domingo, 1 de julho de 2018

Âmbar

Âmbar

Âmbar - (C,H,O)
O nome do âmbar provém do árabe anbar e significa "o que flutua no mar", dado que tem menos densidade que a água do mar. Trata-se de uma resina vegetal fossilizada proveniente de restos de coníferas; apesar disso, e pelo facto de estar mineralizado pela fossilização, o âmbar classifica-se, como mistura e não como espécie, entre os minerais orgânicos.A sua estrutura é amorfa.
Como se forma: Há 25-40 milhões de anos, enormes florestas de coníferas cobriam a Terra. As suas árvores segregavam uma resina que fluía em forma de gotas e que, na sua queda, apanhava vegetais e pequenos animais. Estas massas resinosas, que eram englobadas nos sedimentos que cobriam o solo, com o passar do tempo foram endurecendo até se transformarem em pedra. O âmbar conservou com todo o pormenor bolhas de ar, gotas de água ou partículas de pó e uma grande quantidade de flora e fauna, pelo que é habitual encontrar inclusões de flores, folhas e sementes ou de invertebrados, como moscas, formigas e aranhas e até pequenos vertebrados.
Variedades e talha: Embora a cor mais comum do âmbar seja amarela, pode apresentar outras tonalidades que vão do alaranjado (conhaque) ao vermelho (cherry), passando por branco, café, verde e preto ou musgo, sendo o incolor um dos mais apreciados. O âmbar báltico, conhecido por "súcino", apresenta tonalidades muito claras, enquanto o mexicano apresenta cores avermelhadas. Embora seja possível montar peças facetadas, o ideal é poli-lo em cabochão, forma que põe em destaque o seu brilho e a sua cor e permite a visão clara das inclusões de seres de outros tempos que costuma englobar.
Classe:  Minerais orgânicos
Sistema:  Amorfo
Cristal:  
Dureza:  2-3
Fractura:  Concoidal
Descamação:  Ausente
Brilho:  Resinoso ou gordo
Traço:  Branco
Onde se encontra:  Rússia (península de Samland), Lituânia, Porto Rico, México, República Dominicana, Espanha (gruta de El Soplao na Cantábria e Peñacerrada em Álava).

Fonte: DNPM

Calcedónia

Calcedónia

Calcedónia - SiO2
A denominação da calcedónia deriva do grego Chalkedon, Calcedónia, uma região do Bósforo. O termo é tradicionalmente usado para designar todas as variedades microcristalinas do quartzo, embora a maioria dos exemplares de calcedónia tenha, além de quartzo, moganite um mineral polimorfo do quartzo. que foi aceite em 1999 pela IMA.
Um sem-fim de variedades: A calcedónia é formada por diminutos cristais do quartzo o moganite, densamente empacotados e indiferenciáveis à vista desarmada. Existe uma gradação entre a calcedónia, microcristalina, e o óxido de sílica amorfo, criptocristalino e chamado "sílex"; este não é considerado um mineral, mas sim um mineralóide. O nome da calcedónia engloba numerosas variedades, muitas das quais têm interesse como gema. A ágata é a variedade zonada, com faixas concêntricas de diferentes cores em função das impurezas. O ónix varia de esbranquiçado a negro não brilhante. A cornalina varia entre vermelha e alaranjada devido à presença de hematite ou de limonite. O crisópraso é a variedade verde-maçã devido às impurezas de níquel. O heliotrópio é verde, mas com manchas vermelhas devido à presença de óxidos de ferro. A mtorodite é de cor verde intensa graças ao crómio. Além destas variedades, existem muitas outras, como a amberina, a ágata do Botswana, a ágata do Lago Superior, a herbeckite. etc.
Calcedónias tratadas: A reduzida homogeneidade da calcedónia permite a presença de minúsculos poros graças aos quais pode absorver tons que alteram a sua coloração a natural; trata-se de gemas tratadas, não naturais.
Classe:  Óxidos
Sistema:  Trigonal
Cristal:  
Dureza:  7
Fractura:  Concoidal
Descamação:  Ausente
Brilho:  Vítreo
Traço:  Branco
Onde se encontra:  Brasil (Rio de Janeiro e estado do Rio Grande do Norte), Uruguai (Artigas), Namíbia (Karas), África do Sul (Sutherland), Madagáscar (Tulear), índia (Maharashtra), Marrocos, Bolívia (La Paz), Grâ-Bretanha (Cornualha, Inglaterra, e Clackmannanshire, Escócia).

Fonte: DNPM

BERILO

Berilo

Berilo - Be3Al2Si6O18
O termo "berilo" deriva do grego beryllos, nome que designava qualquer mineral ou rocha preciosa de cor azul-esverdeada, parecida com a água do mar. Com o tempo, este nome ficou reservado para o berilo.
Grupo de minerais: Trata-se de um silicato de alumínio e berílio que se apresenta geralmente em rochas graníticas e pegmatitos, em forma de cristais isolados de hábito hexagonal, que podem ser de grandes dimensões. O alumínio e o berílio podem ser substituídos por outros elementos, o que dá lugar a um grupo de minerais. A bazzite, em que uma parte do alumínio pode ser substituída por estrôncio, e a pezzotaíte (espécie de descoberta muito recente), em que uma parte do berílio é substituída por césio e lítio, são dois minerais do grupo do berilo. O resto do grupo é formado pela stoppanite, pela indialite e pelo próprio berilo, que lhe dá o nome.
Mãe de todas as jóias: O berilo é teoricamente incolor, mas pode conter numerosas impurezas, responsáveis pelas múltiplas colorações e variedades deste mineral, considerado como "a mãe de todas as jóias". As  variedades de berilo de maior interesse gemológico são a goshenite (incolor e transparente), o heliodoro (amarelo pela presença de ferro), a morganite (rosa pelas impurezas de manganésio), a água-marinha (azul ou esverdeada pela presença de ferro) e a esmeralda (verde pelo crómio e pelo vanádio que contém). Embora menos comuns, existem variedades vermelhas (bixbite) e de azul intenso (maxixe). Algumas variedades de berilo são luminescentes sob radiação ultravioleta: o heliodoro emite luz azul e a morganite, lilás.
Classe:  Silicatos (Ciclossilicatos)
Sistema:  Hexagonal
Cristal:  
Dureza:  7,5-8
Fractura:  Concoidal
Descamação:  Imperfeita
Brilho:  Vítreo a resinoso
Traço:  Branco
Onde se encontra:  EUA (Black Hill, Dakota do Sul; Grafton, New Hampshire; Albany, Maine, e Pala e Ramona, Califórnia), Brasil (Minas Gerais, Bahia, Carnaíba e Itabira), Madagáscar (Malakialina), Colômbia (Muzo, Chivo, Gachalá, Cozcuez e Peñas Blancas e Somondoco), Moçambique, Paquistão (Nagar), Afeganistão (Nuristão, província de Lagman) e China (Pingwu, Sichuan).

Fonte: DNPM

Ágata

Ágata

Ágata - SiO2
O nome da ágata provém do termo latino achates, nome pelo qual na Antiguidade era conhecido o rio siciliano Dirillo, no qual abundava esta gema. A ágata é uma variedade microcristalina ou criptocristalina do quartzo.
Isto significa que o óxido de silício (SiO2) não desenvolve cristais visíveis à vista desarmada e que, pelo contrário, estes de dispõem em faixas concêntricas. Por este motivo, a ágata é definida como uma calcedónia com faixas de cor não uniforme. O polimento e a talha em forma de cabochão, conta ou placa permitem aproveitar e aumentar a beleza das faixas.
Diversidade de cores e subvariedades: A grande variedade cromática das faixas, a par da sua dureza relativamente elevada são as principais razões pelas quais a ágata é considerada uma gema.
A origem deste mineral está relacionado com os diferentes depósitos de água termal rica em sílica e diversas impurezas, que dão origem às diferentes faixas coloridas. Existem muitas subvariedades de ágatas em função da cor e da disposição das faixas. A ágata orbicular é formada por núcleos arredondados, em forma de olhos, que enchem a superfície do mineral. A ágata musgosa contém inclusões de minerais fibrosos de cor verde, actinolite ou clorite. Outras variedades são a ágata ruiniforme e a ágata enhydra.
Ágatas e Ónixes: Ágata e ónix são duas espécies que só se distinguem pelo tipo de faixas dos minerais de quartzo: no ónix são rectilíneas e na ágata são de tipo concêntrico. Por isso, nalguns casos é difícil averiguar se a espécie em causa é ónix ou ágata.
Classe:  Óxidos e Hidróxidos
Sistema:  Trigonal
Cristal:  
Dureza:  7
Fractura:  Concoidal
Descamação:  Ausente
Brilho:  Vítreo
Traço:  Branco
Onde se encontra:  Brasil (Iguacu), Uruguai (Artigas), Alemanha (Rochlitz - Saxónia), Índia (Rajpipla - Gujarate), Madagáscar, México (Ojo Laguna) e EUA (Ballast Point - Florida).

Fonte: DNPM

Ágata Azul

Ágata Azul

Ágata azul - SiO2
A ágata azul, uma subvariedade do quartzo, é uma gema muito atraente, que se apresenta em faixas concêntricas que alternam as cores branca e azul.
A sua beleza depende tanto da intensidade como da abundância da cor azulada. Forma-se em cavidades de rochas vulcânicas nas quais se filtram soluções quentes ricas em sílica (SiO2).
As variações nas impurezas da solução e as condições em que os minerais de depositam dão origem às diferentes camadas. Se o arrefecimento da solução for lento, podem produzir-se macrocristais de quartzo na zona central enquanto, se for rápido, os cristais serão microscópios.
Cor artificial: Muitas das ágatas azuis que se encontram no mercado do coleccionismo adquiriram a cor azulada por impregnação a vácuo com uma solução corante que penetra na trama de microcristais de quartzo em maior ou menor medida, consoante a porosidade das faixas de mineral. A melhor maneira de distinguir as ágatas azuis naturais das tratadas é observando a uniformidade e a nitidez da coloração azul, propriedades estas que se apresentam melhor definidas nas ágatas naturais.
O mineral do Budismo: Hoje em dia, a ágata, e em especial a de cor azul, é uma gema muito apreciada na China e na Índia devido à importância que estas pedras têm para o budismo e para o feng shui na decoração de interiores. No Ocidente foi uma gema muito valorizada durante o Renascimento. Desta época é a maior parte dos camafeus de ágata azul, realizados em delicadíssimas talhas, cujo valor estético perdurou até aos nossos dias.
Classe:  Óxidos e Hidróxidos
Sistema:  Trigonal
Cristal:  
Dureza:  7
Fractura:  Concoidal
Descamação:  Ausente
Brilho:  Vítreo
Traço:  Branco
Onde se encontra:  Brasil (Minas Gerais), Uruguai (Artigas), China (Tibete), México (Chihuahua), República Democrática do Congo.

Fonte:DNPM