segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

New Horizon: descobridor do Planeta Plutão está chegando ao planeta após a sua morte

New Horizon: descobridor do Planeta Plutão está chegando ao planeta após a sua morte


O Astrônomo Clyde Tomaugh, entre outras coisas descobriu o Planeta Plutão, em 1930. O americano foi o primeira pessoa a identificar um objeto espacial no Cinturão de Kuiper: o pequeno planeta Plutão. Ele também descobriu vários asteroides como o 1604 Tombaugh que recebeu o seu nome.

Tombaugh morreu em 1997.

A sua descoberta de Plutão marcou uma época.

Ele usava um observatório de 13 polegadas quando percebeu que existia um objeto que se movia próximo ao local predito pelo Astrônomo Percival Lowell. Lowell predisse a existência de um planeta, chamado na época de Planeta X, localizado em uma órbita após Netuno
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Plutão, situado a 5,8 bilhões de quilômetros da Terra, é o menor “planeta” do sistema solar e, hoje, perdeu o título de planeta:ele é denominado um “planeta anão”. Plutão tem um diâmetro de 2.300 quilômetros, sendo um pouco menor do que a Lua.

Para estudar o mais longínquo planeta anão do sistema solar foi lançada, em 2006, a nave New Horizon, mais uma missão da NASA. O objetivo da New Horizon é estudar os limites do sistema solar e, logicamente, Plutão e suas cinco luas.

Como você deve ter adivinhado a New Horizon leva consigo as cinzas do seu descobridor o Astrônomo Clyde Tombaugh. Antes de morrer Tombaugh pediu que suas cinzas fossem jogadas ao espaço.

New Horizon

Após 9 anos de viagem a New Horizon se aproxima de Plutão. A sonda saiu da hibernação e, hoje ela começa a sua histórica missão de tirar as primeiras fotografias de Plutão.

Nesta fase inicial as fotos ainda serão de pouca definição, pois a sonda ainda está há mais de 160 milhões de quilômetros de Plutão.

A sonda carrega, também, um espectrômetro e um telescópio de alta resolução que irão não só fotografar mas, também, analisar a composição do planeta anão, suas luas e as partículas encontradas no espaço.

O ápice da viagem vai ocorrer em julho de 2015 quando a New Horizon vai voar apenas 12.000 quilômetros de Charon a maior lua de Plutão. Charon é um enigma, quase do tamanho de Plutão.

Os próximos meses serão muito interessantes no Cinturão de Kuiper.


sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Petrobras: o preço da corrupção

Petrobras: o preço da corrupção


Depois de negar veementemente as acusações de corrupção em suas transações a Petrobras, forçada pelas circunstâncias, capitula e confessa.

A corrupção instalada no seu meio vai custar aos acionistas o equivalente a dez bilhões de reais.

Este é o número publicado pelo O Globo que reflete a auditoria feita na estatal.

Auditoria, aliás, forçada pela recusa da PriceWaterhouseCoopers em assinar os balanços, o que causou inúmeros prejuízos e embaraços à nossa estatal, que ainda tem que responder aos acionistas estrangeiros que agora já poderão quantificar os seus prejuízos.

São considerados, nestes dez bilhões os casos Abreu e Lima, Comperj, Repar, Replan, Henrique Lage e do gasoduto Urucu-Manaus e Cabiúnas.

Ou seja, ainda existem vários casos já denunciados que não foram considerados e que, com certeza irão subtrair, mais ainda, o dinheiro público.

Estas perdas financeiras podem aparecer no balanço do terceiro trimestre que ainda não foi publicado. É um prejuízo considerável em uma empresa que está mergulhada na maior dívida do mundo e que tem um valor de mercado em queda, atingindo hoje US$123,4 bilhões.

Apesar da péssima notícia as ações da Petrobras sobem mais do que 5%.

O motivo é que o mercado já havia precificado o prejuízo e, agora, espera uma menor ingerência do Governo Dilma na Petrobras.

 Será?

China: o gigante está vivo. A capacidade de refino do país cresceu 5,3% em 2014

China: o gigante está vivo. A capacidade de refino do país cresceu 5,3% em 2014




A China continua expandindo.

Em 2014 ela refinou 502,77 milhões de toneladas de petróleo produzindo estonteantes 15,54 milhões de barris por dia, quase seis vezes mais do que a produção brasileira.

Esta produção é recorde e mostra que a desaceleração tão propalada não pode ser assim tão grave, já que este é o maior aumento de capacidade em 5 anos.

No período as importações cresceram 9,5% atingindo 6,19 milhões de barris ao dia.

A produção de gás natural também está em alta, crescendo 6,9%  em 2014, quando atingiu 123,4 bilhões de metros cúbicos, mais do que seis vezes a produção brasileira anual.

A Pedra do Chapéu do Sol

A Pedra do Chapéu do Sol
As fotos abaixo mostram a beleza de um fenômeno natural e ímpar que é a Pedra do Chapéu do Sol (visada para leste).
Pedra do Chapéu do Sol
 
Se você mora nas imediações de Brasília e ainda não conhece a Pedra do Chapéu do Sol não perca a oportunidade. Planeje um dia para ver esta maravilha da natureza. Um bloco gigantesco de quartzito com 1,2 bilhões de anos e mais de 347 toneladas, equilibrado em um minúsculo ponto de apoio.
No final do ano o Portal do Geólogo foi a Cristalina, onde fica localizada a Pedra do Chapéu do Sol, para ver e entender a sua real relevância.
Assim como você ficará extasiado, nós também ficamos.
Localização Pedra do Chapéu do Sol
 
A Localização
A Pedra do Chapéu do Sol está localizada a norte de Cristalina e você vai ter que dirigir apenas 6km em estrada não asfaltada de boa qualidade. É muito fácil visitá-la.
Para quem vem de Brasília é só medir 2km a partir do trevo de Unaí, um pouco antes de Cristalina, que irá encontrar a estrada de acesso a esquerda ao lado do Posto Petrobras. A partir deste ponto percorra 2km até desvio a direita e mais 3km onde existirá uma pequena estrada, também a direita (sinalizada). Percorra mais 850 metros até a Pedra do Chapéu do Sol.
Ou, se preferir, coloque no seu GPS as coordenadas O Domo de Cristalina
 
A Pedra do Chapéu do Sol é um quartzito, rocha formada por areia de praias de um mar raso. A unidade pertence ao Grupo Paranoá e tem idade Mesoproterozóica, entre 1,0 a 1,5 bilhões de anos.
A região se caracteriza por estar dentro de um domo estrutural de grandes proporções onde as rochas sedimentares do Paranoá foram elevadas e arqueadas criando uma bela estrutura circular: o Domo de Cristalina.
Este evento criou uma zona de alívio de tensão que propiciou uma forte atividade hidrotermal, responsável pelas inúmeras minas e ocorrências de cristais de quartzo, o que dá o nome da cidade. A altitude geral do domo é em torno de 1.200 metros.
A Pedra do Chapéu do Sol está localizada na porção nordeste da região central do Domo de Cristalina.
Domo de Cristalina

A rocha tem o seu eixo principal alinhado na direção aproximada Norte-Sul e uma inclinação de 10% para sul.
Vista de N para S
A foto acima, visando o oeste, mostra a rocha em seu equilíbrio precário, sustentada em um quartzito fraturado com apenas 1 metro de ponto de apoio como pode ser visto nas fotos a seguir.
Existem muitos blocos de rocha em equilíbrio precário como a Pedra do Chapéu do Sol, mas poucos tem as dimensões e as características deste, o que o torna um dos mais importantes monumentos naturais do Estado de Goiás.
16°44'26.06"S e   47°34'12.26"O e navegue até ela.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Elk Creek, o mais novo depósito de nióbio está na reta final

Elk Creek, o mais novo depósito de nióbio está na reta final

O jazimento de nióbio de Elk Creek, no Nebraska, será a nova ameaça à supremacia brasileira.
A jazida de Elk Creek (veja o mapa geofísico acima, gravimetria a esquerda e mag a direita), está associada a uma intrusiva carbonatítica de 8km de diâmetro coberta por 200 metros de sedimentos. A única forma de descobrir esse jazimento é por meios indiretos como a gravimetria e a magnetometria.
É esta jazida, que está entrando,em breve em produção, que será a mais nova competidora das gigantes brasileiras de Araxá e Catalão.
As jazidas da CBMM em Araxá são as maiores e melhores jazidas de nióbio do mundo. Somente a CBMM fornece 85% de toda a demanda mundial de nióbio.
O nióbio é um elemento importante e estratégico, que, mesmo em pequenas quantidades, aumenta as propriedades mecânicas do aço e que pode produzir as chamadas “super-ligas” usadas na indústria aeroespacial e nas usinas nucleares.
As principais jazidas brasileiras são:
  • Catalão (Anglo American Bozzano Simonsen): com 3,95Mt a 0.8% Nb2O5 na jazida VII e  com 2,4Mt a 1,5% de Nb2O5 na mina BV.
  • Araxá (CBMM – Moreira Sales e Molycorp) com 168,2Mt a 1,87% de Nb2O5
Ao todo o Brasil tem 175Mt a 1,84% de Nb2O5 o que é muito superior aos demais projetos mundiais como os do Canadá e o dos Estados Unidos (ELK ). O depósito de nióbio e titânio de Seis Lagos não tem investimento sufic
Elk Creek, o mais novo depósito de nióbio está na reta final

Elk Creek, quando comparado com os jazimentos brasileiros , é razoavelmente modesto.
Em janeiro  a Niocorp publicou um relatório NI 43-101 com uma reserva indicada de 28.2 Mt @ 0.63% Nb2O5 e uma reserva inferida de 132,8Mt @ 0,55% Nb2O5.
Isto faz de Elk Creek um competidor sério para o mercado americano e europeu.
A alemã ThyssenKrupp já assinou um offtake com a Niocorp para a compra antecipada de 3.750t de ferro-nióbio por ano, o que corresponde a 50% de toda a produção projetada da Niocorp.
Esta compra equivale a 4% do consumo mundial. O que significa que as brasileiras já estão perdendo mercado com a entrada de Elk Creek.
A competição de Elk Creek só ocorre por razões obviamente geopolíticas.
Uma mina com teores baixos (0,55% Nb2O5), custos operacionais muito elevados, de uma lavra subterrânea, que tem que lidar com 200m de cobertura, nunca poderá produzir um nióbio a preço mais competitivo que o nióbio brasileiro onde essas condições adversas não existem.
  
iente para que suas reservas possam ser certificadas e, portanto, não estão sendo incluídos neste cálculo.
Pois é contra essa potência que a americana Niocorp, a dona de Elk Creek, quer competir.