sábado, 4 de maio de 2019

Expedição Grafite: viagem ao berço do maior diamante das Américas

Expedição Grafite: viagem ao berço do maior diamante das Américas



Expedição Grafite: viagem ao berço
do maior diamante das Américas

Uma equipe formada pelos professores Iran Ferreira Machado e Carlos Alberto Lobão Cunha, do Instituto de Geociências (IG) da Unicamp, pelo publicitário Manoel Cyrillo de Oliveira Netto e pela física Lúcia Cabral Jahnel, partiu de Campinas na última semana. O objetivo da missão - denominada Expedição Grafite - era conhecer o ponto do ribeirão Santo Antonio do Bonito, município de Coromandel (MG), onde o maior diamante das Três Américas – denominado Presidente Vargas – foi encontrado no dia 13 de agosto de 1938. Coromandel está situada na bacia do Alto Paranaíba, a leste do Triângulo Mineiro, na zona de influência de Patrocínio, maior cidade da região. O município é cortado pelos rios Buriti, Santo Inácio e pelo ribeirão Santo Antonio do Bonito; eles correm de sul para o norte até desaguar no rio Paranaíba. A fauna e a flora exuberantes da região atraíram o naturalista francês Saint-Hilaire no início do século 19.
O roteiro da viagem foi o seguinte: Campinas – Ribeirão Preto – Uberaba – Nova Ponte – Iraí de Minas – Monte Carmelo – Abadia dos Dourados – Coromandel. Considerando o caminho percorrido dentro do município de Coromandel nos dias 12 e 13 de setembro, o percurso total de ida e volta até Campinas cobriu cerca de 1.500 km. No dia 14, às 16 horas, a equipe estava de volta a Barão Geraldo, em Campinas. A viagem foi realizada em uma caminhonete Chevrolet de cabine dupla, modelo S10, de propriedade de Manoel Cyrillo. Ela suportou bem as estradas carroçáveis de Coromandel, empoeiradas pela secura da estação.
No dia 12 foi contratado o guia Waldejan Soares da Cunha, de 79 anos, que conhece as grotas do município como a palma da mão. Esse guia levou o grupo até a fazenda Santo Antonio, na Taquara, banhada pelo ribeirão Santo Antonio, conhecido internacionalmente pela frequência de pedras acima de 80 quilates, descobertas periodicamente nos seus cascalhos desde as primeiras décadas do século 20. Na fazenda Santo Antonio, o seu proprietário – sr. José Tim – de 84 anos de idade, fisicamente bem disposto e bastante lúcido, se incorporou à expedição. Após uns 20 minutos de estrada carroçável e uma caminhada de uns 15 minutos dentro da fazenda, chegamos finalmente às margens do ribeirão. Naquele exato ponto, segundo testemunho do sr. Tim, em 1938 foi achado o famoso diamante, cujo nome foi uma homenagem ao presidente Getúlio Vargas. Seus descobridores, segundo os registros históricos, foram os garimpeiros Joaquim Venâncio Tiago e Manoel Miguel Domingues, cujos herdeiros não vivem mais na pacata cidade de Coromandel. Corre uma lenda de que a pedra era metade de outra maior. A outra metade nunca foi encontrada, apesar de buscas intensas realizadas pelos garimpeiros desde o ano de 1938. O ponto da descoberta tem as seguintes coordenadas: latitude: 18o 30’ 33,3’’ S; longitude: 46o 58’ 22,4’’ W, com erro de 3 metros, medição realizada com o GPS de marca Garmin, modelo MAP 60CSx, de propriedade de Manoel Cyrillo.
Obviamente, o cascalho mudou constantemente ao longo do tempo, devido a enxurradas periódicas, mas o ponto estava ali. A façanha de encontrar esse famoso local da história dos diamantes brasileiros somente foi possível graças à memória e boa vontade dos srs. Waldejan Cunha e José Tim. Sem essa prestimosa ajuda, a Expedição Grafite teria malogrado, devido às inúmeras trilhas que cortam as respectivas bacias já mencionadas.
Essa expedição foi realizada com recursos próprios dos seus membros, não havendo recursos públicos ou outras fontes. Tratava-se de satisfazer uma curiosidade desde a realização do 31º Congresso Internacional de Geologia, realizado no ano 2000, na cidade do Rio de Janeiro, quando o autor apresentou um pôster sobre o famoso diamante. O tema atraiu a atenção de geólogos de todas as nacionalidades participantes desse congresso internacional. Passados onze anos, veio a determinação de se identificar o ponto exato do ribeirão Santo Antonio do Bonito. A expedição foi coroada de êxito e comemorada pelos seus integrantes, com direito a vinho tinto. Valeu a pena o esforço do grupo.
Consta que a pedra foi vendida em 1938 a um comprador de Belo Horizonte pelo equivalente a US$ 141 mil, quantia correspondente na época a 120 kg de ouro. Convertendo US$ 141 mil para o dólar de 2011, este valor alcança US$ 2.265.450 (cálculo efetuado usando-se o Consumer Price Index, do governo americano). Hoje a cotação dele estaria entre US$ 15 e 30 milhões nos principais centros de lapidação do mundo (Antuérpia, Amsterdã, Nova York e Tel Aviv). Essa estimativa é de uma fonte fidedigna do exterior, que prefere não se identificar. Aos céticos, recomenda-se a leitura do artigo de J. Greene, citado na bibliografia.
Após ser vendido, sucessivamente, para compradores em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Amsterdã, o Presidente Vargas foi finalmente arrematado por um joalheiro de Nova York – Harry Winston –, o qual cortou a pedra em 29 brilhantes. O maior brilhante recebeu o nome de Presidente Vargas, com 44,17 quilates e estaria hoje nas mãos do joalheiro Robert Mouawad, de Beirute, após passar por vários proprietários.
O autor agradece a colaboração permanente do prof. Lobão, do Manoel e da Lúcia, que tornaram esta viagem muito agradável, além de contribuírem de modo decisivo para serem alcançados os objetivos pretendidos pelo grupo.


Fonte: PORTAL DO GEOLOGO

Cielo sai da inércia e lança “vendeu, recebeu”; Empresa quer “fim da pegadinha”

Cielo sai da inércia e lança “vendeu, recebeu”; Empresa quer “fim da pegadinha”



Gustavo Kahil - 03/05/2019 - 

Cielo
“Estamos na disputa com preços extremamente competitivos e transparentes”

A Cielo (CIEL3) revelou ao mercado as suas novas armas para enfrentar a “guerra das maquininhas” no Brasil, que nas últimas semanas contou com movimentos ousados da Rede, PagSeguro e SafraPay.
“Estamos na disputa com preços extremamente competitivos e transparentes, com o compromisso de oferecer a melhor experiência aos nossos clientes”, explica a empresa.
Em um comunicado enviado ao mercado nesta sexta-feira (3), a empresa destacou que, para os comerciantes que optarem pela modalidade de aluguel, a partir de 27 de maio, reduzirá as taxas do plano Cielo Livre.
A escolha isenta o cliente da taxa de antecipação no crédito à vista, do aluguel (faturamento acima de R$ 5 mil por mês) e da obrigação da abertura de conta corrente em bancos específicos.
Além disso, a partir do dia 27 de maio, os clientes poderão receber as vendas instantaneamente na conta digital da Cielo. “Vendeu, recebeu. Também liberamos nosso sistema para que qualquer banco ofereça a novidade aos seus clientes”, explica a Cielo.

Transparência

A Cielo também lançou uma cruzada para acabar com a “pegadinha” em busca da “total transparência para que a disputa na indústria de adquirência se dê no preço final pago pelos nossos clientes”.
A ideia é lançar um indicador que possa comparar, de forma simples e clara, o custo total do serviço, que é composto pela compra ou aluguel da maquininha, taxas de desconto e adiantamento do recebimento das vendas.
Os dados irão revelar o custo efetivo total (CET) praticado na  indústria, da mesma forma como foi feito no crédito do setor bancário. Para isso, a empresa disse que já começou conversas com os reguladores.
“Acreditamos que a transparência acabará de vez com pegadinhas, asteriscos, letras miúdas e condições impossíveis de serem cumpridas”, conclui a Cielo.

Fonte: MONEY  TIMES

William Alves: Veja a “Carteira NotBad” para maio de 2019

William Alves: Veja a “Carteira NotBad” para maio de 2019



Opinião - 04/05/2019 - 14:04
Por William Castro Alves, economista e especialista em mercados internacionais – Acompanhe em “Bugg“
UM ERRO: Fui conferir a performance anual do Ibovespa na minha tabela e não estava batendo. O motivo? Estava considerando um valor de fechamento do Ibovespa em março que estava errado. Estive usando nas últimas 4 semanas de abril o valor de 95.087, quando na verdade o valor correto é 95.415. Uma diferença que pode não parecer alta, mas fez  a diferença para determinar que a Carteira #Notbad superou seu benchmarking! Importante ressaltar que o erro foi apenas no Ibov e restrito a esse mês.Corrigido o erro, da uma olhada como ficou a foto final:
(Imagem: Bugg Análise econômica e  Investimento)
Corrigido o erro, da uma olhada como ficou a foto final:
Boa consistência com 3 ativos superando o Ibov. Não obstante, a troca de VALE3, por UNIP6 (entrou na carteira no mês passado) me parece ter sido correta, dado que as ações da Vale acumularam queda de 2,5%.
Mas calma…devo ser honesto e a realidade é que 1,28% num mês é uma rentabilidade baixa quando levamos em conta os custos e o risco incorrido em investir em ações. Logo não há grandes motivos para celebrar…mas ok…ações é assim mesmo…a de se ter paciência.

Números

  • Desde o início a carteira acumula 197% contra 53% do IBOV!
  • Performance de 12 meses: 45% contra 12% do IBOV!
  • No ano ainda assim melhor que o IBOV! 13,9% conta 9,6%!
  • Até aqui foram 23 meses de existência, com a carteira batendo o IBOV em 16 meses, ou seja, 74% dos meses.
(Imagem: Bugg Análise econômica e  Investimento)
(Imagem: Bugg Análise econômica e  Investimento)

Carteira para maio

Se você observar no gráfico acima o Ibovespa tem ficado praticamente parado, no sentido de não estar gerando retorno aos investidores pelos últimos meses. Não por acaso em meus 2 últimos posts de carteira comentei que os grandes temas macro do mercado parecem dados: desaceleração da economia americana; trade war; impactos da guerra comercial na China; e no Brasil, essencialmente a definição em torno da reforma da previdência. Pouca coisa mudou…em geral uma certa deterioração no Brasil..a velha ideia da bicicletba que não pedala cai; economia americana desacelera sim, mas sem maiores riscos assim como a China; e a Trade War aparentemente será resolvida cedo ou tarde.
Maio é tradicionalmente um mês complicado para bolsa brasileira e até mesmo americana. Num cenário desses seria recomendável não mexer muito na carteira e buscar ativos mais estáveis, de menor risco. Sim. Mas por vezes sou teimoso e tenho uma tendência a me encantar com o risco…
Então optei por realizar 2 trocas nessa carteira, a qual, como vocês sabem, eu coloco o meu dinheiro próprio.

Por que saiu…

Retirada de AGRO3 se deve a: (i) falta de triggers potenciais para as ações; (ii) a derrocada dos preços das commodities agrícolas. Fico até com 2 corações, pois realmente vejo valor no ativo…mas essa é uma carteira de 5 ativos e entendo que a queda recente de GUAR3 abriu oportunidade para montar posição no ativo. Dia 07/05 a AGRO3 publica resultado, então pra quem não tem certeza se vale ou não a pena sair do papel, pode esperar o resultado que pode, eventualmente, ser um trigger.
Retirada de UNIP6. Ativo entrou mês passado e a única razão para retirá-lo é pela forte queda das ações da CSN. Não há nada de especialmente ruim com a Unipar. Único detalhe a ser comentado é a situação complicada pela qual a Argentina passa e que pode eventualmente afetar a Indupa empresa controlada pela Unipar.

Por que entrou…

Entrada de Guararapes (GUAR3). Teria sido lindo ter mandado esse post antes de ontem dia 29/04 e se aproveitar da alta de 5% do papel. Mas mesmo após a alta recente, vejo alguns bons pontos positivos: (i) empresa vem demonstrando há muito tempo melhoras operacionais relevantes como a melhora do seu ciclo financeiro, aumento de vendas e ganhos de margens consistentes e hoje trabalha com um retorno sobre o patrimônio elevado; (ii) empresa negocia a múltiplos decentes num setor de múltiplos altos – P/L 19E de 16x, P/VPA de 1,8x e EV/Ebitda de 9x ; (iii) empresa vem tendo melhoras de governança relevantes, como o split que deve incrementar a liquidez das ações, a conversão das ações PN em ON, entre outras ; (iv) queda recente de 12% desde a máxima abriu uma oportunidade de entrar no ativo.
Entrada de CSN (CSNA3). CSN é uma empresa que segue passando por um grande processo de desalavancagem, ou seja, redução de sua dívida que hoje alcança os R$ 28BI. Entendo que o principal trigger para a empresa seja justamente a venda de ativos e acordos que ela faça que a direcionem para esse caminho…tal qual o acordo com a Glencore em fevereiro, para fornecimento de minério com um pagamento antecipado.
Os riscos são grandes e por isso a suas ações tem apresentado uma volatilidade ainda mais alta que o comum. A empresa já se comprometeu em buscar uma redução de dívida esse ano e acredito que novidades nesse front podem mexer novamente com o ativo. Queda recente do papel abriu uma oportunidade de montar uma posição no ativo.


Fonte: MONEY  TIMES

sexta-feira, 3 de maio de 2019

Tucson's Amazing Gem Show 2019!

Melhor analista de abril conta como atropelou Ibovespa com duas apostas certeiras

Melhor analista de abril conta como atropelou Ibovespa com duas apostas certeiras





Investing.com Brasil - 03/05/2019 - 13:57
Leandro Martins
Carteira Recomendada de abril da Modalmais teve retorno de 13,4% aos investidores (Imagem: Investing.com)
Por Investing.com
A Carteira Recomendada de abril da Modalmais teve o melhor desempenho das 20 carteiras acompanhadas pelo Investing.com Brasil, com um retorno de 13,4% aos investidores, 4,5 pontos percentuais acima da segunda colocada. O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro e referência para comparação de ganhos, teve uma modesta alta de 0,98%.
A Modalmais fez uma aposta forte nas produtoras e exportadoras de carne JBS(JBSS3) (+24,2%) e BRF (BRFS3) (+37,1%), que compunham 40% da carteira. As empresas deram um grande retorno com as notícias de redução de estoques de carne suína na China por uma doença dizimando a capacidade de produção local. Com o maior importador mundial indo às compras, as empresas dispararam na bolsa.
“A utilização de fundamentos na composição de uma carteira recomendada de curto prazo não traz resultados imediatos”, afirma Leandro Martins, analista-chefe da Modalmais, explicando que 90% da seleção dos ativos que compõem a carteira mensal da Modalmais é baseada em análise técnica e gráfica. “Tenho, logicamente, um filtro fundamentalista de boas empresas, por isso a gente não coloca papel em recuperação judicial ou que está em queda acentuada”, continua.
Martins demonstrou felicidade pelo resultado. O economista é responsável pela elaboração da Carteira Mensal da Modalmais e é professor convidado em matérias relacionadas a “análise gráfica em mercados de ações” na Apimec.
O analista conversou com o Investing.com Brasil sobre a ótima performance de abril, a metodologia e critério de seleção para os papéis e como elaborar uma carteira que combina ações com potencial de ganhos elevados com ativos conservadores para não ter o risco de uma perda substancial. Por fim, Martins apresentou os ativos que compõem a Carteira Recomendada de maio da Modalmais e os motivos da seleção.

Confira os principais trechos:

Investing.com Brasil: Como foi feita a seleção das ações que compuseram a Carteira Recomendada de abril da Modalmais?
Leandro Martins: Havia dois papéis muito fortes do ponto de vista gráfico. JBS vinha de grandes altas consecutivas e mostrava o apetite de grandes players e de gestores pelo ativo. Por isso, puxou bem a [alta da] carteira recomendada. E, principalmente BRF, que não só tinha bandeira de alta, mas tinha dois gaps no caminho do seu alvo de movimento e a replicação do mastro, o que traria uma volatilidade positiva no ativo, de fato se concretizando.
Em linhas gerais, meu foco total foi na análise técnica e gráfica, utilizando padrões que abordo em alguns cursos na Apimec. O público pode acompanhar essas análises no programa ao vivo de fechamento no canal da Modal.
Inv.br: As notícias que justificaram a escalada de JBS e BRF estavam em seu radar?
LM: Independentemente de fatos que ocorram, o gráfico mostrava volume de alta da JBS em meses anteriores. Não foi o evento que puxou, mas o movimento de gestores e players. Se não fosse a China, esses papéis já teriam movimentos fortes de subida.
A própria BRF tinha Pedro Parente no comando, justamente o que os melhores players falavam. Mesmo se os resultados não apareceram como esperado, mercado se antecipa. A empresa mostrou replicação na recuperação de preço no movimento de gap. Notícias podem justificar, mas na minha expectativa o gap mostrava alta aos papéis.
Inv.br: Havia duas ações de estatais que sofreram com algum grau de intervencionismo do governo em abril. Qual era a sua projeção sobre estes papéis? Como se proteger desse tipo de risco e, mesmo assim, obter ganhos satisfatórios?
LM: A composição da carteira é restrita em quantidade e é mais agressiva. O bom senso é neutralizar o beta, que é a correlação entre ação e índice. Então, desse ponto de vista, a tendência é escolher uma grande ação como Banco do Brasil (BBAS3), que tem ótima ponderação no índice.
A ação do BB não foi espetacular, mas neutralizou a carteira. Mas a ideia era se os bancos subissem, Banco do Brasil iria junto. A notícia da Petrobras (PETR4) [sobre veto de reajuste do diesel] pode ter impactado um pouco no BB em abril, mas as notícias têm pouco impacto.
Em dois, três dias, as ações voltam ao patamar anterior. Foi o que aconteceu com a Petrobras: o ativo sentiu com a interferência em 12-15 de abril, depois no dia 18, até o movimento de alta no dia 25.
Eu considero que os grandes players seguem critério de seleção que não muda, mas o investidor menor, que é impactado por uma notícia ou outra, mexe com preço momentaneamente, retomando depois.
Notícias impactam, mas grande fluxo que conseguimos monitorar no gráfico é o que fala mais alto. Para montar a carteira, é preciso diversificação. Se vejo volatilidade, coloco papéis conservadores, como bancos e elétricas.
Inv.br: Lojas Renner subiu 7% no mês. O que o gráfico apontava no horizonte do ativo?
LM: Os papéis de consumo e varejo estavam um pouco defasados em fevereiro e março, em abril havia a expectativa de uma retomada. Se colocarmos o gráfico do final de março, Lojas Renner (LREN3) tinha padrão de altista, um padrão envolvente em candlestick. Ela teve uma primeira quinzena mais pesada, mas na segunda parte do mês subiu. De 17 de abril ao fim do mês, o ativo ganhou 15%. Era um setor defasado, sofre um pouco com o nosso PIB, mas já via a possibilidade de retomada.
Lojas Renner era um ativo no setor que gosto dos fundamentos e que graficamente estava interessante. Era uma das ações com maior possibilidade com replicação de alta.
Inv.br: Qual é a carteira de maio, mês que é conhecido por trazer prejuízos aos investidores?
LM: Está cada vez mais famosa a frase “Sell in May and Go away”. No exterior há um sentimento de desfazer a carteira com o início das férias de meio de ano para depois recomprar.
Tem essa expectativa de mês negativo, por isso pensei em ativos de bons fundamentos e com beta mais conservador, nem tão elevado, com volatilidade mais calma. Ambev (ABEV3) está defasada há um tempo, é um ativo mais tranquilo, parado e tem testado resistência. Assim como BB Seguridade (BBSE3), também em uma linha de ativo testando resistência e sem sofrer uma volatilidade tão absurda.
Pão de Açúcar (PCAR4) está interessante, testando resistência, pois está cerca de 10% do seu topo histórico. É um ativo com bom comportamento. Assim como Engie(EGIE3), uma elétrica menos volátil e traz uma defesa à carteira.
Por fim, trago à carteira um ativo com perfil semelhante ao de BRF da carteira de abril, trazendo um beta mais volátil, maior, que tem gap significativo. A Ser Educacional (SEER3) desde a segunda quinzena de março fechou gap de R$ 22. Tem um gap para baixo, pode gerar correção pontual na primeira quinzena, mas reverte e vem forte, estava descansando em R$ 22 desde fim de janeiro.
Todos estes papeis foram avaliados graficamente, iniciando reversão, com boas correções, principalmente pelo timing gráfico.

Fonte:  Investing.com