quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Novas regras para Terras-Raras aprovadas pelo Senado, mas CNEN ainda tem o monopólio

Novas regras para Terras-Raras aprovadas pelo Senado, mas CNEN ainda tem o monopólio
A  Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado aprovou um projeto de lei que normatiza a exploração dos metais do Grupo Terras-Raras (TR).
Os TR constituem dois grupos de elementos  da tabela periódica que tem em comum a sua raridade e usos na indústria de ponta de eletrônicos, celulares, TVs, lasers e computadores. Os TR são considerados vitais para um mundo controlado por computadores e celulares. No entanto mais de 90% desses elementos são produzidos em apenas um país: a China. Mais recentemente uma enorme descoberta, efetuada pela  junior company  Pacific Century Rare Earth Minerals na Coréia do Norte, pode mudar completamente o equilíbrio do poder no que se refere às Terras-Raras.


Pois agora com esse novo Marco Regulatório da Mineração e Exploração de Terras-Raras o Senado pensa colocar o Brasil nesta briga. A proposta precisa ser aprovada pela Câmara dos Deputados.
Os nossos principais jazimentos estão associados aos aluviões e aos complexos carbonatíticos de Minas e Goiás onde praticamente não são produzidas quantidades significativas de TR.


Essa situação vai perdurar enquanto os elementos TR sejam um monopólio da Nação, controlados pelo CNEN. Sem a iniciativa privada envolvida veremos mais agências sendo criadas, mais cabides de emprego e menos produção. Fazer marcos e normas é uma coisa a outra e transformá-los em realidade o que os nossos governos, historicamente, não são capazes de fazer. 

Tsunami de 2011 foi resultado de falha com o maior rejeito já medido

Tsunami de 2011 foi resultado de falha com o maior rejeito já medido
Logo após o tsunami que assolou o Japão em 2011, começaram os estudos geológicos para melhor explicar o fenômeno.
Somente agora, dois anos depois, que as conclusões estão sendo publicadas. O tsunami foi decorrente de um terremoto de intensidade 9 na Escala Richter. Este terremoto produziu uma falha cujo deslocamento, ou rejeito, foi o maior já medido nos tempos modernos: um deslocamento de 50 metros, muito maior do que o do Chile, em 1960, que foi de 30 metros ou o de Sumatra com 25m.
Os geólogos envolvidos na pesquisa nunca haviam visto um rejeito, ao longo do plano de falha, de tal dimensão.
O interessante é que o tsunami  poderia ser muitíssimo maior pois a maioria deste deslocamento foi no plano horizontal. Mesmo assim, esse movimento  súbito de 50 metros, causou um grande deslocamento de água: o tsunami que matou milhares e destruiu vilas inteiras em 2011.
A falha ocorreu na junção de duas placas tectônicas na costa do Japão: o Japan Trench. O movimento foi “lubrificado” por minerais argilosos que ocorrem nos planos da falha. A argila reduziu o atrito e permitiu esse enorme deslocamento, quase explosivo o que elevou as temperaturas até 1.200 graus centígrados..
A medida de 50 metros foi obtida pelo programa Japan Trench Fast Drilling que começou a sondar e medir apenas um ano depois do tsunami.
Graças ao Projeto foi possível amostrar o plano de falha a 7.000m abaixo do nível do mar

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Terras raras: onde estão as minas do Brasil?

Terras raras: onde estão as minas do Brasil?
As Terras raras estão cada vez mais importantes na indústria de eletrônicos de ponta. A revolução dos celulares, em andamento, é o principal combustível que acelera o interesse na mineração das Terras Raras. São mais de quatro bilhões de celulares em uma população mundial acima de sete bilhões de pessoas.
Com a evolução tecnológica o celular passou a ser um modismo ao invés de um simples equipamento de comunicação. É, também, um símbolo de status e, muito rapidamente, vem substituindo os notebooks, computadores e máquinas fotográficas. O usuário normal tem, não somente um celular, mas vários. E no futuro, ele irá comprar os novos e apetitosos lançamentos aumentando mais ainda a demanda por terras raras.

E, com isso os grandes produtores de terras raras, um importante componente do celular, amealham bilhões e bilhões de dólares nas suas já polpudas contas bancárias.
A China é o maior produtor de TR do mundo. Lá os métodos de lavra variam de obsoletos e precários até os altamente tecnológicos. Apesar desta diversidade a produção chinesa vem crescendo.

E no Brasil, onde estão as nossas minas?

Terras raras no Brasil vem sendo faladas e propagadas por muitas décadas. Nas décadas de 60-70  foram as areias monazíticas que fizeram manchetes.  O Brasil até teve uma produção modesta de TR provinda das monazitas de aluviões marinhos.
Posteriormente os grandes complexos carbonatíticos de Araxá, Catalão, Poços de Caldas, Mato Preto, Salitre e vários outros existentes principalmente em Minas e Goiás foram identificados como possíveis fontes de TR. Todos com grandes quantidades de TR.  Na Amazônia, permanece o Complexo de Seis Lagos totalmente abandonado apesar de enormes reservas de nióbio e terras raras. Aluviões marinhos ou até mesmo fluviais como os de Pitinga que tem cassiterita e xenotima também podem fornecer quantidades expressivas de TR.

 Como se vê bem sabemos onde estão as nossas TR, mas, em nenhum caso, temos uma mina onde as TR são o principal produto. Em alguns casos como em Catalão os teores de TR são elevadíssimos atingindo 10%. Apesar de depósitos grandes e ricos mesmo assim as nossas terras raras continuam no chão a espera de investimentos, tecnologia e de vontade política.

TriStar altera acordo de aquisição de projeto de ouro no PA

A empresa júnior canadense TriStar Gold alterou o acordo original de aquisição do projeto de ouro Castelo de Sonhos, em Alta Floresta (PA), segundo comunicado enviado ao mercado ontem (4). Em outubro de 2010, a TriStar adquiriu 100% dos direitos minerários do empreendimento por US$ 2,7 milhões, a serem pagos em três anos.
Projeto de ouro Castelo de Sonhos, no Pará. Crédito: TriStarCom a alteração do acordo, a TriStar pagará US$ 50 mil e emitirá 1 milhão de ações da companhia, em vez do pagamento de US$ 200 mil, proposto em setembro de 2013. A emissão das ações está sujeita à aceitação pela bolsa de valores TSX, de Toronto, e, quando emitidas, estarão sujeitas a um período de carência de quatro meses no Canadá.

O projeto no sudoeste do Pará, próximo à fronteira com o estado de Mato Grosso, está em uma das melhores localizações na região de Tapajós, a apenas 15 quilômetros da rodovia Cuiabá-Santarém.

Castelo de Sonhos foi um dos mais famosos e ricos garimpos deouro de aluvião em Tapajós, localizada no estado do Pará, e abrange 72 mil hectares, com 13 permissões de pesquisa. A área inclui uma grande zona de alteração hidrotermal de 100 quilômetros quadrados, que hospeda mineralização de ouro e cobre.

O programa de exploração, incluindo a construção de acessos rodoviários e acampamentos, foi iniciado pela Barrick Gold, em 1995. Em novembro de 1996, a companhia desistiu do projeto e devolveu a propriedade aos antigos donos.

Em 2004, a Osisko Mining comprou os direitos e completou uma amostragem na área para confirmar a presença da mineralização, mas não iniciou nenhum projeto de exploração na região. Em agosto de 2010, Castelo de Sonhos foi devolvida aos proprietários originais, que negociaram com a TriStar em outubro do mesmo ano.

A TriStar Gold é uma empresa de exploração de ouro voltada para propriedades de alto potencial, com ênfase no Brasil. Seus principais projetos são Castelo de Sonhos e Bom Jardim, ambos na província mineral de Tapajós, no Estado do Pará.

Área do projeto Ouro Paz da International Goldfields cresce 17%

A mineradora australiana International Goldfields (IGS) conseguiu aumentar a área de exploração do projeto de ouro Ouro Paz, em Mato Grosso, de 1.493 para 1.744 quilômetros quadrados. O aumento foi divulgado hoje em comunicado para o mercado.
Mapa do projeto Ouro Paz. Crédito: International GoldfieldsA empresa obteve 14 novas autorizações de pesquisa, no total de 183,9 quilômetros quadrados, e adquiriu da Cougar Metals 6 direitos minerários com área total de 67,1 quilômetros quadrados.

O projeto fica na província mineral Alta Floresta, ao norte do Estado de Mato Grosso e faz parte de uma joint venture com o fundo de investimento brasileiro Biogold.

Os requerimentos feitos pela Biogold estão localizados dentro ou próximos à área do projeto Ouro Paz e estão sujeitos aos termos da joint venture.

Os direitos minerários adquiridos da Cougar estão em processo de transferência para a Companhia Ouro Paz Mineradora.

No fim de novembro, a Biogold negociou a aquisição de áreas pertencentes à Cougar Brasil Mineração, subsidiária integral da Cougar Metals

Entre os direitos adquiridos pelo fundo Biogold, estão cinco áreas já concedidas, totalizando 60,2 quilômetros quadrados, e autorizações de pesquisa requeridas pela Cougar dentro da área de interesse definida para o projeto Ouro Paz.

Três grandes direitos adquiridas da Cougar estão localizados a oeste da área do projeto Union. Nessa área existe um trabalho intenso de garimpo conhecido com prospecto Peru, que está localizado em região contígua à zona mineralizada do projeto Union, Carrapato e Ana PF.

A área conhecida como Peru é objeto de intensas atividades de exploração e sondagem por outras empresas que detêm direitos na região e planejam novas campanhas para fazer o reconhecimento da zona de mineralização em 2014.

Um recente levantamento aéreo magnético identificou novos alvos de interesse que se estendem a leste dos direitos recém-adquiridos, incluindo o prospecto Aragão.

A conclusão da compilação e interpretação de dados do levantamento aéreo magnético e radiométrico deve acontecer nas próximas semanas. Quando isso foi feito, a campanha de exploração para o prospecto Aragão será definida.

A estimativa de recursos minerais realizada pela Coffey Mining está em fase de conclusão. Faltam a tradução para inglês e a revisão final
Em resumo apenas 10% do Brasil foi explorado, é muito rico em minérios, como ouro.