuidar das pérolas e jóias de pérolas?
  • Trate suas pérolas com cuidado pois são muito sensíveis, possuindo dureza de apenas 2,66 na escala Mohs, portanto, arranham-se muito facilmente.
  • Procure analisar sua transpiração, pois se contiver um teor ácido superior ao normal, isto poderá acentuar o desgaste provocando uma redução do tamanho de suas pérolas em até 50% dentro de um período de menos de 2 anos de uso.
  • Qualquer produto químico (álcool, detergente, cloro, amoníaco, etc.) ou cosméticos (perfumes, cremes, batons, sprays, etc.) podem ser fatais às pérolas.
  • Não exponha ao calor excessivo, as pérolas são calcárias e o calor pode destruí-las.
  • Nunca guarde suas pérolas descuidadamente dentro de um estojo em que estejam outras peças de joalheria. A pérola merece um cuidado maior e cada peça de joalheria merece ser guardada em caixas individuais quando não estejam em uso.
  • Não utiliza escovas nem polímeros de polimento nas pérolas
  • Pérolas são extremnamente sensíveis a produtos com base em amônia.

Como Comprar Pérolas

Quando você for comprar pérolas, vai encontrar diferentes tamanhos, qualidades e cores. Existem vários fatores a serem considerados além do preço, então não tenha pressa para concluir a compra. Você pode comparar pérolas pelo tamanho, cor, qualidade da superfície e tipo.

Passos

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    Tamanho: isso depende do quão grande foi o implante usado no processo de cultivo, quanto tempo a pérola ficou dentro da ostra ou o por qual tipo de ostra ela foi produzida. As pérolas são medidas em milímetros através de um furo perpendicular. Pérolas grandes, geralmente, são mais caras. O tamanho clássico é de 7 milímetros.
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    Cor: o clássico branco-creme-rosado acentua os tons de pele mais claros. As pérolas negras e cinzas ficam incríveis em qualquer tom de pele e as prateadas valorizam tons de pele mais escuros.
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    Qualidade da superfície: certifique-se de que não tenha riscos, calombos ou variações de cor.
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    Tipo: os tipos principais de pérola são: akoya (cultivada no Japão, Vietnã, Coréia, Austrália e China), de água doce (cultivadas na China), Tahitianas ou Negras (cultivadas na Polinésia Francesa, nas Ilhas Cook e nas Ilhas Fiji) e dos Mares do Sul (cultivadas na Austrália, Indonésia, Filipinas e Malásia).
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    Akoya são as pérolas clássicas, com formato redondo e tons predominantemente brancos, rosa, prata e marfim. As pérolas Akoya também são produzidas nas cores azul e amarelo, podendo ser tingidas de preto. Elas variam em um tamanho de 2mm a 10mm.
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    As pérolas de água-doce são conhecidas pelo seu formato irregular, com exceção das pérolas de altíssima qualidade. Essas são as mais comuns do mundo, sendo encontradas em todas as cores pastel, mas principalmente branco, pêssego e lilás. As pérolas de água-doce são encontradas em tamanhos entre 2mm a 20mm.
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    As pérolas taitianas são grandes e geralmente escuras, variando do verde ao preto, e do cereja ao dourado. Elas crescem entre 7mm a 18mm.
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    As pérolas dos mares do sul são produzidas pelo maior molusco produtos de pérolas, a Pinctadas maxima. A cor das pérolas varia do branco ao prata e rosa, até o champanhe e dourado.
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Dicas

  • Para um olhar destreinado, as pérolas de água-doce são muito parecidas com as clássicas pérolas de akoya.
  • Para um visual artístico, use pérolas barrocas, que são encontradas em diversos formatos.
  • Pérolas de água-doce com um formato redondo perfeito são muito difíceis de se cultivar e constituem menos de 1% da produção.
  • As pérolas de água-doce são cultivadas dentro dos moluscos Hyriopsis cummingi por 2 a 4 anos.
  • Enquanto as pérolas de água-doce podem ser mais duráveis que as akoya, e não tão brilhosas quando postas lado a lado, a diferença de preço entre as duas é de um zero; por exemplo: akoya = $500, água-doce = $50.
  • Até pouco tempo atrás, pérolas de água-doce pareciam com um arroz deformado e eram muito baratas. Hoje em dia, pérolas de água-doce de boa qualidade tem um formato redondo perfeito.
  • As pérolas Akoya são cultivadas dentro do molusco Pinctada fucata por 9 meses a 2 anos.