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sábado, 12 de março de 2016
O QUADRILÁTERO FERRÍFERO - MG, BRASIL:
O QUADRILÁTERO FERRÍFERO - MG, BRASIL: ASPECTOS SOBRE
SUA HISTÓRIA, SEUS RECURSOS MINERAIS E PROBLEMAS
AMBIENTAIS RELACIONADOS.
Hubert Matthias Peter Roeser1
; Patricia Angelika Roeser2
.
RESUMO
O fundador da Escola de Minas de Ouro Preto, o mineralogista Francês Claude Henrique Gorceix, definiu certa
vez o estado de Minas Gerais como aquele com o peito de aço e o coração de ouro. Essa comparação vale em
especial para o Quadrilátero Ferrífero (QF), uma região clássica da geologia e da mineração brasileira, que se
estende entre as cidades de Belo Horizonte (NW), Itabira (NE), Ouro Preto (SE) e Congonhas (SW). Ocorrem
aqui jazidas de ferro (Fe), manganês (Mn), ouro (Au), bauxita e pedras preciosas, como topázio e esmeralda.
A área foi descoberta pelos bandeirantes no final do século XVII quando buscavam pela esmeralda, raridade
sobre a qual circulavam na época colonial os boatos mais insanos. Entretanto, eles encontraram o ouro, e este
era preto, motivo pelo qual a localidade do descobrimento passou a ser chamada de Ouro Preto. Os primeiros
achados do metal nobre em torno de 1693 levaram a uma verdadeira febre aurífera. Houve naquele tempo
uma migração enorme em direção às montanhas ao redor desse lugar, denominado inicialmente Villa Rica.
E essa migração trouxe todos os seus aspectos positivos e negativos. Assim, antigas crônicas mencionam
que no norte do país monastérios inteiros eram despovoados, porque também os monges foram atraídos
pelo novo Eldorado. A procura dos aventureiros pelo metal nobre foi tão grande que a superpopulação da
área causou em 1701 uma enorme emergência de fome, que suprimiu grande parte da população. Muitos
morreram com os bolsos cheios de ouro, mas não havia nada comestível que pudesse ser adquiridos com seus
tesouros. Uma vez que as ocorrências mais produtivas nos aluviões e sedimentos do rio do Carmo foram
exploradas rapidamente, a febre aurífera chegou a um fim já após aproximadamente quarenta anos. Somente
muito mais tarde surgiu na região a exploração subterrânea organizada do ouro. Como conseqüência a região
em torno de Ouro Preto perdeu muito de sua importância econômica, ainda assim a cidade permaneceu por
muito tempo o centro administrativo de Minas e posteriormente foi promovida à capital do Estado. Com o
reconhecimento geológico e a exploração das enormes ocorrências do minério de ferro na área do QF após a
segunda guerra mundial, Minas Gerais viveu um renascimento econômico e transformou-se num dos estados
mais ricos do Brasil. Ouro Preto com seu centro histórico bem conservado, suas igrejas barrocas ricas em
ouro e obras de arte, seus museus, entre eles o bem conhecido museu mineralógico da Escola de Minas, e
outros monumentos e aspectos interessantes se transformou em uma jóia turística nacional.
Esmeralda - MG
Esmeralda
É um aspecto curioso da história do Brasil, que o
mineral, no século XVII responsável pela exploração
do interior do país, tenha sido encontrado como um
dos últimos minerais preciosos, somente em 1913
na Bahia. A descoberta de esmeraldas na Fazenda
Belmont, próximo a Itabira, no nordeste do QF, no
ano de 1978, abriu o ciclo da esmeralda“ também para
o estado de Minas Gerais. Conta-se até hoje a história
de um operário da linha férrea Minas-Espírito Santo,
que cansado de buscar a água para beber longe de seu
posto, decidiu furar seu próprio poço e desse modo se
encontraram as primeiras esmeraldas das Minas Gerais.
Existem outras versões em relação à descoberta das
primeiras esmeraldas no estado, mas todas concordam
que a pessoa que encontrou as primeiras pedras era um
“leigo” em assuntos mineralógicos.
Porém, as últimas grandes descobertas deste
mineral, como p.e. aquelas da mina Rocha na região
de Itabira, devem a sua descoberta pela primeira vez às
investigações geocientíficas sistemáticas.
Sabe-se que a gênese da esmeralda requer um
“acidente geológico” por assim dizer, i.e. o encontro
dos elementos cromo (Cr) e berílio (Be). Geralmente os
dois não ocorrem conjuntos na natureza, sendo cromo
um elemento ligado a rochas ultramáficas do manto
e o berílio um elemento litófilo presente em rochas
ácidas crustais. No nordeste do QF unidades de rochas
meta-vulcânicas fazem contato com xistos ultramáficos,
permitindo assim a formação da esmeralda.
Uma característica das esmeraldas da área de
Itabira é a dominância de inclusões fluidas sobre os
componentes minerais. Nas ocorrências da mina Rocha
foi observada pela primeira vez uma característica
eventualmente diagnóstica, um zoneamento de cor em
formato de dentes de tubarão.
Topázio imperial
Topázio
As ocorrências de topázio no QF são limitadas ao
município de Ouro Preto. Elas encontram-se tanto ao
Norte como ao Sul da anticlinal de Mariana. Geralmente
relacionadas com mármores calcíticos ou dolomíticos,
elas se apresentam em veios que possuem de alguns cm até
dm em zonas de desdobramento. Tais zonas estão muito
provavelmente relacionadas com um magmatismo rico
em sílica conectado com eventos tectônicos terciáriocretáceos.
Tanto as rochas vulcânicas primárias como
as rochas metassedimentares, geradores dos topázios,
se apresentam hoje intensamente intemperisadas.
Os minerais quartzo, hematita, xenotima e topázio
resistiram aos processos de alteração, permitindo que se
realize nos dias atuais a lavagem das pedras preciosas
dos solos.
O topázio de Ouro Preto apresenta-se geralmente
em cristais prismáticos. Cristais de terminação dupla
entretanto são muito raros. A cor tipicamente amarela
que pode variar até o vinho-vermelho, já foi objetivo
de numerosas investigações. Alguns trabalhos explicam
a coloração como resultado de centro de cores em
conexão com íons de cromo. Outros discutem teores
de ferro e outros elementos cromóforos como vanádio,
germânio e titânio. Mas uma indicação inequívoca falta
até hoje.
Dentre as minas produtoras de topázio, que atuam
paralelamente aos garimpos, estão a Vermelhão no
bairro de Saramenha e a mina de Capão em Rodrigo
Silva. A história da última é muito interessante. Três
graduados da Escola de Minas da UFOP estudaram no
começo da década de setenta do último século o relatório
de viagem do cientista natural inglês MAWE de 1812.
Seguindo em campo os detalhes descritos no relato
encontraram a ocorrência de topázio no mencionado
distrito ouropretano onde se fundou posteriormente a
mina de Capão. Ela retira aproximadamente 400 m3
de material por dia do qual se ganha cerca de 40 g de
topázio lapidável. As reservas calculadas da mina de Capão estimam-se uma produção futura para mais do
que dez anos.
As maiores peças encontradas até hoje são um
topázio imperial de Rodrigo Silva, que pesou 504g e
provavelmente é assim o maior topázio desta área. Em
Antônio Pereira foi encontrado um topázio de 180g e
13 cm de comprimento, que hoje se encontra no museu
mineralógico da Escola de Minas da UFOP. Há cerca
de quinze anos outra peça de 150g foi encontrada no
distrito de Antônio Pereira.
Conhecendo-se a história do mineral topázio na
área de Ouro Preto, em especial os altos e baixos
de sua produção, pode-se dizer que a última palavra
relacionada ao mineral ainda não foi dita. Os solos e
montanhas em torno de Ouro Preto reservam certamente
ainda muitas surpresas em relação ao topázio.
O coração de ouro das Minas Gerais
Ouro
O coração de ouro das Minas Gerais mencionado
por Henrique Gorceix deve ser considerado bem
maior do que o peito de ferro, pois suas ocorrências
são regionalmente muito mais distribuídas do que o
ferro, indo além do QF. Na forma de ouro aluvional é
lavrado ainda longe de suas ocorrências primárias nos
corpos rochosos, distantes até mais de cem quilômetros
fora do QF.
Do ouro primário (nas rochas) podemos diferenciar
dois tipos. Ouro ocorre nas rochas quartzo-carbonáticas
xistosas do supergrupo Rio das Velhas em paragênes
clássicas com sulfetos de ferro (Pirita, FeS2
), cobre
(calcopirita, CuFeS2
) e arsênio (arsenopirita, FeAsS).
Além disso, o ouro encontra-se em zonas de falhamentos
dentro dos itabiritos do supergrupo Minas. Aqui o ouro
foi mobilizado de unidades inferiores (supergrupo
Rio das Velhas), transportado na forma de complexos
de cloro e reduzido nas camadas ricas em ferro a
ouro elementar. Processos similares mobilizaram e
transportaram de rochas básicas e ultrabásicas mais
profundas o paládio. Encontrando-se ouro e paládio sob
tais condições, pode se formar a mencionada porpezita
(AuPd), típica para essa região.
Uma particularidade das pepitas de ouro existentes
nos sedimentos de corrente dos corpos hídricos que
atravessam Ouro Preto, era a sua coloração negra, que deu nome à cidade, inicialmente
chamada Villa Rica do Albuquerque. Uma discussão
detalhada sobre essa cor já existe na literatura.
Menciona-se aqui somente que esta coloração não está
relacionada ao paládio.
Um grupo de pesquisa da UFOP em cooperação
com colegas da Universidade de Mainz na Alemanha
já demonstrou em 1985 através de análises com
microsonda, que os grãos do ouro preto devem sua cor
a finas películas de óxido férrico que envolve as pepitas.
Isso não surpreende, pois a maioria dos rios no QF
possui hematita, goethita e magnetita abundantes, de
maneira que materiais sendo transportados em corpos
hídricos com tal composição sedimentar, ao longo do
tempo desenvolvem esta camada escura de oxidação.
Atividades Extrativistas no Vale do Jequitinhonha
O presente trabalho tem como objetivo fazer uma análise sobre o histórico do extrativismo mineral no Vale do Jequitinhonha. Levando em considerações a pesquisa realizada sobre o passado da extração de ouro e diamante e o futuro através da extração do minério de ferro.
2.Discussão teórica 2.1 Século XVII- O Início da Colonização do Vale do Jequitinhonha
A história que registra a luta pela conquista do Vale do Jequitinhonha começou em 1550. Em meados do Século XVI, as primeiras expedições financiadas e organizadas pelo governo português, conhecidas como entradas atingiram o Vale do Jequitinhonha. As entradas partiam de um ponto no litoral e tinham como objetivos aprisionar índios, explorar o interior e procurar pedras e metais preciosos no Brasil.
As entradas foram ordenadas pelas autoridades coloniais e enviadas à procura de pedras e metais preciosos, que não foram encontrados.Elas abriram os caminhos que, no século seguinte foram ampliadas pelas bandeiras. Estas, saídas em especial de São Paulo, eram de iniciativa particular e tinham como objectivo primordial a caça de índios, mão-de-obra mais barata que a dos negros, para trabalharem nas fazendas. O Alto Jequitinhonha continha muito ouro e diamantes, que despertaram a atenção dos Bandeirantes paulistas e dos reis de Portugal. Com isso intensificaram as Entradas e as Bandeiras. As expedições de bandeirantes organizadas por particulares eram conhecidas como Bandeiras. As organizadas pelo governo eram conhecidas como Entradas.
Os bandeirantes penetraram no território brasileiro, procurando índios para aprisionar e jazidas de ouro e diamantes. Foram os bandeirantes que encontraram as primeiras minas de ouro nas regiões de Minas Gerais. Quando os primeiros exploradores chegaram ao Brasil, o maior objeto de desejo era o ouro. Mas somente depois de um século é que foi achado o tão sonhado ouro, por bandeirantes paulistas. A expedição de Francisco Bruza Espinosa (1553/1554), acompanhada do jesuíta padre Aspilcueta Navarro, foi a primeira a penetrar nas terras do Jequitinhonha. A entrada de Espinosa-Navarro, acompanhando o Rio Jequitinhonha, chegou à Serra do Espinhaço, na região do Serro, Diamantina e Minas Novas, alcançando também a foz do Rio, no município de Belmonte. Outra expedição, a de Sebastião Fernandes Tourinho (1573), encorajada pelas notícias das potencialidades do solo e da existência de jazidas de esmeraldas, partiu em busca de minerais, passando pelo rio Araçuaí. Tourinho recolheu turmalinas, crisólitas, safiras, topázios, berilos e águas marinhas. No ano seguinte, a expedição de Antônio Dias Adorno subiu o Rio Jequitinhonha e no solo do vale do Araçuaí colheu pedras e minérios que revelavam a existência de metais preciosos.
A primeira descoberta de ouro, no final do século XVII, processou-se na cidade do Serro, atraindo multidões de garimpeiros. Em 1725 foi instalada a Casa de Fundição do Ouro, para a cobrança do quinto, e o Serro passou a receber toda a produção de ouro do norte de Minas. Nas regiões próximas, como Diamantina, Minas Novas, Grão Mogol e em outras áreas foram instalados os primeiros núcleos de mineiros. A partir daí então, se deu a formação de vilas, povoados e pequenas cidades do Vale do Jequitinhonha.
Fonte: Revista Nossa História – dezembro 2003. Lavagem de diamantes no arraial de Curralinho, litografia de Rugendas feitores calçados e bem vestidos, negros seminus e com os pés na água: nas minas, a rígida hierarquia da sociedade escravocrata.
2.2 O Extrativismo É a atividade de coleta de produtos naturais, sejam estes produtos de origem vegetal, animal, ou mineral. Esses produtos podem ser cultivados para fim comerciais, industriais e para subsistência, e ela é a atividade mais antiga desenvolvida pelo ser humano. É considerada a mais antiga atividade humana, antecedendo a agricultura, a pecuária e a indústria.
2.3 Extrativismo vegetal
É um processo de exploração dos recursos vegetais nativos (ou seja, naturais de um lugar), onde as pessoas apenas coleta ou apanha os produtos que vai encontrando em uma determinada região. Não é um processo que produz muito, porque a pessoa tem que vagar pela mata ou campo à procura do seu objetivo: madeira, borrachas, ceras, fibras, frutos, nozes, produtos medicinais entre outros.
No vale do Jequitinhonha o extrativismo vegetal mais ocorrente é o das sempre-vivas que são especialmente abundantes ao longo da cadeia do Espinhaço, notadamente em Minas Gerais, mas também ocorrem na Bahia e nos cerrados de Goiás e Pará. Apesar de serem coletadas e comercializadas em todos esses Estados, Minas Gerais, especialmente o município de Diamantina, ao Norte do Estado, destaca-se como o maior pólo de comercialização de Sempre-vivas no Brasil, tanto por razões históricas, como também em função da enorme diversidade de espécies Sempre-vivas que ocorrem na região. De fato, Diamantina é considerado o centro da diversidade dessas espécies no mundo e as principais famílias botânicas dessas plantas são: Eriocaulaceae, Xyridaceae e Cyperaceae; a coleta e comercialização de Sempre-vivas iniciaram-se na cidade por volta de 1930.
Desde o início, esta atividade esteve associada à subsistência dos moradores de pequenos distritos e povoados da região que tinham no garimpo sua principal fonte de renda. Com o passar dos anos e a diminuição dos veios de pedras preciosas e semipreciosas, o extrativismo vegetal passou a ser a principal fonte de renda em muitas dessas comunidades, no entanto, esse aumento na importância do extrativismo ao longo desses 70 anos de atividade tem contribuído para o esgotamento da produção dos campos nativos de Sempre-vivas; a ponto de se encontrarem criticamente ameaçadas algumas das espécies de maior valor comercial.
2.4 Extrativismo animal
No passado, para conseguir parte de seus alimentos, os seres humanos praticavam a pesca e a caça de animais, atualmente existem técnicas mais desenvolvidas para a pesca comercial, apesar da pesca artesanal e a esportiva serem praticadas de modo tradicional. No Vale do Jequitinhonha por muito tempo a pesca no Rio Jequitinhonha foi praticada, mas hoje em dia com a construção de barragens e também devido a pesca predatória, a atividade pesqueira não acontece com tanto êxito.
2.5 Extrativismo mineral
Extrativismo mineral tem por característica e alteração drástica do ambiente onde é promovido, esse tipo de extrativismo tem por fim o uso direto ou indireto. Ele é direto quando, como no caso da água mineral, o produto mineral extraído é utilizado em sua forma natural. É considerado indireto, que é o caso da maioria dos minerais, quando o produto extraído é destinado a indústrias para passar por transformações que darão origens a produtos com maior valor agregado, a tecnologia de extração também pode variar entre simples e mais complexa. Minas Gerais é considerado um dos estados de maior riqueza mineral, e com grande destaque para o Vale do Jequitinhonha que é reconhecido por sua diversidade de gemas.
As gemas mineiras são conhecidas por sua diversidade, valor, beleza e qualidade. Além de ser o único produtor brasileiro de diamantes, o estado tem uma infinidade de crisoberilos, especialmente a alexandrita e o olho-de-gato; topázio imperial e azul, de diferentes cores, inclusive bicolores; berilos, representados pelas esmeraldas, águas marinhas, heliodoros e morganitas, quartzos, caracterizados nas suas diversas cores e denominações; granadas, andaluzitas, kunzitas, hidenitas, brasilianitas, além de outras gemas e até peças de coleção, raras e exóticas.
O Brasil é sem dúvida, o país que apresenta maior frequência de pegmatitos, grandes partes dos quais muitas vezes mineralizados, distribuídos em várias regiões pegmatíticas. Dentre essa região destaca-se o Vale do Jequitinhonha.
No Vale do Jequitinhonha principalmente nas cidades de Salinas, Virgem da
Lapa, Coronel Murta, Capelinha, Araçuaí, Itinga, Almenara e Medina se encontram grandes quantidades de minerais de pegmatito e que estão entre os seus bens minerais de maior valor econômico, destacando-se: berilo, água-marinha, alexandrita, crisoberilo, ametista, citrino, topázio, turmalina, quartzo rosa, minerais de lítio, cassiterita, tantalita, granadas, feldspato, columbita, diamante, etc.
Como característica dessa região em relação a outras do país pode-se perceber um maior tamanho e uma maior frequência dos corpos além de uma menos simplicidade estrutural e de uma maior variedade mineral. É fato marcante desses pegmatitos também um menor estagio erosivo e de alteração, estando os feldspatos menos alterados, o que permite seu aproveitamento.
As abóbadas, dos corpos estão mais preservadas conservando as partes que contem minerais metálicos. É comum também ocorrer em todos os pegmatitos zoneamento vertical e lateral.
O aproveitamento desses pegmatitos vem sendo feito há mais de 30 anos, através da garimpagem, principalmente da extração das gemas em grandes produções de minerais uraníferos comercializados.
Os pegmatitos de modo geral são de lavra de difícil racionalização, devido ao pequeno volume e irregularidades na mineralização. Entretanto, a garimpagem nos moldes em que vem sendo realizada, é predatória. A produção atual desses pegmatitos é impossível de ser avaliado, porém diminuiu consideravelmente devido as dificuldades de extração, à medida que avança a profundidade.
É necessário, contudo fomentar e fiscalizar a produção bem como oferecer melhores condições sociais a essa população marginalizada que são os garimpeiros.
3.Apresentação dos dados
O Brasil é sem dúvida, o país que apresenta maior frequência de pegmatitos, grandes partes dos quais muitas vezes mineralizados, distribuídos em várias regiões pegmatíticas. Dentre essa região destaca-se o Vale do Jequitinhonha.
No Vale do Jequitinhonha principalmente nas cidades de Salinas, Virgem da
Lapa, Coronel Murta, Capelinha, Araçuaí, Itinga, Almenara e Medina se encontram grandes quantidades de minerais de pegmatito e que estão entre os seus bens minerais de maior valor econômico, destacando-se: berilo, água-marinha, alexandrita, crisoberilo, ametista, citrino, topázio, turmalina, quartzo rosa, minerais de lítio, cassiterita, tantalita, granadas, feldspato, columbita, diamante, etc.
Como característica dessa região em relação a outras do país pode-se perceber um maior tamanho e uma maior frequência dos corpos além de uma menos simplicidade estrutural e de uma maior variedade mineral. É fato marcante desses pegmatitos também um menor estagio erosivo e de alteração, estando os feldspatos menos alterados, o que permite seu aproveitamento.
As abóbadas, dos corpos estão mais preservadas conservando as partes que contem minerais metálicos. É comum também ocorrer em todos os pegmatitos zoneamento vertical e lateral.
O aproveitamento desses pegmatitos vem sendo feito há mais de 30 anos, através da garimpagem, principalmente da extração das gemas em grandes produções de minerais uraníferos comercializados.
Os pegmatitos de modo geral são de lavra de difícil racionalização, devido ao pequeno volume e irregularidades na mineralização. Entretanto, a garimpagem nos moldes em que vem sendo realizada, é predatória. A produção atual desses pegmatitos é impossível de ser avaliado, porém diminuiu consideravelmente devido as dificuldades de extração, à medida que avança a profundidade.
É necessário, contudo fomentar e fiscalizar a produção bem como oferecer melhores condições sociais a essa população marginalizada que são os garimpeiros.
Imagens das principais gemas extraídas no Vale Jequitinhonha.
Água-Marinha Crisoberilo

Berilo Ametista


Alexandrita Diamantee


Citrino Turmalina


Topázio Quartzo Rosa
4.Considerações 1.O Vale
Mesmo passado mais de duzentos anos de extração de recursos minerais, o
Vale do Jequitinhonha ainda possui grandes riquezas em seu subsolo, porem não possuem uma produção sustentável, e continua sofrendo com a exploração dos mesmos desde os tempos coloniais. No Vale são extraídas toneladas de pedras ornamentais de grande valor, entretanto são retiradas e levadas para outras regiões beneficiando-as, fazendo com que a maior parte da população do vale permaneça economicamente falando pobres e enriquecendo como nos tempos da grande mineração pouquíssimas pessoas.
O vale do Jequitinhonha passa por esse problema até hoje, devido sua riqueza ser extraída e a maior parte ser comercializada in natura para outra região, o que ocasiona uma perda de grande valor de agregação na pedra em relação a uma lapidada. Um caso interessante dessa exploração de pedras semipreciosas acontece no município de Araçuaí, onde os garimpeiros tentam o sustento da família em pequenas lavras na zona rural do município, onde são retiradas grandes quantidades de pedras e levadas para Teófilo Otoni para serem comercializadas.
Teófilo Otoni está localizado no vale do mucuri, onde existe um grande comercio voltado para o setor de pedras preciosas e semipreciosas, conhecido como ‘capital Mundial de pedras preciosas’ enquanto os verdadeiros produtores não são reconhecidos. O que acontece em Araçuaí e em todo o Vale do Jequitinhonha é que falta desenvolver potencial para juntar valores ao comercio de pedras e organização do setor. A cadeia produtiva nessa área precisa de investimentos e capacitação da população regional no intuito de gerar emprego e renda para essas famílias.
O Vale do Jequitinhonha já é um exportador de pedras preciosas e outros minerais, porem em pequena escala para o Japão e os Estados Unidos, pelo fato de não ter uma mão de obra qualificada para a lapidação dessas pedras. Uma ação positiva voltada para este setor no caso de Araçuaí citado acima, o SESI/SENAI da cidade implantou o curso de lapidação de gemas voltado para a população, com o objetivo de capacitar esses cidadãos para o mercado de trabalho regional. O vale necessita é de políticas publicas voltadas para a capacitação dessa população, pois a riqueza natural elas possuem, só precisão de investimentos e incentivos para o seu desenvolvimento.
4.2 Mega Projeto de Minério de Ferro no Vale no Jequitinhonha e Norte de Minas
Em julho de 2010 foi anunciada a descoberta de uma grande jazída de minério de ferro no Norte de Minas e no Vale do Jequitinhonha. Essa jazida poderá modificar completamente a realidade da região. Estudos indicam que a reserva da região está entre às maiores do mundo, com estimativa de concentração de 12 bilhões de toneladas.
Segundo Habib Cury o minério de ferro da região de Rio Pardo está localizada logo abaixo da superfície que vai possibilitar a extração com a instalação de minas à céu aberto. E para viabilizar a retirada do minério de ferro o governo vai apoiar a montagem de uma infraestrutura, visando transportar o produto até um porto na Bahia
As reservas estão em 20 municípios da região, incluindo Rio Pardo de Minas, Salinas, Porteirinha, Grão Mogol e outros municípios vizinhos.
Essa reserva pode ser responsável por eliminar o esteriótipo de Vale da Miséria e ajudará a população a obter fonte de renda e melhoria nas condições de vida. Mas existe ainda a preocupação com as políticas públicas que serão adotas para viabilizar essa melhoria e evitar impactos ambientais e sociais desnecessários.
Extração de Minério de Ferro
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