domingo, 1 de outubro de 2017

Corindon no Brasil

Corindon no Brasil

 
safiras, algumas com coloração azul intensa
rio Coxim, Mato Grosso do Sul
 
grãos arredondados com faces cristalinas residuais, zonamento de cor e de inclusões
rio Coxim, Mato Grosso do Sul
     
 
grãos euédricos com zonamento de inclusões
terraço aluvionar, Malacacheta, Minas Gerais
 
grãos de diversas cores
sem procedência, Mato Grosso do Sul
     
 
grãos desgastados, alguns condicionados pelas maclas
rio Paraguassú, Bahia
 
detalhe da superfície dos grãos
rio Paraguassú, Bahia
     
     
 
grãos proximais irregulares
paleoaluvião, Itapocú. Santa Catarina
 
grãos proximais irregulares com intensidades variáveis de cor
paleoaluvião, Itapocú. Santa Catarina
     
     
 
grãos proximais
colúvio, Vermelho Novo, Minas Gerais
 
grãos euédricos desgastados
sem procedência, Bahia
     
     
 
marcas das maclas
paleoaluvião, Itapocú. Santa Catarina
 
marcas das maclas, luz transmitida
paleoaluvião, Itapocú. Santa Catarina
     
     
 
marcas das maclas
paleoaluvião, Itapocú. Santa Catarina
 
marcas das maclas, luz transmitida
paleoaluvião, Itapocú. Santa Catarina
     
     
 
detalhe da superfície dos grãos
rio Coxim, Mato Grosso do Sul
 
detalhe da superfície dos grãos, luz transmitida
rio Coxim, Mato Grosso do Sul
     
     
 
grão zonado
rio Coxim, Mato Grosso do Sul
 
grão zonado, luz transmitida
rio Coxim, Mato Grosso do Sul
     
     
 
grão zonado
rio Coxim, Mato Grosso do Sul
 
grão zonado
rio Coxim, Mato Grosso do Sul
      Fonte: Geologo.com

HISTÓRICO DA PRODUÇÃO E EXPLORAÇÃO DE OURO NO BRASIL

HISTÓRICO DA PRODUÇÃO E EXPLORAÇÃO DE OURO NO BRASIL
O Brasil tem tradicionalmente ocupado uma posição de destaque na produção mundial de ouro. Durante o ciclo do ouro, entre 1700 e 1850, o Brasil foi o maior produtor mundial chegando a produzir 16 toneladas anuais provenientes principalmente de aluviões e outros depósitos superficiais explorados pelos bandeirantes na região do Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais. Foi também nesta região que se instalou a primeira mina subterrânea do Brasil – Mina do Morro Velho – operada pela St John Del Rey Mining Co. Desde o inicio de sua operação em 1834, até hoje produziu 470 ton de ouro representando aproximadamente 25% da produção brasileira acumulada no mesmo período.

Fonte: DNPM

Foi somente a partir dos anos 1980, com a descoberta da jazida de Serra Pelada, que a produção brasileira saltou de cerca de 20 ton para mais de 100 ton anuais no final da década de 1980 (ver gráfico acima sobre o histórico de produção de ouro no Brasil desde 1700). Este crescimento foi fomentado pela forte tendência de aumento do preço do ouro no mundo que chegou a atingir mais de US$1000,00 a onça troy em 1980 (1 onça troy = 31,10 gramas).

Estima-se que a produção do ouro acumulada a partir de 1980, proveniente de garimpos e minas tenha atingido mais de 1.250 toneladas, o que representa mais da metade da produção histórica do país estimada em aproximadamente 2.000 ton. Nesse período o Brasil experimentou a maior taxa de crescimento (12%) na produção de ouro no mundo.

Este crescimento, no entanto, é atribuído exclusivamente ao aumento da produção garimpeira, principalmente na região amazônica, ao final da década de 1980 a produção oficial dos garimpos chegou a quase 90% da produção total (ver gráfico sobre Produção garimpo x empresas) a partir de 1988 esta produção começa a decair em decorrência da diminuição do preço do ouro , que passou a beirar U$300,00 a onça troy, e da exaustão das reservas superficiais onde o ouro encontra-se geralmente enriquecido e com granulação grosseira permitindo sua extração por métodos rudimentares.

Fonte: DNPM

Paralelamente, a partir do final da década de 1970, os investimentos em exploração do ouro por parte das empresas propiciaram um aumento progressivo na produção das minas que atualmente representam mais de 80% da produção brasileira a qual, nos últimos anos, tem variado em torno de 50 toneladas anuais. Esta produção de ouro representa cerca de 5% do Produto Mineral Bruto brasileiro colocando-o como o quinto que mais contribuiu atrás do Petróleo, Ferro, Gás e Brita. Apesar da posição privilegiada do ouro no cenário nacional, a posição do Brasil como produtor mundial tem declinado passando de 5° lugar em 1985 para 10° em 1997, e chegando a 13º em 2016.
Fonte: CPRM

GARIMPAGEM DO OURO

MINERAÇÃO ARTESANAL DO OURO
GARIMPAGEM DO OURO

Em 1993, estimou-se que cerca de 6 milhões dos milhões de trabalhadores na mineração mundial estavam engajados no que se chama mineração artesanal ou garimpagem como é definido no Brasil. Esses mineiros espalhados em 40 paises extraiam mais de trinta diferentes tipos de minerais. Em 2000, a Organização Internacional do Trabalho, estimou que o número de mineiros artesanais cresceu, totalizando cerca de 13 milhões em 55 países o que leva a crer que de 80 a 100 milhões de pessoas dependem desta atividade para sobreviver. O ouro por sua característica de fácil venda e alto valor tem sido o bem mineral mais extraído pelos mineiros artesanais em todo o mundo. Em 1995, estimou-se que mais de um milhão de mineiros atuavam na América Latina com uma produção de 115 a 190 toneladas de ouro com o maior contingente no Brasil (200.000 a 400.000) produzindo de 30 a 50 toneladas.

Em muitos paises, as leis relativas às atividades de mineração artesanal não se baseam nas características do tipo de tecnologia utilizada, mas na escala de produção ou no tipo de minério extraído (ex: aluvião). No Brasil a lei n° 7.805 de 20-07-89 estabelece que os minérios aluvionares, coluvionares e eluvionares estariam à disposição de serem minerados por atividade garimpeira organizada, isto é, associações ou cooperativas de garimpeiros. A legislação brasileira exclui os garimpeiros da extração de ouro de depósitos primários, que na realidade foram em grande maioria descobertos pelos próprios garimpeiros. A história tem mostrado que sem suporte técnico e investimento, os depósitos primários, normalmente ricos em sulfetos, são pesadelos para os mineiros artesanais. Assim não parece ter sentido regulamentar a atividade garimpeira pelo tipo de depósito geológico a ser trabalhado, uma vez que existe um controle natural da atividade artesanal.

Infelizmente, a maioria dos governos de paises em desenvolvimento não provêm uma assistência de qualquer tipo aos mineiros artesanais. Esta seria uma forma pela qual os mineiros poderiam ter acesso à tecnologia e garantias legais das jazidas que descobriram. Os governos têm um papel fundamental em estabelecer o arcabouço legal que seja visivelmente vantajoso ao mineiro artesanal de outra forma ele irá (e tem sido), inevitavelmente, trabalhar na ilegalidade.

A mineração artesanal representa uma situação embaraçosa para as elites dos países em desenvolvimento, que procuram mostrar ao mundo seus avanços tecnológicos e a evolução de seus conceitos de modernidade. Contudo, a garimpagem representa uma atividade absolutamente coerente com a falta de planejamento de desenvolvimento rural da maioria dos paises ricos. Um grupo de estudiosos reunidos pela Organização das Nações Unidas para desenvolvimento industrial em Viena, em 1997, conclui que em todo o mundo a mineração artesanal é uma atividade importante como fonte de emprego que contribui para o alivio da pobreza, e se bem organizada e assistida, pode vir a contribuir para o desenvolvimento sustentável das comunidades rurais.


1. HISTÓRICO DA GARIMPAGEM DE OURO NA AMAZÔNIA

É reconhecido que a moderna corrida ao ouro na Amazônia foi intensificada pela descoberta de Serra Pelada, em janeiro de 1980. O mérito dessa descoberta é atribuído ao peão de nome Aristeu, a serviço do senhor Genésio Ferreira da Silva, proprietário da fazenda Três Barras. Constatada a abundância de ouro, houve uma grande corrida de pessoas para esse local de modo que em março de 1980, já existiam cerca de cinco mil pessoas garimpando na 'Grota Rica'. Em abriu de 1980 ocorreu o início da garimpagem no 'Morro da Babilônia'.
A partir de 20 de maio de 1980, já com a presença do DNPM (Departamento Nacional da Produção Mineral), e da DOCEGEO (empresa de pesquisa da antiga CVRD, hoje VALE), foi montado um esquema governamental para controlar e orientar as diferentes atividades que ali se desenvolviam, e para tal se fizeram presentes diversos órgãos do governo federal e estadual. Em outubro de 1980, houve necessidade de paralisia dos trabalhos de desmonte manual para serem executados os serviços de terraplenagem. O aprofundamento das catas de Serra Pelada fez com que se surgissem problemas de desmoronamento, visto que os garimpeiros acostumados a trabalhar com o ouro secundário, não davam a devida atenção para a segurança de trabalho. Em julho de 1983 um acidente vitimou 19 garimpeiros. Ao final de 1983 existiam, 3.973 catas de mineração distribuídas em uma cava de forma elipsoidal com 30.000 m² de área e profundidade de cerca de 60 m. Os direitos minerários do depósito pertenciam a CVRD, que havia feito seu requerimento de pesquisa para manganês e ferro e não havia reconhecido a presença de ouro na área.

Atualmente a cava da Serra Pelada está inundada (pelo lençol freático) e menos de 800 garimpeiros tentam sobreviver re-processando rejeitos ou dragando material do fundo da cava. A VALE (CVRD) anunciou em 1997 ter encontrado através de sondagens cerca de 150 toneladas de ouro na área de Serra Pelada. E esse anúncio atraiu novamente garimpeiros e especulou-se o retorno de milhares de pessoas ao garimpo. Todavia problemas geológicos e estruturais não ratificaram a previsão e com isso o garimpo continuou latente, sem maiores fluxos de trabalhadores para a região.

Nas décadas de 70 e 80 muitas das áreas descobertas por garimpeiros foram requeridas por empresas de mineração. Muitas delas alegaram depois de terem suas concessões invadidas por garimpeiros. Outras, realmente foram vítimas de invasões irresponsáveis. Empresários da mineração passam a conviver não só com o risco, mas, também, com a insegurança, ao verem seus investimentos sucumbidos e os depósitos minerais dilapidados.

Cerca de 236 mil km² ou 4,34% da área total da região amazônica brasileira são afetados pela garimpagem de ouro. Somente no estado do Pará, essas áreas atingem 150 mil km², das quais o Tapajós é maior área garimpeira do Estado e do mundo – 100 mil km² – e também a mais importante em termos de produção.

A produção aurífera oficial dos garimpos da região do Tapajós, no período 1991-2000,representou cerca de 70% da produção paraense que por sua vez representou 52,5% da produção garimpeira da Amazônia. No ano de 1991 a produção industrial de ouro sob a responsabilidade da CVRD (na época) , representava cerca de 7% da produção total do Pará, sendo a grande maioria, 93% , proveniente dos garimpos ativos do Tapajós (59,3%). Cumaru-redenção-tucumã (26,2%) e de outras áreas (7,8%). Em 2000 o quadro se inverteu sendo a produção industrial da mina do Igarapé Bahia (Mineradora VALE) a fonte mais importante de ouro do Estado do Pará e do Brasil. A produção garimpeira representou apenas 27,6% do total de ouro produzido no Pará.


2. ASPECTOS AMBIENTAIS COM RELAÇÃO AOS GARIMPOS
Os impactos ambientais da garimpagem podem ser divididos em físicos e biológicos.Os aspectos físicos são caracterizados pela destruição da capa vegetal e dos solos assim como pelo assoreamento de rios. O envolvimento do solo promove intensa erosão das margens de rio, carreando sólidos em suspensão e mercúrio associado à matéria orgânica para sistema de drenagem. Este processo pode ser umas das principais vias de mercúrio natural ou antropogênico nos sistemas aquáticos amazônicos. Os impactos biológicos iniciam-se nos impactos a qualidade das águas por intermédio do assoreamento*, pela descarga de derivados do petróleo, tais como óleo diesel e graxa, pelo uso exacerbado de detergentes utilizados para dispensar o minério e, o mais grave pelo uso inadequado do mercúrio.

* Assoreamento é a obstrução, por sedimentos, areia ou detritos quaisquer, de um estuário, rio, ou canal. Pode ser causador de redução da correnteza. No Brasil é uma das causas de 'morte' de rios, devido à redução de profundidade. Os processos erosivos, causados pelas águas, ventos e processos químicos, antrópicos e físicos, desagregam solos e rochas formando sedimentos que serão transportados. O depósito destes sedimentos constitui o fenômeno do assoreamento.

3. ASPECTOS SOCIAIS EM RELAÇÃO AOS GARIMPOS

A característica transiente, migratória e muitas vezes ilegal dos mineiros artesanais modernos na América Latina, em particular no Brasil, não tem contribuído com benefícios de assentamentos observados durante o período colonial. O ciclo da atividade de mineração e bem conhecido: descoberta, imigração, relativa prosperidade econômica, seguida de exaustão do recurso mineral (material secundário), emigração e decadência econômica. A mecanização dos garimpos contribuiu mais para a aceleração deste ciclo. Drogas, prostituição, doenças, jogos, abuso de álcool e degradação de princípios morais são conseqüências freqüentes da ocupação caótica dos garimpos. É óbvio que os benefícios econômicos obtidos pelos mineiros não compensam as deploráveis condições socioeconômicas deixadas nas comunidades formadas pelos garimpos. Após a exaustão do minério de ouro facilmente extraído, as minas são abandonadas e quem permanece nos locais tem que conviver com o desenvolvimento econômico alternativo.

A criação de muitos municípios, cidades ou vilas, originados de maneira caótica, através da corrida do ouro tem causado sérios problemas aos gestores municipais. No Pará, os casos mais conhecidos são Curianópolis, Eldorado dos Carajás, Cachoeira do Piriá, etc. muitas dessas comunidades sofrem falta de opções econômicas, escassez de visão de futuro e liderança, além de viverem em extrema pobreza, normalmente buscando e reprocessar rejeito dos garimpos.

A significativa produção histórica do ouro no Brasil retrata o enorme potencial aurífero das regiões geológicas do país. Os investimentos realizados na exploração de ouro, principalmente nos anos 1980, ainda que bem menor em relação a outros paises tradicionais produtores trouxeram excelentes retornos aos investidores através de importantes e novas descobertas que alavancaram a produção nacional industrializada a níveis sem precedentes. Este relato só não foi mais proeminente devido à falta de uma política nacional que incentivasse a pesquisa mineral como um todo. Apesar do pouco conhecimento acerca da geologia do território nacional e das reservas de ouro contidas, sabe-se que o grande potencial aurífero encontra-se associado a rochas de idade arqueana e paleoproterozóica, que em geral fazem partes da seqüência do tipo greenstone belt. No entanto, a nova fronteira exploratória no Brasil situa-se na região Amazônica, de geologia ainda menos conhecida.

Nesta região, além dos greenstone belt já reconhecidos, ocorrem depósitos ainda pouco definidos, alguns associados a outros metais que também apresentam interesse econômico. O real potencial dessas regiões deve ser estudado através da metalogênese, à luz dos conhecimentos gerados de outras partes do globo, e de desenvolvimento de técnicas exploratórias adaptadas às condições tropicais.

Fonte: DNPM

Geologia

Geologia
Qual o motivo de uma ciência tão importante para a civilização humana ser tão desconhecida por grande parte da população?

Bom. O nome não ajuda muito. Claro, o nome é suficiente para definir o objetivo da ciência, o apresenta de forma clara e concisa (ser claro e conciso são pontos muito importantes para a ciência). Da língua grega: geo significa terra (aquilo onde pisamos) e logos significa estudo. Daí, nós temos a Geologia como a Ciência que estuda a terra.

Assim, nós temos um termo um bocado simples, o cientista especializado em Geologia - Geólogo -vai estudar a terra. Será apenas isso? Vamos entender que não. A terra em seu sentido amplo inclui diversas coisas que são fundamentais para a nossa vida. Cabe ao Geólogo encontrar e detalhar bens minerais e suas composições, incluindo ouro, prata, petróleo, ferro, diamantes, alumínio e várias outras coisas muito legais. O serviço do Geólogo também auxilia em muito a preparação da terra (rochas e solo) para grandes obras de infraestrutura como estradas, fundações e estruturas como represas.

Para isso, o Geólogo precisa ter bastante conhecimento sobre  química, física, biologia, matemática e uma imaginação bastante fértil e muita coragem. Em alguns momentos o Geólogo tem que assumir suas interpretações com muitas informações, mas que podem ser incompletas para contar toda a história daquele pedacinho de chão que ele está estudando.

Minha intenção é trazer a geologia mais perto da sociedade, como destaco como missão desse espaço. Para isso, nos próximos tópicos, trarei informações ligadas a vida diária de todos em assuntos de interesse comum, os quais muitas vezes, não são totalmente compreendidos por pessoas não especialistas em Geologia.

geologia montanha rocha terra

Ao fundo uma montanha - para o geólogo é um prato cheio de dúvidas e descobertas, a qual ele pode chamar de afloramento rochoso ou seção geológica ou ainda coluna estratigráfica, de acordo com o que ele precisa colocar no seu relatório de trabalho.
Fonte: Geologo.com

Petróleo, onde fica?

Petróleo, onde fica?

Uma das perguntas mais comuns é: Onde fica o petróleo?

Pessoas de diferentes classes sociais e níveis de escolaridade já me fizeram essa pergunta. Na imaginação popular o petróleo e o gás ficam guardados em tanques nas profundezas da terra, algo similar a piscinas ou tanques cheios de óleo a espera da primeira empresa capacitada a tirá-los de lá. 

Na realidade não é bem assim. Não é impossível pensar em uma caverna cheia de petróleo, mas até hoje, coisas assim são muito raras. Uma ideia bem melhor é a esponja de lavar louças da cozinha. Ao olharmos a esponja bem de perto, nós podemos ver que a esponja é feita de um material amarelo com vários buraquinhos ou poros. São esses poros que permitem que a esponja acumule água e sabão para lavarmos a louça. 

Com o petróleo é a mesma coisa, mas ao invés de uma esponja feita de plástico, existe algo parecido com a esponja, que é a Rocha. Ah, mas nem toda rocha parece uma esponja, pois muitas não têm poros e noutras esses poros não estão ligados entre si ou conectados. Portanto, apenas algumas rochas especiais cheias de poros conectados podem acumular petróleo. A mesma explicação vale para o gás e para a água. Essas três substâncias (petróleo, gás e água) em geral estão juntas no que os geólogos chamam de reservatório de petróleo

 petroleo gas rocha geologia

A fotografia acima é uma imagem  obtida por microscópio de um arenito no Estado do Paraná - Formação Ponta Grossa. As áreas azuis são os poros onde tanto o petróleo, o gás e a água ficam guardados. Os grãos brancos são grãos de minerais (quartzo e feldspato) como os que achamos nas areias das praias ou dos rios. Existem outros grãos como um que parece um tapete no meio da foto, mas a explicação sobre eles fica para outra aula. A imagem tem 1 centímetro de largura, percebam que é ela mostra coisas bem pequenas.

As rochas são compostas por grãos e cristais de minerais e podem ter diversas origens como vulcões ou sedimentos. Um bom exemplo de sedimentos com poros que podem dar origem a uma rocha sedimentar é a areia da praia após um dia quente e seco. Podemos observar que ficam vários pedaços de areia quebrados quando pisamos. Esses pedaços também são um ótimo exemplo para explicar como se parece um reservatório de petróleo. No Brasil, muitos reservatórios de petróleo, gás e água (aquíferos) estão em rochas sedimentares que são parecidas com areia de praia. Embora, elas não tenham sido formadas do mesmo jeito. 

Para finalizar. Um bom lugar para visitar e ficar, realmente, dentro de um reservatório de petróleo fica no Estado de São Paulo, no Município de Anhembi. Lá existe um arenito (foto abaixo) com um padrão zebrado, onde as listras pretas são o petróleo armazenado e as listras brancas representam áreas sem poros e por isso sem petróleo. Esse arenito é um arenito asfáltico foi muito usado para extrair óleo para produção de asfalto no passado. As partes mais nobres do petróleo foram perdidas devido a exposição da rocha a atmosfera.
arenito tar sand anhembi

Como informado por Matheus de Almeida Garcia e outros em 2011 na Revista Brasileira de Geociências. O acesso à área pode ser feito, a partir da cidade de Piracicaba, através da Rodovia SP-147, em direção ao município de Anhembi. A cerca de 50 km de Piracicaba se pega uma estrada de terra na margem sul-sudeste da rodovia, seguindo cerca de 4 km em direção a antiga Fazenda Moquém. 
Tal localidade encontra-se no sítio de propriedade do Sr. Agostinho Gonçalves (Fazenda Betumita), portanto peçam autorização para visitar caso queiram visitar.

Fonte: CPRM