A construtora e incorporadora Trisul (TRISS3) apresentou números ambíguos em sua prévia operacional do quarto trimestre. Para os pessimistas, o fim do ano foi mais fraco que o terceiro trimestre. Para os otimistas, o resultado geral de 2019 foi de encher os olhos.
As vendas líquidas, por exemplo, subiram 79% no acumulado de 2019, quando se considera apenas a participação da Trisul nos empreendimentos, e alcançaram R$ 1,035 bilhão. Os lançamentos, medidos em Valor Geral de Vendas (VGV), avançaram 74%, para R$ 1,152 bilhão.
O desempenho em número de unidades foi menor, mas não desprezível, com crescimento de 20% nos lançamentos e de 27% nas vendas.
Por outro lado…
O problema, como sempre, é saber o que será mais importante para os analistas. Isto porque, outra comparação mostra uma desaceleração no ritmo da empresa. Em relação ao terceiro trimestre, as vendas líquidas recuaram 14%, embora o número de unidades vendidas tenha crescido 31%. Isso mostra que, na média, a empresa ofereceu os imóveis por um preço menor.
Já o VGV lançado no quarto trimestre foi 15% inferior ao dos meses de julho a setembro, caindo de R$ 338 milhões para R$ 288 milhões. Outro indicador que costuma pautar relatórios de analistas é a velocidade com que os imóveis são negociados, ou Venda sobre Oferta (VSO).
O VSO reforça a sensação de que a Trisul desacelerou no fim de ano. Em número de unidades vendidas, o ritmo foi o mesmo (20% no terceiro e no quarto trimestres). Mas, quando medido em faturamento, o VSO do último quartil do ano foi de 26%, ante 28% no terceiro trimestre.
Agora, cabe aos analistas dizer para que parte dos números preferem olhar. Os relatórios que serão divulgados nos próximos dias sobre os números e, principalmente, a reação das ações da Trisul na B3 (B3SA3) responderão a dúvida.
Fonte: MONEY TIMES
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