quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Primeiro leilão sob novo marco terá jazidas de cobre, níquel e fosfato

Dentro do novo modelo das concessões, proposto pelo novo marco da mineração, reservas de cobre e de níquel em Goiás, de fosfato em Pernambuco e na Paraíba, de caulim no Pará e de ouro em Tocantins estão na lista das primeiras jazidas minerais que devem ser leiloadas pelo governo em 2014.
Reservas de cobre e de níquel em Goiás, de fosfato em Pernambuco e na Paraíba, de caulim no Pará, de ouro em Tocantins e de diamante na Bahia estão na lista das primeiras jazidas minerais com potencial para serem leiloadas pelo governo dentro do novo modelo de concessões em 2014.
Todas essas áreas têm potencial identificado e mapeado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM). "São áreas com depósitos minerais muito bem caracterizados", disse Manoel Barretto, presidente do CPRM, em entrevista ao jornal Valor Econômico.
No novo modelo de concessões, que foi enviado para aprovação do Congresso, o governo propõe que áreas com minerais estratégicos sejam licitadas para a iniciativa privada.
O Ministério de Minas e Energia havia divulgado que existem aproximadamente duas mil áreas com disponibilidade imediata para licitação, mas referia-se basicamente a "sobras" do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), pedaços de terra devolvidos à autarquia pelas mineradoras por falta de viabilidade comercial ou com planos de exploração rejeitados.
As áreas mais promissoras serão mapeadas pelo CPRM, contudo o órgão já tem um estoque pronto. Barretto destacou o potencial de jazidas de caulim nas imediações do rio Capim (PA), de fosfato na região de Miriri (PE e PB), de cobre em Bom Jardim (GO) e de níquel em Santa Fé e em Morro de Engenho (GO).
A carteira também inclui áreas de ouro em Natividade (TO), de diamante em Santo Inácio (BA), de carvão no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina e de zinco, chumbo e cobre em Palmeirópolis (TO).
Ele disse que "pelo menos" cinco dessas áreas poderão ser licitadas em 2014. Uma questão, no entanto, ainda está indefinida e lhe causa dúvidas: quem fará o leilão das jazidas. Isso porque o CPRM, além de ter pesquisado essas áreas, registrou seus direitos minerários.
A estatal não sabe se poderá licitá-los diretamente, ou se terá que cedê-los à nova agência reguladora da mineração, que conforme o projeto de lei do governo, será responsável pelos futuros leilões do setor.
Quem vencer os leilões terá um contrato de concessão válido por 40 anos, com a possibilidade de prorrogá-lo por 20 anos, em períodos sucessivos. Barretto afirmou que as mineradoras ainda terão atividades de pesquisa para desenvolver.
"Os trabalhos que fizemos são dos anos 80. Hoje existe mais tecnologia e se pode aumentar as reservas. Mas o risco é zero", frisou o executivo.
À frente do CPRM, órgão que desempenhará função estratégica no novo marco regulatório da mineração, Barretto reconheceu a necessidade de reforço no caixa da instituição, mas disse ter recebido do governo a garantia de que não faltarão recursos.
Segundo ele, uma das prioridades do CPRM é concluir, no ano que vem, um projeto iniciado em 2004, que é levantamento aerogeofísico de 4 milhões de quilômetros quadrados do território brasileiro formado por rochas cristalinas. Segundo Barreto, esse trabalho permitirá a identificação de indícios de jazidas minerais.

Itaoeste finaliza relatório sobre projeto de tálio na Bahia

A Itaoeste deve enviar em breve, ao DNPM, relatório referente ao seu projeto de tálio, que é parte dos requisitos para obtenção de concessão de lavra. O mineral é considerado raro e esse é o primeiro projeto de tálio na parte ocidental do planeta. Atualmente, os únicos produtores são China e Cazaquistão.
A Itaoeste Serviços e Participações, empresa brasileira com projetos de exploração de vários minérios - manganês, cobalto, ferro, titânio, ouro, cobre e fosfato - está em fase de conclusão de relatório de seu projeto de tálio, na Bahia, que será enviado ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), como parte dos requisitos para obtenção de concessão de lavra. A empresa tem cerca de 200 autorizações de pesquisa junto ao órgão.
Procurada pela NMB, a companhia disse, por meio de sua assessoria, que não concederá entrevistas até que o relatório seja enviado ao DNPM. A data de envio não foi especificada. Ela explicou ainda que o relatório não se trata do Plano de Aproveitamento Econômico.
O projeto trata da exploração de manganês, cobalto e tálio, em Barreiras, na Bahia. A empresa divulgou sua descoberta em fevereiro de 2011. Até então, China e Cazaquistão eram os únicos produtores do metal no mundo. A descoberta foi feita durante pesquisas de manganês iniciadas em 2004.
A descoberta no Brasil é inédita por ser a primeira no mundo associada a manganês e a cobalto em ambiente geológico continental. A região possui reserva total de tálio metálico de mais de 60 mil quilos, podendo abastecer o mundo todo por aproximadamente seis anos, tendo como base o consumo atual de 10 milhões de gramas por ano. Em 2010, o grama do tálio foi cotado a US$ 6.
O tálio é utilizado na medicina, onde é considerado um radiofármaco de maior qualidade, usado como contraste para geração de imagens cardiovasculares. É utilizado, também, como material termoelétrico e supercondutor em alta temperatura.
Segundo a empresa, os resultados, informados ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), correspondem a apenas 2% de uma área de 44 mil hectares, ainda em pesquisa pela empresa.
De acordo com informações fornecidas pela empresa, estudos na área confirmam a continuidade do minério, além das expectativas de manganês e cobalto.
Na segunda semana de fevereiro deste ano, um grupo de executivos russos visitaram a Bahia, com intuito de conversar com o governador do estado, Jaques Wagner, para tratar de assuntos referentes a produção de tálio, escândio e lítio, que são utilizados na construção de aeronaves, baterias de telefones celulares, entre outros.
Atualmente a China reduziu as exportações de tálio e a principal concorrência do Brasil atualmente será o Cazaquistão. O tálio é um dos poucos minerais que não teve seu preço desvalorizado devido a crise de 2009, que causou a queda dos preços de vários minerais.

O setor de mineração está entre as sete áreas mais promissoras da economia baiana

O setor de mineração está entre as sete áreas mais promissoras da economia baiana, para os próximos anos. Pelo menos R$ 7 bilhões devem ser investidos no setor mineral do estado.
A mineração na Bahia aparece na lista das sete áreas mais promissoras, tanto para investimentos já anunciados, como em oportunidades para a abertura de novos negócios. O estado prevê investimentos de, pelo menos, R$ 7 bilhões nos próximos anos.

Projeto de vanádio da Largo em Maracás (BA)Entre os principais produtos da pauta mineral está o minério de ferro, que será explorado pela Bahia Mineração, em Caetité; a bauxita, na região de Jaguaquara, pela Alcan; o vanádio, pela Largo Resources; e o tálio.

As outras áreas em expansão são o agronegócio, a energia, a indústria naval, de óleo e de gás, o turismo, a tecnologia da informação e a transformação plástica.

O tema foi abordado, na sexta-feira (9), durante o Fórum Oportunidades de Investimentos na Bahia, promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais da Bahia (Lide) e pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), na sede da Fieb.

No entanto, para que os investimentos se concretizem, é necessário que obras de infraestrutura como a Ferrovia Oeste-leste (Fiol) e o Porto Sul, próximo a Ilhéus, saiam do papel mais rapidamente. Dessas obras depende, por exemplo, a ampliação dos investimentos do setor agrícola e da indústria mineradora.

“A área da infraestrutura e logística é preocupante, temos que melhorar bastante. Precisamos melhorar o Porto de Aratu, construir o Porto Sul e resolver a construção da Fiol”, cobrou o presidente da Fieb, José de Freitas Mascarenhas, de acordo com informações divulgadas pelo Correio da Bahia.

Entre as áreas mais promissoras e geradoras de oportunidades de negócios está o setor agrícola. Empresário do ramo e presidente da Associação Comercial de Matão, o palestrante Augusto Coelho destacou que a Bahia tem um potencial de crescimento em seus três principais eixos agrícolas: a agroindústria dos grãos no Oeste do estado, o polo fruticultor do Vale do São Francisco e a indústria de base florestal, predominante no Sul, mas em expansão em outras regiões.

“O agronegócio para a Bahia é um dos setores em que temos um grande potencial de crescimento. De 2003 a 2013, enquanto a área plantada cresceu 257%, a produção aumentou 378%. Ainda tem um terço para explorar. Em 10 anos, a produção agrícola tem potencial para dobrar”, explicou Augusto Coelho.

Outra área em franca expansão é a produção de energia. “O setor eólico está se expandindo muito, porque a Bahia tem os melhores ventos do Brasil e do mundo. Mas o setor de energia solar também é uma grande promessa”, afirmou Ney Maron, diretor de Sustentabilidade e Comunicação da Renova Energia, empresa que atua no setor.

“Só na Renova Energia, já temos projetos que ampliam em 12 vezes o que produzimos em energia eólica no estado. Os principais vetores de crescimento são o Semiárido e o Sudoeste do estado, além da Chapada Diamantina”, afirmou. Com 14 parques eólicos prontos e outros 15 em construção, a empresa pretende ampliar esse número para 300.

A instalação de empresas fornecedoras de equipamentos para o setor em Camaçari, como a Alstom e a Tecsys, também gera novas oportunidades.

A expansão dos negócios da Petrobras, com a descoberta do pré-sal, e a chegada de novas empresas do setor de óleo e gás ampliam as oportunidades no estado, sobretudo para empresas fornecedoras de equipamentos para a indústria e prestadores de serviços.

Cerca de R$ 4 bilhões estão previstos para a exploração de petróleo nas bacias de Tucano Sul, do Recôncavo e do São Francisco. Outro vetor de oportunidades é a indústria naval, sobretudo para a construção de navios para a exploração do pré-sal, com a construção do Estaleiro Enseadas do Paraguaçu (EEP), em Maragogipe, com investimentos de R$ 2,6 bilhões.

O turismo, a Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e a indústria de transformação plástica são as outras três promessas.

Dilma não abre mão de licitação de minério; Anglo American aumenta produção de níquel

Dilma não abre mão de licitação de minério; Anglo American aumenta produção de níquel;Condicionantes para Raposa Serra do Sol não valem para outras reservas; Brasil continua entre as maiores compradoras de fertilizantes.
Dilma não abre mão de licitação de minério

Presidente Dilma Rousseff, durante visita à Belo HorizonteA presidente Dilma Rousseff, por meio dos representantes da Advocacia-Geral da União (AGU), afirmou que não abre mão, em hipótese alguma, de exigir licitação para todas as outorgas de jazidas de minério de ferro, nióbio, cobre, ouro, manganês e magnesita. As informações são do colunista Felipe Patury, da revista Época. A medida é um dos pontos polêmicos do novo Código de Mineração, que está em discussão no Congresso Nacional. Já as empresas de pesquisa mineral são contrárias às licitações e defendem que a regra atual, onde prospecta quem registra primeiro o pedido de pesquisa no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), seja mantida.

Anglo American aumenta produção de níquel

A multinacional Anglo American produziu 9,5 mil toneladas de níquel no terceiro trimestre, 6% a mais que no mesmo período do ano passado. O relatório, divulgado pela companhia, é referente ao terceiro trimestre de 2013. Na planta industrial da companhia em Barro Alto (GO), houve um aumento de 51% na produção de níquel, alcançando a marca de 7,1 mil toneladas. Considerada uma das maiorias companhias de mineração do mundo, a Anglo atua no Brasil desde 1973 com foco em minério de ferro, nióbio, níquel e fosfato.

Condicionantes para Raposa Serra do Sol não valem para outras reservas

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, ontem, que as condicionantes para demarcação de terras indígenas na Raposa Serra do Sol, em Roraima, não valem para outras reservas. Segundo informações do site Pioneiro, a Corte analisou sete recursos apresentados no processo por índios, Ministério Público, produtores rurais e governo do estado. A determinação, feita pela mais alta corte do Brasil, pode guiar outros julgamentos sobre o assunto.

Brasil continua entre as maiores compradoras de fertilizantes

Agricultores brasileiros, ao lado de chineses e indianos, continuam comprando grandes quantidades de nutrientes, como potássio e fosfato, em preparação para as plantações. Na América do Norte, uma pausa na compra no início do trimestre e uma cultura tardia resultou em vendas abaixo do recorde alcançado em 2012. Como resultado da baixa demanda de potássio por alguns países, as ações da Potash Corporation of Saskatchewan tiveram queda considerável, em comparação com o ano anterior. O ganho, de US$ 645 milhões, no terceiro trimestre do ano de 2012, caiu para US$ 356 milhões, no mesmo período deste ano.

Kinross não descarta desinvestimentos

Durante conferência para divulgação dos resultados financeiros do trimestre, o CEO da Kinross Paul Rollinson afirmou que a empresa não vai se prender a ativos que não sejam essenciais. No trimestre, apesar da pequena diminuição dos lucros, a Kinross apresentou ganhos maiores. A produção em Paracatu (MG) representou 18% da produção mundial total.
“A Kinross não tem receio de vender ativos que não sejam essenciais” afirmou Paul Rollinson, CEO da Kinross, durante conferência para apresentação dos resultados financeiros do primeiro trimestre do ano.
Contudo, ele afirma que fusões, aquisições, vendas e ativos não estão no topo das prioridades da empresa.
No trimestre a empresa registrou ganhos de US$ 1,058 bilhão, em comparação aos US$ 1,005 bilhão arrecadados no primeiro trimestre de 2012. Excluindo-se mudanças de impostos no último trimestre e outras mudanças, o lucro líquido ajustado foi de US$ 170,5 milhões, uma queda em relação aos US$ 196 milhões registrados no ano anterior.
A produção de ouro de projetos em operação aumentou 10%, para 648.897 onças, impulsionado pelo aumento de produção em suas operações na mina Tasiast, na Mauritânia, e na mina Fort Knox, no Alasca.
As operações em Paracatu, Minas Gerais, tiveram produção de 119.891 onças de ouro, o equivalente a cerca de 18% da produção mundial da empresa. O valor é um pouco maior do que a produção de 104.618 onças de ouro registrada nos primeiros três meses do ano. Em relação ao último trimestre de 2012, a produção foi menor, devido a esperada queda na qualidade do minério que alimentou as plantas, especialmente a Planta 2. A empresa espera que Paracatu atinja a produção prevista para o ano.
A produção na Tasiast foi de cerca de 62.757 onças de ouro no trimestre, um aumento significativo em relação as 37.634 onças produzidas no mesmo período de 2012. A Kinross está refazendo plano de expansão do projeto, para a diminuição do risco e de custo de capital.
O custo de produção por onça de ouro equivalente foi de US$ 729 no primeiro trimestre do ano, em comparação aos US$ 738 no mesmo período do ano passado.
Em comunicado, a Kinross informou que espera atingir a meta de produção para 2013, que é de 2,4-2,6 milhões de onças equivalente de ouro, com custos de produção entre US$ 740 a US$ 790, custos all in de US$ 1.100 a US$ 1.200 por onça deouro vendida e despesas de capital de US$ 1,6 milhão.