domingo, 10 de junho de 2018

CORINDON

Corindon

Corindo - Al2O3
Não existe unanimidade sobre a origem do nome deste mineral, se bem que o mais provável seja que provenha do termo sânscrito kuruvinda, que significa "rubi"; porém, alguns autores opinam que poderá derivar do hindi kaurutanca, nome pelo qual este mineral é conhecido na Índia.
Geometrias diversas: Os exemplares mais apreciados de corindo são os que apresentam um hábito prismático hexagonal com faces laterais geralmente deformadas. Outras vezes, este mineral cristaliza com formas bipiramidais de contorno hexagonal. As amostras de menor interesse apresentam-se em forma de massas arredondadas ou em agregados informes. Forma-se em rochas ígneas, como sienitos, ou metamórficas, como mármores ou, gneisses, tendo todas elas um conteúdo reduzido de sílica. Por ser tratar de um mineral muito resistente à alteração química, também é possível encontrá-lo em areias e seixos sedimentados nos rios.
Uma gema de grande valor: A característica mais notável do corindo é a sua grande dureza, 9 na escala de Mohs, a par da grande variedade cromática, devida á presença de diferentes impurezas. Sem dúvida, as variedades rubi e safira, de intensas tonalidades avermelhadas e azuladas, respectivamente, são as mais procuradas. Outras variedades muito apreciadas em joalharia têm por vezes o nome de outras gemas: topázio oriental de cor amarela; padparadscha, também amarelo mas com matizes alaranjados, e a esmeralda oriental, de cor verde. A variedade conhecida como esmeril é usada como abrasivo. Alguns exemplares são fluorescentes à radiação ultravioleta em amarelo e outros apresentam asterismo causado por inclusões de cristais de rutilo.
Classe:  Óxidos
Sistema:  Trigonal
Cristal:  
Dureza:  9
Fractura:  Irregular
Descamação:  Ausente
Brilho:  Vítreo a adamantino
Traço:  Branco
Onde se encontra:  Nas suas diferentes variedades, as principais jazidas de corindo localizam-se Myanmar (vale do Mogok), Sri lanka (Ratnapura), Tanzânia, Tailândia (Trat e Chanthaburi), Índia (Andhra Pradesh e Caxemira), Madagáscar, Brasil, Afeganistão, EUA (Montana), Suécia (Lapónia), Grécia (Naxos e Samos), Alemanha (Eifel).

Fonte: DNPM

Brasilianite

Brasilianite

Brasilianite - NaAl3(PO4)2(OH)4
A brasilianite foi descoberta em 1942 na localidade de Córrego Frio, no estado de Minas Gerais, Brasil, por Alfredo Severino da Silva quando limpava as ervas daninhas do seu campo de trigo. Esta espécie costuma apresentar-se bem cristalizada, em cristais individualizados ou em agregados de vários cristais, no geral correctamente formados e muitas vezes com uma geometria bem acabada nas duas extremidades. Estes agregados, que costumam apresentar-se em forma de drusa (cobrindo uma superfície), são quase sempre prismáticos e terminam em forma aguda, muitas vezes com crescimento em funil ou esqueléticos. Alguns exemplares têm arestas curvas, o que lhes dá uma forma muito parecida com as pontas de seta. Este mineral costuma encontrar-se associado à moscovite, ao quartzo e também a outros fosfatos e arseniatos típicos dos pegmatitos.
Uma cor brilhante: Embora possa ser incolor ou apresentar diversos tons de castanho, a brasilianite é quase sempre amarela-limão ou amarela-esverdeada. Os cristais podem adquirir uma extraordinária transparência que, aliada ao seu brilho vítreo, faz com que constituam um material gemológico de grande beleza.
Raros e belos: A brasilianite, tal como a apatite, a turquesa e a variscite, é um dos poucos fosfatos de interesse gemológico. Devido à raridade e à beleza dos seus cristais e agregados em drusa, é muito desejada pelos coleccionadores. Embora as suas jazidas sejam bem conhecidas, só aparece esporadicamente, o que faz com que, quando é achada, os preços dos melhores exemplares sejam muito elevados.
Classe:  Fosfatos
Sistema:  Monoclínico
Cristal:  
Dureza:  5,5
Fractura:  Concoidal
Descamação:  Perfeita
Brilho:  Vítreo
Traço:  Branco
Onde se encontra:  Brasil (estados de Paraíba, Rio Grande do Norte e Minas Gerais, jazida mais conhecida e com melhores exemplares é Córrego Frio), EUA e Ruanda.

Fonte: DNPM

Ágata

Ágata

Ágata - SiO2
O nome da ágata provém do termo latino achates, nome pelo qual na Antiguidade era conhecido o rio siciliano Dirillo, no qual abundava esta gema. A ágata é uma variedade microcristalina ou criptocristalina do quartzo.
Isto significa que o óxido de silício (SiO2) não desenvolve cristais visíveis à vista desarmada e que, pelo contrário, estes de dispõem em faixas concêntricas. Por este motivo, a ágata é definida como uma calcedónia com faixas de cor não uniforme. O polimento e a talha em forma de cabochão, conta ou placa permitem aproveitar e aumentar a beleza das faixas.
Diversidade de cores e subvariedades: A grande variedade cromática das faixas, a par da sua dureza relativamente elevada são as principais razões pelas quais a ágata é considerada uma gema.
A origem deste mineral está relacionado com os diferentes depósitos de água termal rica em sílica e diversas impurezas, que dão origem às diferentes faixas coloridas. Existem muitas subvariedades de ágatas em função da cor e da disposição das faixas. A ágata orbicular é formada por núcleos arredondados, em forma de olhos, que enchem a superfície do mineral. A ágata musgosa contém inclusões de minerais fibrosos de cor verde, actinolite ou clorite. Outras variedades são a ágata ruiniforme e a ágata enhydra.
Ágatas e Ónixes: Ágata e ónix são duas espécies que só se distinguem pelo tipo de faixas dos minerais de quartzo: no ónix são rectilíneas e na ágata são de tipo concêntrico. Por isso, nalguns casos é difícil averiguar se a espécie em causa é ónix ou ágata.
Classe:  Óxidos e Hidróxidos
Sistema:  Trigonal
Cristal:  
Dureza:  7
Fractura:  Concoidal
Descamação:  Ausente
Brilho:  Vítreo
Traço:  Branco
Onde se encontra:  Brasil (Iguacu), Uruguai (Artigas), Alemanha (Rochlitz - Saxónia), Índia (Rajpipla - Gujarate), Madagáscar, México (Ojo Laguna) e EUA (Ballast Point - Florida).

Fonte: DNPM

sábado, 9 de junho de 2018

Alexandrite

Alexandrite

Alexandrite - Al2BeO4
A alexandrite, uma das pedras preciosas mais valiosas e difíceis de encontrar, foi descoberta nos Urais em 1830, no mesmo dia em que o czar Alexandre II atingia a maioridade; o seu nome presta homenagem a este acontecimento.O crisoberito, a terceira gema em dureza depois do diamante e do corindo, tem duas variedades muito apreciadas, a alexandrite e o olho-de-gato. Esta última variedade, muita vezes com uma tonalidade fria, não deve ser confundida com o quartzo olho-de-gato, de valor inferior.
Uma pedra muito procurada: A variedade mais procurada de crisoberilo é a alexandrite, um mineral entre transparente e translúcido que aparece em forma de cristais tubulares ou prismáticos que formam maclas cíclicas. Estes cristais encontram-se em rochas que se formam a partir do arrefecimento de magmas no interior da crosta terrestre, sobretudo em rochas metamórficas. Graças à sua dureza, esta pedra resiste à erosão do arrastamento produzidos pelas correntes dos rios, pelo que também pode encontrar-se por vezes em depósitos aluviais.
A gema que muda de cor: A alexandrite muda de cor em função da luz que a ilumina. À luz do dia é verde-esmeralda ou verde-erva, devido às impurezas de crómio que substituíram o alumínio durante a formação do mineral. Torna-se roxa-violácea ou vermelho-púrpura quando exposta à luz artificial. Mas a alexandrite também varia da cor vermelha para amarela-alaranjada e para verde consoante o ângulo de que se olha, devido à presença de crómio e ferro.
Classe:  Óxidos e hidróxidos
Sistema:  Rômbico
Cristal:  
Dureza:  8,5
Fractura:  Concoidal
Descamação:  Imperfeita
Brilho:  Vítreo intenso
Traço:  Branco
Onde se encontra:  Tanzânia, Brasil, Sri Lanka, Madagáscar, África do Sul, Índia, Zimbabué e Tasmânia.

Fonte: DNPM

Amazonite

Amazonite

Amazonite - KAlSi3O8
O nome da amazonite provém do rio Amazonas, onde os indígenas utilizavam certas pedras verdes como amuletos. Embora se tenha descoberto que essas pedras eram jade verde, o nome manteve-se para identificar esta outra gema, variedade do mineral microclina. Pertence ao grupo dos feldspatos e, embora tenha a mesma composição química que a ortóclase, do sistema monoclínico, cristaliza no sistema triclínico.
Prismas maclados: Os exemplares mais atraentes da amazonite são os que aparecem formando cristais prismáticos ou tabulares de grandes dimensões. Contudo, no geral este mineral encontra-se maclado. São frequentes as maclas de compenetração segundo a lei de Carlsbad, segundo a qual dois cristais espalmados se unem ao longo de um plano vertical.
Escolha da talha: Tal como sucede com outras gemas semipreciosas, o valor da amazonite é muito moderado, mas aumenta de forma considerável com uma talha adequada. As mais habituais são o cabochão ou em esfera, que destacam mais o brilho e a intensidade da sua cor verde azulada. Nalguns casos, a amazonite não apresenta uma cor uniforme, mostrando manchas ou estrias brancas, que costumam ser de albite, mineral do grupo das plagióclases. Microclina e albite formam uma solução sólida a alta temperatura mas, quando a rocha arrefece, produz-se o processo de divisão e os dois minerais separam-se. A amazonite pode confundir-se com facilidade com o crisópraso, a serpentina e o jade verde e os exemplares mais azulados inclusive com turquesa.
Classe:  Silicatos (Tectossilicatos)
Sistema:  Triclínico
Cristal:  
Dureza:  6
Fractura:  Concoidal
Descamação:  Perfeita
Brilho:  Vítreo a nacarado
Traço:  Branco
Onde se encontra:  Rússia (Miyask, no sudeste de Chelyabinsk), EUA (Pike´s Peak, Colorado), Madagáscar, Índia (Caxemira), Brasil (São Miguel de Piracicaba, Minas Gerais), Quénia.


Fonte: DNPM